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Bárbara Borges vibra com as maldades de sua primeira vilã

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Fazer maldades no ar sempre soou atraente para Bárbara Borges. Mas a carioca de 33 anos e intérprete da vingativa Diva de Balacobaco, da Record, confessa que nem imaginava que fosse se divertir tanto em cena no papel de uma vilã. Na verdade, ela até já tinha experimentado a posição de antagonista em Malhação, em 2002. Mas, na época, além do contexto juvenil, sua personagem, a dissimulada Thaíssa, não chegava a ser má. E ainda se redimia. Com isso, a possibilidade de encarnar um tipo claramente mau-caráter na Record tem sabor de estreia.

"Diva pega pesado e não tem limites em sua vingança. É um trabalho bastante rico para o meu currículo", avalia a ex-paquita, que foi assistente de palco da apresentadora Xuxa ao longo de quatro anos.  

Bárbara Borges vibra com as maldades de sua primeira vilãNa novela, Diva e sua irmã Dóris, de Roberta Gualda, tramam as mais mirabolantes artimanhas contra Isabel, protagonista de Juliana Silveira. Isso porque a mocinha, anos atrás, foi refém de um assalto das duas e, para se livrar, fez as gêmeas se acidentarem de carro. Com isso, ambas ficaram com cicatrizes complexantes na barriga. Para encontrar o tom de maldade que a personagem exigia e também da parceria entre as irmãs, Bárbara foi orientada pelo diretor Edson Spinello a assistir a alguns filmes. Como Onde Os Fracos Não Têm Vez, de Ethan Coen e Joel Coen, lançado em 2007; O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme e produzido em 1991; e Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas, de Arthur Penn e feito em 1967.

"Assim que fiquei sabendo, o Spinello quis que eu me preocupasse em construir uma energia bem maléfica. Toda a minha preparação foi feita em cima disso", lembra. 

Mas esse processo de construção não foi linear. Inicialmente, a personagem de Bárbara agiria como uma periguete, com roupas bem sensuais e o cabelo mais claro. A atriz chegou a passar por essa mudança, mas o resultado não agradou à direção. A primeira medida a ser tomada, então, foi escurecer os cabelos, fazendo de Balacobaco seu primeiro trabalho como morena na televisão.

"Acho que ficou mais crível. Afinal, a irmã gêmea dela é vivida pela Roberta Gualda e a mãe delas é feita pela Solange Couto. Assim, dá um ar de família mesmo. E, desde o começo, eu queria mudar completamente o visual", explica. 

Balacobaco marcou também a volta de Bárbara Borges à Record. É verdade que a atriz não chegou a atuar em nenhuma outra emissora depois que viveu a espevitada Elvira de Bela, A Feia, seu primeiro trabalho lá e último na televisão. Mas estava sem contrato desde que o vínculo que tinha assinado, de três anos, tinha acabado. A decisão de não renovar na época teve motivação artística.

Como não foi escalada para nenhum outro papel e não gosta de ficar sem trabalhar, Bárbara decidiu estar totalmente livre para que novas oportunidades surgissem. Até que foi procurada novamente pela Record, com a promessa de ser incluída no elenco da novela de Gisele Joras ou na minissérie bíblica José do Egito.

"É claro que tenho de pagar minhas contar e ter um salário fixo é bom, mas precisava me realizar profissionalmente. Me vi dois meses desempregada, mas não adiantava, eu estava frustrada. Queria trabalhar", desabafa ela, que agora tem contrato até abril de 2017. 

Plena forma

Como, inicialmente, interpretaria uma vilã periguete, Bárbara aproveitou o período antes das gravações de Balacobaco para se dedicar ainda mais ao físico. Ao receber o chamado do diretor Edson Spinello, inclusive, percebeu que estar em plena forma poderia ser um dos requisitos para se encaixar melhor na personagem.

"Quando ele me passou o perfil, perguntou: 'Babi, está no seu melhor corpo? Enquanto está na idade, aproveita'. E, de fato, é bom. A Diva mesmo usa a sensualidade em algumas sequências", conta. 

Mesmo assim, Bárbara deixa claro que não tem interesse em voltar a posar nua. A atriz já estampou, por duas vezes, a capa da revista Playboy. A primeira, em 2005, quando estava no ar na pele da lésbica Jennifer de Senhora do Destino, da Globo. E a segunda em 2009, já na Record, quando atraiu a atenção dos homens na pele da exuberante Elvira, irmã da personagem-título de Bela, A Feia.

"Fiz dois ensaios e fiquei satisfeita. Me senti bem e achei as oportunidades vantajosas financeira e profissionalmente. Estou feliz com meu corpo, mas hoje não tenho esses planos", garante.

Instantâneas

# Enquanto atuou como uma das paquitas da apresentadora Xuxa, Bárbara era conhecida pelos apelidos Babu e Babunitona. 

# A primeira novela de Bárbara Borges foi Porto dos Milagres, em 2001. Com sua atuação, conseguiu faturar o posto de antagonista da temporada de Malhação do ano seguinte.

# Foi em Malhação, inclusive, que Bárbara trabalhou com o diretor Edson Spinello pela primeira vez. Curiosamente, na época, a mocinha do programa era interpretada pela atriz Juliana Silveira. 

# A atriz se formou em Artes Cênicas pela UniverCidade, no Rio de Janeiro, em 2001.

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