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Cláudia Campos, viúva de Champignon, desabafa: “Difícil de entender”

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Grávida de cinco meses de uma menina, que vai se chamar Maria Amélia, Cláudia Campos, viúva do músico Champignon, diz buscar forças na filha para recomeçar após a morte repentina do marido, na última segunda-feira (9).

Durante conversa exibida pelo Fantástico neste domingo (15), na Globo, a cantora diz não entender o que levou o marido a tirar a própria vida, no apartamento deles, localizado na zona sul da capital paulista.

“Ele queria tanto ver essa bebezinha crescer. Ele estava tão cheio de sonhos, cheio de planos naquele dia. Não sei. Eu vou compreender, eu vou perdoar, mas vai ser difícil de entender”, disse ela, durante a matéria.

Segundo ela, os disparos foram ouvidos após os dois voltarem de um jantar com amigos na noite de domingo (8). O músico havia ingerido saquê, tradicional bebida alcoólica japonesa.

“Eu pedi: ‘amor, não bebe mais. Vamos embora’. E foi onde ele ficou um pouco nervoso comigo. Ele estava cantando no carro, tranquilo. Aí ele chegou em casa, subiu o elevador, foi direto para o quarto. Falei: ‘amor, o que você vai fazer? O que foi?’. Ele falou: ‘tu vai ver o que eu vou fazer’. Ele não deixava eu entrar no quarto. Falei: ‘abre a porta. Você vai embora?’. Pensei que ele ia, sei lá, pegar alguma mala, arrumar alguma coisa, ir embora”, relembrou.

Depois de se trancar no quarto, o ex-baixista da banda Charlie Brown Júnior, liderada por Chorão, atirou no chão e só depois, tirou a própria vida.

“Foi onde eu ouvi… meu Deus do céu. Eu ouvi os tiros e minha vida… o coração está batendo hoje por causa da minha filha”, conta Cláudia.

De acordo com a polícia, o músico portava uma pistola e uma espingarda calibre 12. Ambas eram devidamente legalizadas.

“Eu nunca vi. Eu sei que ele tinha por causa de defesa pessoal, um tempo atrás, que ele foi assaltado. Eu acho que foi um acidente, uma fraqueza do minuto, do segundo. Acredito até que não foi ele. Foi uma força ruim”, analisou ela.

Cláudia assegurou que o marido não tinha problemas com drogas e nem com bebidas alcóolicas.

“Ele gostava de uma cervejinha e, quando bebia um pouco de destilado, eu sentia que ele ficava um pouco alterado. Alterado, assim, ficava diferente. E eu não gostava do comportamento”, lembra Cláudia. Além de Maria Amélia, o baixista é pai ainda de Luiza, com 7 anos, de um relacionamento anterior.

Cláudia revelou também que o marido estava sofrendo com as críticas desde a morte de Chorão e que foi o próprio vocalista que o escolheu para ficar em seu lugar.

“Uma coisa que poucas pessoas sabem é o motivo de ele ter assumido o lugar do Chorão. Isso foi um desejo do Chorão. No penúltimo show do Charlie Brown, o Chorão falou que precisava de umas férias e que a única pessoa que podia assumir o vocal seria ele, que ele queria que a banda não parasse e queria que o Champignon assumisse o vocal”, disse.

Vale lembrar que Chorão, líder do CBJR, morreu no dia 6 de março deste ano, vítima de overdose de cocaína. Os dois fizeram parte da primeira formação da banda de rock. Champignon deixou os músicos do grupo em 2005, após brigas com o vocalista. Mas havia voltado ao Charlie Brown em 2011, onde ficou até a morte de Chorão. 

Ele havia montado o grupo A Banca com os antigos músicos do CBJR. As informações são da página oficial do programa, na Globo.com.

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