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Gisele Alves conseguiu fazer novela após filme com Jayme Monjardim

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Noticias

O principal sonho de Gisele Alves sempre foi fazer novelas. Mas a espevitada Zuleika de Flor do Caribe assume que, por pura inquietação, nunca se empenhou, de fato, para tentar realizar esse desejo. O destino, porém, se encarregou de fazê-la cruzar com o diretor Jayme Monjardim, responsável por sua escalação para a novela de Walther Negrão. Assim como o paranaense Igor Rickli, que vive o vilão Alberto na trama, Gisele foi convidada para o papel depois de participar das gravações do longa O Tempo e o Vento, que Jayme rodou ano passado. Com previsão de estreia nos cinemas no próximo dia 20 de setembro, o filme ainda deve ser adaptado para o formato de microssérie, na Globo.

 "Não fui com a intenção de usar o filme como ponte para a televisão, mas é claro que fiquei feliz. Além de ser meu primeiro trabalho no cinema, acabou abrindo uma porta e tanto, que eu imaginava completamente distante de mim", conta.

Para encarnar a empregada doméstica do ex-nazista Dionísio, de Sergio Mamberti, Gisele garante ter observado diversas mulheres que trabalham limpando, cozinhando ou arrumando coisas em casas, em estabelecimentos comerciais e até nas ruas. A ideia era reunir o máximo de informações para não fazer feio no ar. E analisar também a melhor forma de desenvolver um papel que nem sempre tem muito espaço nas novelas.

"É o tipo de personagem que tem algumas restrições, mas pode crescer para alguns lados. Queria me preparar bem porque sei que posso atuar, mas precisava ser crível nas cenas de trabalho dela também", explica. 

De fato, Gisele conquistou um espaço de destaque na história. Mas por um caminho que, a julgar pela sinopse, era pouco provável para o papel. Zuleika é apaixonada por Hélio, mau caráter vivido por Raphael Viana. E chegou a ajudá-lo a fazer algumas maldades. Mas, no decorrer dos capítulos, a empregada estabeleceu uma parceria com a heroína Ester, de Grazi Massafera. E ajudou, por diversas vezes, a mocinha a se livrar das vilanias de Alberto.

"Não foi uma mudança racional. Pelo menos, não da minha parte. Mas funcionou bem ali", avalia. 

Natural de Brasília, Gisele morou na Bahia no final da adolescência, onde começou a investir mesmo no teatro. Chegou a cursar Administração, mas confessa que não tinha a menor afinidade com a área.

"Na verdade, eu queria ganhar dinheiro. Então, abri o jornal e decidi que prestaria vestibular para a profissão que tivesse mais vagas anunciadas nos classificados. Foi uma imaturidade", assume ela, que estuda dança desde os 3 anos e já chegou a morar em Luxemburgo e na Guatemala em função dessa arte.

Em Luxemburgo, ela fazia parte de uma companhia que se apresentava em um programa de tevê.

"Acho lindo balé, mas as oportunidades que se abriam para mim eram mais voltadas para o jazz", lembra. 

A estreia na tevê se deu a partir do jornalismo. Primeiro, trabalhou em um jornal, mas logo surgiu a chance de atuar nesta área na internet, mas em vídeo. Dali, logo "pulou" para um programa local de Brasília. Investiu na carreira, chegando a ser contratada como repórter na Rede TV!. Mas no ano passado, ao saber da seleção para o longa de Jayme Monjardim, fez os testes e passou. A partir daí, a vontade de se dedicar à interpretação começou a crescer ainda mais.

"Quando soube que passei, avisei a emissora. Consegui uns dias e fui gravar o filme. Se não me liberassem, eu teria pedido demissão. Estava determinada", garante.

Agora, depois de Flor do Caribe, Gisele pretende continuar se dedicando à televisão.

"Já estou vendo algumas coisas. Não quero deixar o teatro de lado e nem o cinema, mas me interessa muito manter esse vínculo com a tevê. Seja como atriz ou voltando à função de jornalista", diz. 

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