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Em entrevista, Michael Douglas fala sobre corrupção no Brasil

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Michael Douglas está prestes a brilhar no papel de Hank Pym, no filme inspirado nos quadrinhos da Marvel, Homem-Formiga, que estreia dia 16 de julho no Brasil.

Em entrevista a Isto É, o ator contou um pouco sobre sua paixão pela língua portuguesa, suas impressões com relação ao país, a corrupção na política brasileira, seu novo filme e casamento gay.

“Estive no Rio e na Bahia de férias. Infelizmente não falo nem um pouco de português, que é uma língua muito bonita. O que mais me impressiona no brasileiro é seu ritmo. No Brasil, parece que as pessoas estão dançando, mesmo quando não há música”, contou ele.

Acompanhando a situação da política em solo verde e amarelo, Douglas torce para que as questões de corrupção se resolvam.

“Pelo que acompanho, trata-se de um dos maiores escândalos de corrupção da história do País, envolvendo os políticos que estão no governo. Espero que esses escândalos sejam resolvidos. Só receio que a corrupção no Brasil seja muito profunda. Temo que apenas a ponta do iceberg tenha sido exposta. A corrupção é sempre um assunto que me toca, onde quer que esteja”.

No papel de um homem poderoso e correto, Michael confessa que são é uma raridade encontrar pessoas que não deixam o dinheiro falar mais alto.

“São poucos os que não se deixam seduzir pelo dinheiro. Foi essa realidade que me instigou a interpretar personagens como Gordon Gekko (o especulador inescrupuloso de Walt Street). No filme Homem-Formiga, a empresa do meu personagem, a Pym Tecnologies, é muito bem-sucedida. Até que um protegido do meu personagem (vivido pelo ator Corey Stoll) cai em tentação e corrompe uma ideia minha, buscando um propósito maligno. Ele passa a incitar mais uma guerra, simplesmente porque isso o fará ganhar muito dinheiro. A história se repete em todo lugar onde as pessoas tomam o dinheiro como a coisa mais importante do mundo”.

Acostumado com a indústria de Hollywood e casado com uma das mulheres mais bonitas do cinema, Catherine Zeta-Jones, o ator afirma que o segredo para não deixar o sucesso subir à cabeça, é começar de baixo.

“Quando você começa de baixo, trabalhando nos estúdios, é mais fácil manter os pés no chão. Muitos profissionais da indústria foram office boys, escalando aos poucos os degraus da hierarquia da grande empresa cinematográfica. Quem não tem vínculo permanente com nenhum dos estúdios, como eu, precisa ter faro para se cercar das pessoas certas. O que aprendi com todos esses anos de experiência é que o mais importante é ter faro para reconhecer um bom roteiro”.

Após a aprovação do casamento gay nos 50 estados dos Estados Unidos, Michael conta que o papel dos seriados com personagens homossexuais foram fundamentais para quer as pessoas ficassem mais à vontade.

“Nossa indústria teve um papel muito importante na mudança de mentalidade do povo americano. Há décadas são produzidos seriados de televisão com personagens homossexuais, como “Big Bang Theory”, “Will & Grace” e tantos outros. Essas séries fizeram com que a sociedade ficasse cada vez mais à vontade com o homossexual e todo o seu universo. Enquanto isso, essa realidade foi se solidificando. Em praticamente toda família nos Estados Unidos, como imagino que aconteça no Brasil, há um membro gay”.

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