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Corajosa, Thais Pacholek deixou o SBT antes mesmo de receber convite para Balacobaco

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Chega um momento na vida em que é preciso arriscar. Foi pensando nisso que Thais Pacholek deixou o SBT, depois de cinco anos e quatro novelas acumuladas no currículo, entre elas Amigas e Rivais, de 2007, e Amor e Revolução, 
de 2011. Ela não tinha nenhuma possibilidade em vista de contrato com outra emissora, mas sentia a necessidade de traçar novos caminhos e estar aberta para outras oportunidades. Mas não demorou muito para que Fernando Rancoleta, diretor de elenco da Record, que já conhecia o trabalho da atriz no SBT, a convidasse para interpretar a 
Mirela, em Balacobaco.

"A gente nunca pode se acomodar, seja na profissão, seja na vida amorosa. Senti que precisava alçar novos voos", 
explica.

Mesmo parecendo destemida em relação à instabilidade inerente à carreira de muitos atores, Thais sentiu um frio na barriga ao tomar a decisão de deixar a emissora na qual já estava completamente à vontade.

"É o medo do novo. Você pensa: 'Está tão bom aqui. Tem certeza que vai arriscar?'", pondera.

Nos primeiros meses na Record, Thais estranhou um pouco por não conhecer ninguém. Mas agora já está confortável com a equipe e animada com seu papel. Como, na trama, Mirela é uma arquiteta, a atriz resolveu conhecer melhor o 
universo profissional em que sua personagem está inserida. Visitou alguns escritórios de arquitetura de amigas, com quem busca dicas até hoje.

"Fui ver como as arquitetas andam, como vão nas obras, como ficam dentro do escritório. A preparação é a parte mais gostosa", constata.

No que diz respeito ao perfil psicológico de Mirela, Thais não precisou buscar referências muito longe. Na história, a jovem é basicamente a definição do que é uma boa amiga. Está sempre disposta a ajudar Isabel, protagonista de Juliana Silveira, e tem uma boa índole.

"É a personagem mais parecida comigo que eu já fiz", constata.

Mas a semelhança de personalidade com o papel, na verdade, não é um facilitador. Isso porque Thais, que já encarnou duas vilãs – a Beatriz de Revelação e a Miriam de Amor e Revolução –, gosta mesmo é de interpretar algo 
completamente diferente do que faz em seu dia a dia.

"Com uma vilã, você consegue abusar mais. E a Mirela é muito natural, tranquila. Então, tenho de ser natural, só que não posso dar a sensação do nada. Acho mais difícil", compara.

O que ajuda a atriz a entender ainda melhor sua personagem é o figurino. Em tons vibrantes, as roupas refletem 
o jeito animado de Mirela. Para este trabalho, Thais também precisou mudar a cor dos cabelos, que são naturalmente louros.

"Não estou tendo muito trabalho. A gente só escureceu e depois não teve manutenção, só no corte mesmo", avisa.

Nascida em Curitiba, no Paraná, Thais começou a se envolver com interpretação cedo, aos 9 anos. Mas a entrada na tevê aconteceu há, relativamente, pouco tempo. Em 2007, depois de morar no Rio de Janeiro por cinco anos, período 
em que ficou fazendo teatro, aconteceu sua estreia, em Amigas e Rivais. Para isso, precisou se mudar para São Paulo, onde localiza-se o setor de dramaturgia do SBT.

"Essa novela me marcou muito por ser minha transição do teatro para a tevê e por essa transição de vida mesmo", recorda.

Outro trabalho que Thais destaca é Revelação, onde encarnou sua primeira vilã. 

"Foi a novela que mais me falavam: 'Nossa, nem parece você!'. E esse comentário é perfeito porque quer dizer que você está conseguindo desempenhar um bom papel", anima-se ela que, além das gravações de Balacobaco, está se preparando para rodar Dona Beja, uma adaptação para o cinema da novela homônima exibida pela extinta Manchete em 1986, na pele da protagonista.

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