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Coreógrafo do Dança dos Famosos faz balanço do quadro

Cláudio Augusto/Brazil News

Vários telespectadores pararam tudo o que estava sendo feito, no começo da noite do último domingo (11), para ficarem na frente da televisão, por conta da grande final do Dança dos Famosos. Após Rainer Cadete, Sophia Abrahão e Felipe Simas darem um show, com suas últimas performances, nos ritmos tango e samba, o irmão de Rodrigo Simas e Bruno Gissoni acabou levando a melhor, sendo escolhido como o grande campeão da edição. 

Antes mesmo dos três finalistas ficarem lado a lado com o apresentador Fausto Silva, Sylvio Lemgruber, coreógrafo do quadro, fez um tipo de balanço de tudo o que aconteceu com a competição, nesse ano, em conversa com os jornalistas presentes nos estúdios da Globo, deixando clara a imensa satisfação que estava sentindo, por conta do trabalho. 

Influência do Dança dos Famosos nos telespectadores

"Desde 2005, eu falo a mesma coisa: O Dança tem alguma coisa de fantástico, porque é essencialmente verdadeiro. Não existe maquiagem, a gente consegue, em nove, dez horas semanais, fabricar um musical. Claro que, aí, entra muita psicologia, didática, filosofia, uma série de outras coisas que vão além da coreografia, para fazer com que os participantes acreditem que eles são capazes de fazer aquilo. Desde o começo, também acredito que esse quadro tem um apelo social muito grande, que transcende a dança, principalmente por mostrar que qualquer pessoa pode praticar esta atividade. A gente coloca pessoas com perfis diferentes e a competição acaba não ficando entre eles, mas deles com eles próprios. Quando o público percebe isso e vê que uma pessoa de 83 anos, por exemplo, pode dançar, acontece uma identificação, quase uma bandeira de salvação, do tipo: ‘Se ele pode, por que eu não posso?’. Isso é fato", chegou a declarar o profissional, antes de continuar falando sobre o assunto. 

"Ali, não são os atores, os atletas, os cantores que estão participando, são as pessoas, iguais aquelas que assistem televisão. Por isso que o quadro, como qualquer coisa que tem um apelo social muito grande, acabou tomando essa proporção gigantesca", falou Sylvio, com muito brilho nos olhos. 

Trabalho com os famosos e seus respectivos professores

Ainda aproveitando a presença da imprensa no local, ele deu alguns detalhes de como é sua convivência com os famosos e seus parceiros, deixando ainda mais claro que todos dão duro, durante a semana, para que o resultado visto, no fim de semana, seja o melhor possível. 

"Normalmente, eu acabo interferindo em todas as coreografias, mais nas das professoras do que dos professores. O meu papel principal, no quadro, é direção de coreografia. Esse trabalho é feito com mais ou menos participação, dependendo de como estão caminhando os ensaios com cada celebridade. Na terça-feira, por aí, começo a interferir, para que na quinta-feira, no máximo, as coreografias já estejam bem orgânicas", declarou Sylvio, reforçando ainda a importância da parte psicológica de cada participante, para que o trabalho dê certo. 

"O processo de fazer com que eles acreditassem nisso é rigorosamente o mesmo, com base no incentivo e na busca dos passos que lhes são pertinentes. O segredo é trabalhar, de acordo com o limite de cada um. Como diretor de coreografia, meu trabalho também é fazer com que os professores e professoras saibam conduzir, entender as dificuldades de cada aluno e jamais se percam, fazendo com que tudo se torne uma frustração para os famosos", contou o coreógrafo. 

"Depoimento" sobre os finalistas

Como não podia deixar de ser, Lemgruber ainda aproveitou a conversa para falar um pouco sobre as principais características dos finalistas Felipe, Sophia e Rainer. 

"Quem foi para a final, não estava lá à toa. A Sophia Abrahão, por exemplo, na quarta-feira ela já estava ensaiando super bem, assim como o Felipe Simas. Já o Rainer Cadete foi um dos mais presentes, dessa edição, quando se trata de participar do processo de criação da coreografia. Ele sugeria tudo, mudou até de visual, para entrar no ritmo da semana. Isso é muito bom, porque, quando parte deles, é orgânico e, quando é assim, fica quase certo que o passo vai sair", chegou a declarar ele, com um largo e sincero sorriso no rosto. 

Mudanças na própria atração, desde a primeira edição

Com a sensação de "dever cumprido", Sylvio também falou sobre as mudanças que aconteceram, no Dança dos Famosos, desde a primeira exibição do quadro, que, aliás, aconteceu em 2005. 

"Mudou tudo nesses 11 anos de quadro (risos). A gente começou com uma estrutura pequena e precária, se comparada com a que temos hoje. Os ensaios aconteciam na concentração de público, sem muitos equipamentos, muito diferente da estrutura que temos hoje. Me lembro que, no começo, também existia uma desconfiança muito grande, com relação ao quadro. Muitas pessoas comentavam: ‘Nossa, uma atração com famosos, com gente que não dança, isso não vai dar certo’. Era difícil até de fazer com que os próprios artistas acreditassem no projeto. Aos poucos, tudo foi engatinhando e tomando as proporções que tem hoje", afirmou ele, minutos antes de fazer um tipo de declaração final sobre o projeto. 

"Muita gente me pergunta: ‘Qual é o milagre do Dança dos Famosos?’. Minha resposta consiste em quatro letras: Amor. Eu amo a minha vida e, com o meu trabalho, não é diferente. Faço tudo de uma forma que os famosos se sintam grandes e, assim, o quadro possa ser o sucesso que é", declarou o coreógrafo, mostrando o quanto é completamente apaixonado pelo que faz. 

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