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Amanda Richter ‘causa’ em Gabriela por enganar viúvo com falsa gravidez

Pedro Paulo Figueiredo / Carta Z Notícias

As tramas de época sempre impressionaram Amanda Richter. Primeiro, pela possibilidade de experimentar uma cultura bem diferente da que vive. Mas também por poder buscar referências literárias dos períodos retratados na ficção. Diante disso, sua escalação para viver a "avançadinha" Iracema de Gabriela, na Globo, foi mais que uma motivação para voltar ao ar depois de quase três anos longe dos folhetins.

"É uma delícia viver um papel assim. A Iracema está à frente das outras meninas, é a primeira do seu grupo que lê um livro como O Crime do Padre Amaro", vibra, referindo-se ao livro de Eça de Queiroz, publicado em 1875, sobre um padre que se apaixona por uma mulher. 

No caso de sua personagem, é fingindo que ela tenta se livrar do perigo. Isso porque a menina já não é mais virgem, mas foi a escolhida por Jesuíno, personagem de José Wilker, para ser sua nova esposa. O grande problema é que ele já assassinou a esposa Sinhazinha, de Maitê Proença, depois de flagrá-la na cama com o amante Osmundo, de Erik Marmo, que também foi morto pelo marido traído. E, agora, deixa claro que não quer saber de uma esposa que não seja "pura".

 "O bacana é que o núcleo das estudantes representa a juventude feminina curiosa e reprimida de 1920, que queria experimentar mil coisas, mas tinha de seguir o que se esperava de uma garota naquele tempo. Ou pelo menos fingir isso", avalia Amanda, que divide a maior parte de suas cenas com as colegas Luiza Valdetaro, Vanessa Giácomo e Fernanda Pontes, que interpretam as jovens Gerusa, Malvina e Zuleika.

 A escalação para viver o papel veio de outra experiência com o diretor Mauro Mendonça Filho. Ano passado, a atriz fez testes para um dos personagens do remake de O Astro. Mas, como ela não estava dentro do perfil para o papel, seguiu em busca de um novo trabalho na tevê. Só que o Maurinho, como é chamado pela equipe, gostou de sua atuação. E, por isso, a convidou para interpretar Iracema neste projeto. "Desde que optei por essa carreira, sei que temos dias de vitórias e outros de derrotas. Receber um 'não' nem sempre é sinal de que você foi mal em uma avaliação. A vida reserva surpresas para a gente", filosofa.

Além da novela, Amanda também está no ar na série Viagem Sem Fim, do canal pago Multishow. No programa, ela e os atores Bruno Pereira, Caio Vaz, Cinara Leal, Day Mesquita, Ana Terra e Ícaro Silva viajaram pela Califórnia em busca de aventuras e curtições. Desde provar vinhos até pular de paraquedas. Mas Amanda conta que nem sempre as experiências foram agradáveis.

"Cheguei a acordar às 4 horas da manhã para o salto e, por causa do vento, não rolou. Contratempos que acontecem mesmo em viagens", explica ela, que gravou por um mês no ano passado os episódios da série.

 A vontade de ser atriz e apresentadora se manifestou em Amanda ainda criança.

"Eu pegava a câmara e filmava as pessoas, perguntando quem elas eram, o que faziam, do que gostavam. Sempre curti esse meio artístico", confessa.

Aos 14 anos, se mudou de Joinville, em Santa Catarina, para morar com uma tia em São Paulo. Enquanto terminava o ensino médio, aproveitava para estudar interpretação e fazer testes na capital paulista. Chegou a trabalhar meio ano como modelo na Ásia, mas aos 17 se transferiu para o Rio depois de ser aprovada nos testes para a Oficina de Atores da Globo.

"Acho que foi ali que meus pais perceberam que não era uma brincadeira de criança e adolescente. E eles sempre me apoiaram muito", recorda. 

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