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Ellen Page revela que foi vítima de homofobia em set

Reprodução/Instagram

Ellen Page publicou uma carta aberta em seu Facebook, onde revelou ter sido vítima de atitudes homofóbicas e abusivas pouco antes do começo das gravações de X-Men – O Confronto Final.

Interpretando Lince Negra e, na época, com 16 anos, a atriz comentou que Brett Ratner, diretor do longa, disse para uma das mulheres da equipe: “Você deveria f*** para fazê-la perceber que é gay”, apontando para Ellen.

“Eu era uma jovem adulta que ainda não tinha me assumido para mim mesma. Sabia que era gay, mas não sabia, por assim dizer. Eu me senti violada quando isso aconteceu. Olhei para os meus pés, não disse nada e assisti quando ninguém mais falou", explicou.

Em 2014, a atriz revelou que é homossexual, durante um discurso emocionante.

Anna Paquin, que também atuou no longa, confirmou a versão da colega.

“Eu estava lá quando esse comentário foi feito. Estou com você, Ellen Page”, postou a atriz no Twitter.

E o relato de Page não parou por aí. A jovem ainda citou momentos tristes da carreira, além de falar sobre outros casos de assédio envolvendo Bill Cosby, Roman Polanski, Woody Allen e Donald Trump.

"Bill Cosby era um predador. Os crimes eram dele, mas muitos eram cúmplices. Muitos outros escolheram apenas fingir que não viram. Harvey era um predador. Os crimes eram dele, mas muitos eram cúmplices. Muitos outros escolheram apenas fingir que não viram (…) Eu fiz um filme do Woody Allen e esse é o maior arrependimento da minha carreira”, dizendo que se sentiu pressionada nas filmagens de Para Roma, Com Amor.

Sobre o atual presidente dos Estados Unidos, a moça o colocou no mesmo patamar de Clarence Thomas, juiz da suprema corte norte-americana.

“Um (Thomas) é acusado de assédio sexual por Anita Hill, cujo testemunho foi desacreditado. O outro (Trump) descreve com orgulho sua técnica de assédio a uma repórter de entretenimento", finalizou.

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