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Erika Januza fala de racismo: ‘Está ali todos os dias’

Reprodução/Instagram

Nesta quarta-feira (3), Erika Januza participou do programa Encontro, apresentado por Fátima Bernardes, e comentou sobre os protestos nos Estados Unidos e que chegaram às redes sociais após a morte de Geroge Floyd, um homem negro, depois que o policial branco Derek Chauvin o imobilizoou se ajoelhando em cima do pescoço dele.

"É um assunto muito difícil. Eu fico realmente emocionada, porque é mais um episódio de coisas que acontecem todos os dias e as pessoas insistem em dizer que é mimimi, que racismo não existe", desabafou a atriz.

Erika ainda lamentou o fato da visbilidade do problema ganhar notoriedade somente depois que uma tragédia, como a morte de Floyd, acontece.

"Precisa de um acontecimento desse tamanho para que as pessoas enxerguem um pouco mais. Mas não adianta passar por um momento transitório de protesto, de postar aquilo ali e nunca mais falar do assunto. As pessoas têm que conscientizar de vez que ele existe, é real e está ali todos os dias".

Outra pauta na conversa foi a transição capilar da artista. Segunda Januza, foi "um momento de libertação" exibir os fios naturais novamente.

"A mulher realmente precisa estar preparada para passar [pela transição]. Não é algo que pode ser forçado ou imposto por ninguém. É uma mudança que acontece de dentro para fora", detalhou ela. "Eu fiquei totalmente perdida. Aos poucos, fui entendendo que essa mudança capilar foi também uma mudança interna. Como comecei a ver as outras pessoas e entender por que me escondia atrás de um cabelo liso", contou.

Para a dona do papel da tenista Marina, em Amor de Mãe, a pressão estética existente na sociedade é mais um dos diversos obstáculos que fazem da transição capilar um processo difícil, porém, empoderador.

"A sociedade impõe que o bonito é o liso, o comprido, posso ser a bonita da forma que eu quiser. Se o meu cabelo é crespo, tenho que me sentir feliz e bonita com ele. Não estou dizendo que é fácil. Foi a decisão mais radical que tomei, mas estou muito feliz."

Aliás, Erika precisou mudar o visual, envolvendo as madeixas, quando foi escalada para a novela de Manuela Dias, assumindo um corte bem mais baixo e moderno.

"No dia de cortar, eu fiquei tremendo. Quando fico nervosa, eu começo a rir. Eu fiquei rindo muito, chorando, tudo ao mesmo tempo. Quando ele [o cabeleireiro] acabou, eu estava me sentindo uma pessoa nova. Foi uma coisa impressionante", garantiu.

Quarentena

 

Enquanto passa pelo distanciamento social, assim como muita gente, em razão do novo coronavírus, Erika Januza revelou que os livros têm sido bons companheiros para não deixá-la cair no tédio. O diferencial? São recheados de receitas!

"Estou me jogando nos livros de receitas. Aprendi a fazer minha canjica querida. Era sempre a minha mãe que fazia. Eu falei: 'Não vai ter jeito, vou ter que aprender a fazer'. Eu confesso que queimou a primeira leva", brincou ela. "Eu não fui no início da quarentena [para a casa da família], porque na minha cabeça ia passar logo. Acabou que não era nada daquilo que eu pensava e as coisas foram se prolongando."

E enquanto as gravações de Amor de Mãe seguem em pausa, a série Arcanjo Renagado, da Globoplay e na qual a atriz vive a personagem Sarah, também estão paradas.

"Vamos voltar aos trabalhos assim que puder. Sarah vai viver um novo momento nessa segunda temporada. Já li toda a temporada e está incrível. Vão ter muitas surpresas. Estou muito feliz", finalizou.

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