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Fernanda Vasconcellos relembra bullying: ‘Queriam me cortar com estilete’

Reprodução/Instagram/@fevasconcellos

Depois de só fortalecerem a amizade, durante as gravações de Haja Coração, última novela das 19h da Globo, Marisa Orth e Fernanda Vasconcellos tiveram a oportunidade de conversar um pouco mais sobre a vida, de um modo geral. Tudo porque a amada de Cássio Reis foi entrevistada pela própria colega, na mais recente edição da revista Top. 

Entre os assuntos abordados, ela aproveitou a ocasião para contar que, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, seus primeiros contatos com a televisão não foram tão fáceis, ainda mais quando se trata do período em que gravou a novela Páginas da Vida, na qual interpretou a personagem Nanda. 

"Foi a primeira vez que tive contato com um personagem com o qual pude me envolver e entender. (…) De repente, eu não conseguia sair de um avião, por exemplo, que ficava um monte de gente esperando, querendo tirar fotos, meu pai tinha que me ajudar. Parece que estou contando uma história de alguém, porque eu mesma nem aproveitei. (…) A gente ficou um mês gravando em Amsterdã, e eu sem grana, querendo que a minha mãe fosse me ver, mas não tinha como. Não podia ligar porque não tinha dinheiro para pagar a ligação. Era isso que eu vivia. E, em volta de mim, era um estouro. Então, eram coisas desconexas", chegou a afirmar Fernanda, antes de continuar falando sobre o assunto. 

"As pessoas achavam que eu tinha saído de Malhação felicíssima e que, naquele momento, estava na novela das 20h, e não era nada disso. Eu estava insegura, com medo, querendo a minha mãe, nunca tinha viajado para fora do país, com uma equipe de gravação, sem saber como lidar com aquele texto nem a proporção que aquilo teria. Nenhuma. Zero. E aí, quando me lembro da Nanda, hoje, parece que é a história de outra pessoa", disse a atriz, para Marisa. 

Como não podia deixar de ser, a artista ainda falou um pouco, na ocasião, sobre a Bruna, vilã que interpretou, em seu mais recente trabalho nas telinhas. 

"Foi bem interessante, porque as outras personagens eu não escamoteava, elas tinham que ser sempre aquilo. A Bruna mentia com verdade. E a primeira coisa que faço quando leio um texto é rejeitá-lo, para que não entre em contato comigo. Essa personagem acreditava naquilo que fazia. E foi bem legal, casou bem com minha vontade de transição, mexeu comigo", disse ela, sobre tal projeto profissional, antes de também comentar sobre as notícias que costumam circular, envolvendo seu nome. 

"Normalmente tem. Mas não sei se é porque precisam produzir a fofoca para vender, então geralmente falam bobagem. De par romântico, de alguma coisa assim, mas aí é leviano. (…) Algumas me magoaram, de falar 'Nossa, que chato. Estou aqui, fazendo meu trabalho, que coisa id****'. Mas sou mais de ficar ferida sozinha, Acho que nunca respondi", declarou a atriz. 

Fernanda ainda conseguiu surpreender, de certa forma, Marisa, ao relembrar o bullying que sofreu, quando ainda estava na escola, entre a infância e a adolescência. 

"Acho que elas achavam meu rosto bonito e queriam cortar minha cara com estilete. Eu tinha que ir embora de carro de polícia. (…) Mas eu não tinha consciência de que meu rosto era bonito, hoje tenho. Elas me ameaçavam com o estilete o tempo inteiro. E era sério, de ter que chamar a polícia, da diretora ter que avisar os meus pais, e comecei a ter muito medo de ir para a escola. (…) Não adiantou mudar de colégio. Elas descobriram e começaram a me esperar na porta da outra escola. Era um grupo grande, 15, 20 que se juntavam aos meninos, não sei o que acontecia. Até que minha mãe conseguiu me colocar em um colégio de freira, aí que consegui ter um pouco de paz. Mas era sempre muito tenso na hora da saída, lembro que era uma coisa que acelerava meu coração", contou a atriz, que, aliás, falou sobre vários outros assuntos, durante a entrevista. 

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