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Juliana Lohmannestá diz não se importar em não usar maquiagem na TV

Luiza Dantas/ Carta Z Notícias

Interpretar um personagem de época e ter uma caracterização diferente são elementos que instigam muitos atores. Juliana Lohmann, definitivamente, é deste time. Em Joia Rara, próxima novela das seis, a atriz entra em cena como Belmira, uma jovem que tem o sonho de ser freira. Para mergulhar no universo do catolicismo, Juliana resgatou memórias de seu tempo de escola e dedicou-se à leitura de livros sobre o assunto.

"Sempre estudei em colégio católico. Eu adorava esse lado religioso", conta ela, que, atualmente, assume ter um pensamento mais liberal sobre religião.

Outro fator que a ajuda a entrar no clima da novela é o período retratado na história: os anos 1940.

"Em trabalhos de época, você fica mais distante de si mesma e é bom para se desprender", opina ela, experiente em produções do tipo por conta de trabalhos como a minissérie Um Só Coração, da Globo, e Sansão e Dalila, da Record.

No novo trabalho das autoras Thelma Guedes e Duca Rachid, Juliana será a jovem filha de Miguelina e Arlindo, vividos por Rosi Campos e Marcos Caruso. Eles são donos do cabaré Pacheco Leão, localizado no boêmio bairro da Lapa e recheado de muitas beldades. No entanto, quem vai destoar desse cenário é Belmira, que não tem a mínima vontade de se juntar ao grupo das vedetes, vividas por nomes como Mariana Ximenes, Giovanna Ewbank, e Tania Khalill, entre outras.

"O lugar é tomado por mulheres lindas e seus corpos esculturais. Na contramão da movimentação do cabaré, a Belmira vai estar sempre lendo um livro, perdida em outro mundo", adianta.

Chamada pelo produtor de elenco Luciano Rabelo, a atriz conquistou seu papel através de testes.

"Já deu para sentir o clima incrível do projeto. Estou muito empolgada", vibra.

Para entrar em cena com uma caracterização diferente, a atriz não se importa em deixar a vaidade de lado. Isso porque a personagem veste roupas caretas, tem monocelha (sobrancelhas juntas) e não usa maquiagem.

"Não passar nada no rosto é estranho para qualquer mulher, mas eu não estou me preocupando com isso", revela Juliana, que em determinada fase da trama passará por uma mudança visual.

Por ser considerada o patinho-feio da família, a personagem tem problemas de auto-estima e, na maioria das vezes, é introspectiva. Contudo, ela vai conquistar o coração de Nuno, vivido por Renato Góes.

"Ele é apaixonado pela Belmira, mas ela não percebe", ressalta.

Natural de Niterói, Juliana estreou na televisão aos 11 anos de idade, na pele de Gabriela, na temporada de 2001 de Malhação. De cara, percebeu que fez a escolha profissional certa.

"Foi meu primeiro trabalho e mudou a minha vida. Tive a certeza de que era isso que eu queria", empolga-se.

De lá para cá, a atriz coleciona personagens como a divertida Pandora, de O Beijo do Vampiro, de 2002, e a Teca, de Começar De Novo, de 2004, ambas na Globo. Depois de mudar de emissora e trabalhar na Record, em 2011, Juliana se viu com a oportunidade de retornar à produção que marcou sua estreia. E, novamente, trabalhou em Malhação, onde encarnou a aprendiz de vilã Débora.

"Foi legal porque muita gente da equipe de 2001 ainda estava trabalhando lá", emociona-se. 

Disposta a experimentar outras formas de arte, Juliana enaltece a profissão de atriz como elemento fundamental para entender outras referências artísticas.

"Me abriu caminhos para compreender os outros lados", opina a jovem de 23 anos, que já se aventurou na literatura, com o livro Ela a Outra e Eu, escrito a seis mãos com as amigas Lara Gay e Michelly Barros. Já nos palcos, Juliana reforça seu lado criativo com propostas teatrais fortemente autorais.

"Tenho me reunido com mais três amigas e estamos começando um texto agora. Quero muito estar no palco também, pois não tive muito isso", conta.

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