Daniela fala sobre a pipoca, festa da vida e a emoção de fazer o povo dançar e cantar seus sucessos, seguindo o trio.
"Fazer a pipoca é convidar é realmente convidar todos para esta festa que é a vida. A vida é uma festa para todos estarem no salão principal. Quando a gente faz pipoca, a diversidade do Carnaval e a democracia dão uma lição para o dia a dia da gente para que todos os cidadãos brasileiros possam conviver em uma pipoca sem cordas. Ontem (na Barra) eu convidei a cidade inteira para nós juntos fazermos essa festa dos 30 anos do axé. O axé é isso: um gênero que nasceu nas ruas, de compositores populares e eu faço essa devoluçãoo tempo inteiro, no circuito afro, onde o ilê e o Olodum fizeram nascer a minha música, da base do meu axé. Eu venho aqui reverenciar todos, inclusive esse caboclo (Apontou para a imagem de Dom Pedro) que criou a independência do Brasil. Hoje venho reverenciar as origens do Carnaval e do Brasil, na primeira capital do Brasil com um trio sem cordas, dando uma lição de amor e fraternidade, cantando para o meu povo", falou emocionada.
Sobre as ações da prefeitura para fazer um Carnaval mais democrático, direcionado ao povo, ela mostrou sua felicidade.
"Eu faço há 17 anos Carnaval sem cordas. Este ano já fiz quatro e em 1991 já fazia Carnaval sem cordas. Para mim não é novidades. Como ação política da prefeitura acho maravilhoso porque dá mais oportunidade das pessoas aproveitarem mais o Carnaval. Como esse aqui é um lugar que nasceu com a vocação para a festa, o povo que faz festa é superior ao que não faz. Nossos políticos têm entendido isso. É bom para a economia, turismo, pra nossa alma. A arte nos liberta".
Sobre sua 'maldição de hoje', Mercury disse que pretende fazer todo undo voltar a ser criança.
"Vai quebrar a segunda maldição que é "os relógios voltarem para trás e todo mundo virar criança. Desde nossos avós, eles já cantavam 'mamãe eu quero e inspirada nisso eu vou fazer um convite para repensar sobre nosso amor pelo Brasil e pelos povos indígenas que eram tão inocentes quanto às crianças. Pensemos se as crianças têm a ensinar para nós o convívio sem discriminação ou a gente tem algo para ensinar para eles? Acho que eles têm mais a ensinar. Educação, conhecimento, amor no coração e a nós mesmos. Nossas crianças vêm para quebrar essa maldição que a Rainha Má colocou e fazer com que os relógios voltem ao normal. Senão ninguém trabalha amanhã", falou rindo.
Daniela está nesta terça-feira (17), acompanhada de sua mulher, malu Verçosa e da filha, Ana. Elas chegaram juntas ao circuito e a fantasia deste dia de Dani vem simbolizando um Erê, que significa criança, brincar. O tema escolhido por ela este ano é "a rainha má" que joga "maldições" em cada dia que sai pelas ruas. Hoje a maldição era que todos se transformassem em criança (erê) para brincar o Carnaval. Ela até fez a brincadeira do morto-vivo enquanto se apresentava em frente ao camarote do prefeito.