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Antonia Fontenelle diz que ir pra Record ‘foi cortar o cordão umbilical com Marcos Paulo’

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Entrar na Record foi a melhor forma de afirmação profissional para Antonia Fontenelle. No ar em Balacobaco, a intérprete de Marlene viu no convite da emissora a chance de desvincular seu nome do marido, Marcos Paulo, diretor de ncleo da emissora carioca. Sem personagens relevantes na Globo desde 2009, quando participou de Malhação, a atriz resolveu assinar com a Record.

''Foi cortar o cordão umbilical com Marcos Paulo. Ele tem um nome muito forte. Qualquer atriz que não for uma estrela já consagrada vai ser rotulada como a mulher do Marcos Paulo'', afirma.

"Estudei teatro e sou boa no que eu faço. Agora, para isso, preciso que alguém acredite em mim. Para que eu possa mostrar", defende-se.

Na trama de Gisele Joras, Antonia dá vida à fútil Marlene. Muito ligada em moda e em fofoca, a personagem é casada com Genivaldo, interpretado Humberto Magnani, um homem de 89 anos em quem deu o golpe do baú. Seu maior objetivo é que a filha Luiza, vivida por Mariah Rocha, siga os mesmos passos e se case com um marido rico.

"É uma personagem rasa e está em núcleo leve. Nem precisei ir muito longe para compor. O que mais tem por aí é exemplo de mãe querendo arranjar bom casamento para a filha", ressalta.

Segundo Antônia, estudar a composição de uma personagem é um dos seus maiores prazeres durante o processo de preparação. Após ler a sinopse de Marlene, a atriz começou a criar um passado próprio para maior compreensão de seu papel.

"Sempre que me chamam para um trabalho, eu procuro saber no que estou me metendo. Busquei a história da Record e criei na minha cabeça um passado sobre a Marlene para justificar o presente dela", aponta.

Antonia não teme que sua personagem seja vista como alpinista social e mau-caráter, pois a veia cômica do papel supre qualquer leitura dúbia.

"As situações que estão ao redor são extremamente engraçadas. O público vai simpatizar com ela", torce a atriz, que acredita que seu jeito expansivo tenha contribuído para o convite da novela.

"Existe perfil na tevê. E os produtores de elenco vão atrás do mais óbvio para o personagem", valoriza Antonia, que trabalhou durante três anos na Conspiração Filmes como produtora de elenco.

Contratada da Record por obra, Antonia preferiu não se comprometer com a emissora por um longo período para poder dar atenção a projetos paralelos.

"Não gosto de ficar atrelada a nada e nem a ninguém. Depois da novela quero me envolver em outros projetos. Preciso dessa liberdade", ressalta a atriz, que está rodando o filme Sequestrados na Amazônia, em parceria com a Globo Filmes, que financiou a produção do longa.

"Gosto de deixar portas abertas por onde passo. Minha parceria com a Globo Filmes é alta. Me sinto orgulhosa em conseguir uma parceria desse gênero e ser contratada da Record. Meu objetivo é somar seja onde estiver", orgulha-se.

Apesar de se dedicar ao teatro desde os anos 1990, Antônia percebeu no final da faculdade de Artes Cênicas que precisaria produzir para sobreviver no meio artístico, uma vez que o número de atores é muito maior do que o mercado pode absorver.

"Sempre busquei trabalhar. É um meio muito competitivo. Como produtora, me sinto motivada. Ganhava muito mais produzindo minhas peças do que se aceitasse algumas propostas para atuar. Sou workaholic. Não consigo ficar a tarde toda assistindo à televisão sem fazer nada", afirma a atriz, que atribui sua voracidade no trabalho aos ensinamentos dos pais durante a infância no interior do Piauí.

"Em meus 21 anos de Rio de Janeiro, já produzi 15 peças de sucesso. Mas teatro é muito pouco reconhecido, não é todo mundo que acompanha. Eu passei a existir na mídia depois que o Marcos Paulo me assumiu como mulher dele", aponta.

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