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Irene Ravache conta que já foi demitida de canal no início da carreira

Ag.News

Irene Ravache é a convidada do programa Damas da TV do dia 27 de novembro. Com mais de 50 anos de carreira, ela conta quer não é fácil manter a profissão e revela que no início de sua trajetória profissional foi mandada embora da TV Excelsior pelo rígido diretor Walter Avancini.

"Eu fazia a novela O Grande Segredo. A Íris Bruzzi me dizia para ficar quieta, para não falar muito, mas eu estava injuriada com o Avancini e respondi. Ele ligou para o autor da novela, Marcos Rey, e falou que teriam que acabar com o papel daquela carioca", lembra.

Foi quando Irene conheceu Cassiano Gabus Mendes, que a aconselhou a procurar emprego na TV Tupi. Lá, ela conseguiu um papel e foi grande sucesso em Beto Rockfeller (1968).

Mesmo depois de colecionar personagens muitos diferentes e estar estabilizada na profissão, Irene sentiu frio na barriga quando foi convidada para fazer Charlô, de Guerra dos Sexos, personagem interpretado por Fernanda Montenegro na primeira versão do folhetim, em 1983:

"Quando falaram que eu ia fazer a novela, foi uma alegria e um susto. Interpretar o papel que foi da Fernanda era uma responsabilidade porque algumas atrizes são definitivas, ela pode fazer o que quiser", revelou.

Um dos momentos mais marcantes da carreira da atriz foi a indicação ao Prêmio Emmy por sua atuação em Eterna Magia (2007). Ela interpretava a amarga Loreta O'Neill, que sofreu uma grande transformação na segunda fase da novela ao se apaixonar pelo médico Rafael (Luís Melo).

"Fiquei muito feliz porque é uma novela das 18h, onde fui lindamente dirigida pelo Ulysses Cruz. Vou dizer que não fiquei contente por ser indicada a um prêmio internacional? Lógico que fiquei", confessa.

Ela conta ao programa que seu desejo de infância era ser bailarina, mas, na primeira vez em que assistiu a uma peça de teatro percebeu que ali estava seu caminho. E foi nos palcos que Irene iniciou-se na dramaturgia, incentivada por Sérgio Britto.

"Eu não pensava em fazer telenovela porque sou daquela época em que franzíamos o nariz para isso. Nós fazíamos teatro, telenovela era considerada uma coisa menor, mas fui atrás. Tinha acabado de ter meu primeiro filho e precisava trabalhar".

Um dos personagens mais queridos da atriz é a grega Katina, de Belíssima, em que vivia a esposa de Lima Duarte, o turco Murat.

"Nessa novela fui mãe de Cláudia Raia e, quando soube disso, logo pensei que precisava de um decote!", brinca. E continuou: "Sempre que encontro o Lima, digo a ele: 'te ofereço casa, comida e roupa lavada'. Ele é fantástico".

Ao avaliar sua trajetória, ela comenta que a maturidade a deixou um pouco mais tranquila, mas que mantém o olhar curioso em relação ao mundo.

"Hoje, com 68 anos, não sou só a Irene Yolanda, sou todas as personagens. Porque aprendi muito com essas mulheres. Você nunca mais é a mesma depois que faz uma personagem".

O Damas da TV apresenta 23 episódios de 30 minutos, cada um dedicado a uma grande estrela da dramaturgia brasileira – todas com pelo menos 40 anos de carreira. As atrizes Fernanda Montenegro, Regina Duarte, Marieta Severo, Marília Pêra, Irene Ravache e Glória Pires estão entre as convidadas. Elas revelam histórias e relembram os bastidores dos maiores sucessos da TV.

A atração será exibida sempre às quartas-feiras às 21h.

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