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Helena Rinaldi faz comédia francesa no teatro

Felipe Panfili

Mais identificada como atriz dramática, por causa de papéis de sucesso na televisão como a sofredora Raquel, de Mulheres Apaixonadas, Helena Ranaldi provará um outro lado de seu talento, numa comédia teatral. No dia 13 de janeiro de 2006, ao lado de um elenco de sete atores, ela estréia As Preciosas Ridículas, do francês Molière, no Teatro do SESI, no centro do Rio.

“No elenco estão também André Vali e Nildo Parente, à frente de um grande elenco. A direção será do Cláudio Torres Gonzaga”, contou Helena, enquanto se dirigia para o camarim de seu namorado, o cantor e músico Max Sette, que fez o pré-lançamento de seu CD Parábolas ao Vento, no Teatro Rival BR, na noite de segunda-feira, dia 14.

As Preciosas Ridículas

Escrita em 1658, As Preciosas Ridículas (Les Précieuses Ridicules) estreou em 1669, em Paris. A peça mostra os burgueses deslumbrados com a cultura dos aristocratas, e como os comerciantes da província – ignorantes e ingênuos – desejavam adquirir o requinte e os meneios falsamente elegantes dos fúteis salões da capital francesa. A comédia provocou estrondosas gargalhadas do público, mas trouxe para Molière a antipatia da deslumbrada burguesia, que se sentiu agredida pelo retrato implacável que ele pintou.

As Precisosas Ridículas inaugurou uma nova fase, na vida do comediante: a da crítica de costumes. O artificialismo, os interesses mesquinhos que geralmente regem as relações humanas, o desejo de ascensão social a qualquer preço e a ganância pelo dinheiro são desvendados pelo autor, nas cortantes tramas de suas comédias. Molière deixou outros clássicos que são montados no mundo inteiro até hoje, entre eles: O Tartufo, O Avarento, Escola de Mulheres, Escola de Maridos, Don Juan e o Burguês Fidalgo. 

Com essa dimensão de criticar os costumes, a comédia francesa ganhou outra posição entre os gêneros teatrais. Fazendo uma análise dos erros humanos, ela deixava de ser considerada um gênero menor e ingressava no rol das grandes manifestações artísticas, com a mesma dignidade das tragédias clássicas.

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