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Camila Rodrigues preza por trabalhos mais artesanais

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Notícias

Para muitos atores, investir em obras fechadas é um processo mais prazeroso. O longo tempo de preparação e o caráter mais artesanal dessas produções funcionam como um atrativo a mais. No ar em José do Egito, da Record, como a sofrida Tamar, Camila Rodrigues faz parte dessa vertente e defende as tramas de menor duração no ar.

"Em uma obra fechada, você tem como estudar e colocar mais corpo no personagem. Tem começo, meio e fim. Todo o processo de pré-produção é diferente e mais elaborado", afirma ela, que não descarta a possibilidade de engrenar uma novela em um futuro próximo, após duas minisséries seguidas.

"Obras abertas também têm suas emoções. Você pode crescer junto com o papel", completa.  Camila Rodrigues preza por trabalhos mais artesanais

O caráter controverso da história da personagem foi um dos pontos que mais chamou a atenção de Camila durante a produção épica. Na trama escrita por Vivian de Oliveira, Tamar fica viva dos dois maridos. Desesperada e com medo de se tornar uma mulher rejeitada na sociedade, ela engravida do sogro Judá, papel de Vitor Hugo, por quem se apaixona. Mesmo usando técnicas de sobrevivência de caráter duvidoso, a atriz acredita no lado humanitário de sua personagem.

"Ela só quis ser uma mulher digna para aquela época. Não foi maquiavélica. Uma mulher sem filhos era renegada por todos", defende. 

O Fuxico: José do Egito é sua segunda minissérie bíblica, pois você também atuou em Rei Davi. Chegou a aproveitar algo do processo de preparação da primeira produção épica?

Camila Rodrigues: Em Rei Davi, eu também era hebreia. Eu já sabia qual era o peso do papel, como eram as questões de comportamento e sabia como lidar com as situações. No fundo, você tem um quesito diferente para cada personagem, mas no final elas são iguais. São mulheres submissas, sofridas e criadas para procriarem. O processo de preparação foi mais tranquilo para mim porque eu já tinha uma experiência recente sobre todo esse universo.

OF: E como foi esse período de preparação para a personagem?

CR: Fizemos muitas leituras e 'workshops' com o preparador de elenco Sergio Penna. O figurino me ajudou muito a incorporar esse passado tão distante de nós. Fizemos um processo de vivência em que ficamos acampados por dois dias retratando o modo de viver daquela época. Tecemos roupas, trabalhamos com animais de verdade, acendemos fogueiras e comemos com a mão. Foi muito bom para conhecer um outro ritmo de tempo.

OF: Você está na Record desde 2012. Após sete anos na Globo, como avalia esse período na nova emissora?

CR:  São quase dois anos no canal e eu só tenho a agradecer. Estou muito feliz porque vim para a Record para fazer Rei Davi e ganhamos dois prêmios com essa produção. Foi uma ótima forma de estreia. Agora, em José do Egito, tive a oportunidade de ir para o Atacama. Estou tendo experiências maravilhosas aqui e que me dão mais vontade trabalhar. Só tenho 29 anos e quero muitos trabalhos pela frente.

OF: Você emendou duas personagens dramáticas seguidas. O drama é algo que chama sua atenção na carreira?

CR: Adoro drama, mas hoje eu gosto muito mais da comédia. Comecei fazendo drama e fui aprendendo a fazer trabalhos cômicos. Quero tentar polarizar os dois. Fiz José do Egito na tevê, um drama, e vou fazer uma comédia no teatro, O Pequeno Dicionário Amoroso. Quero fazer coisas diferentes, chega de sofrer. Quero muito fazer novela de novo e um trabalho contemporâneo.

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