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Carolina Dieckmann se emociona com mocinhas e heroínas

Luiza Dantas /Carta Z Notícias

Muitos atores sonham com os vilões. Mas Carolina Dieckmann caminha na contramão. A atriz, que vive a romântica Iolanda de Joia Rara, se empolga cada vez que é recrutada para encarnar personagens dramáticas, com grande carga de emoção.

"São as mocinhas e heroínas que me emocionam verdadeiramente. É um caminho mais árduo para o ator, mas também é estimulante", ressalta ela, que enumera motivos para encarar a função como mais complicada.

"Vilões movimentam as tramas, mocinhos têm um ritmo normalmente mais lento. E algumas pessoas costumam taxá-los como 'chatos'", lamenta.

Na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, Iolanda é a namorada do comunista Mundo, vivido por Domingos Montagner. Mas a relação dos dois se desfaz quando a moça vira aposta do próprio pai em uma mesa de jogos e, para salvar sua família, se casa com o vilão Ernest, interpretado por José de Abreu. A partir daí, passa a viver presa na mansão do milionário, cheia de luxos.

"A Amora Mautner (diretora-geral) usa muito como referência A Bela e A Fera' quando fala comigo. Mas acho que, nesse caso, dificilmente vamos acompanhar uma transformação da fera em príncipe", adianta.

O Fuxico: Você gosta de interpretar mocinhas e, em "Joia Rara", sua personagem é uma jovem que sofre por amor. O que a Iolanda traz para sua carreira?

Carolina Dieckmann: Carolina Dieckmann: Estou muito feliz com esse trabalho. Mais do que uma mocinha, a minha personagem é uma heroína. E me sinto preparada para dar esse passo. Ela é mais madura do que todos os outros papéis que já fiz nessa linha. Acho que estou em um momento bem decisivo da minha vida e carreira, de dar um passo adiante. Me sinto mais madura e penso que essa novela pode ajudar nisso. 

OF: Você diz que está em momento decisivo e vem de um trabalho bastante elogiado em Salve Jorge, na pele da traficada Jéssica. Isso iniciou esse desejo de mudança?

CD: Não sei se é um desejo de mudança, porque estou satisfeita comigo. Em Salve Jorge, interpretei uma heroína também. Na verdade, ela acabou se tornando. Foi, sem dúvida, um trabalho que me trouxe maturidade. Havia um drama muito forte e eu nunca tinha feito uma personagem com um sofrimento que passasse perto do dela. Não tinha como não aproveitar toda aquela carga dramática. Foi uma grande sorte fazer a Jéssica antes da Iolanda porque me deu esse estofo mais denso, maduro. 

OF: Por que você prefere fazer mocinhas?

CD: Adoro contar o lado bom da história, de quem tem caráter. Sinto que estou inspirando as pessoas através do bem daqueles personagens. O mundo já anda tão cheio de maldades. Fazer vilão é importante, é bom também, mas são as mocinhas e heroínas que me emocionam verdadeiramente. É um caminho mais árduo para o ator e isso também estimula. 

OF: Você não trabalha com o Ricardo Waddington desde 2003, quando fez "Mulheres Apaixonadas". Como tem sido esse reencontro?

CD: Essa era uma vontade minha que estava guardada desde a época de Sinhá Moça. Ele tinha me chamado para fazer e eu até já tinha experimentado roupa quando, por decisão da direção da emissora, fui direcionada para "Cobras & Lagartos". Não foi uma escolha minha. Se bem que eu nem sei o que faria se tivesse essa opção porque a Leona foi uma oportunidade incrível na minha carreira – era uma grande vilã. 

OF: Esse também é seu primeiro trabalho de época…

CD: Sim, o que representa um grande exercício para mim. A atenção é redobrada na forma como você fala, no jeito como se senta com a roupa, nos trajes mais apertados, no cenário mais duro que obriga a ter uma postura mais ereta, enfim, não falta inspiração. Essa também era uma vontade guardada desde que me senti em Sinhá Moça.

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