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Mateus Solano: ‘Dinheiro nenhum desenvolve inteligência emocional’

Divulgação/Sérgio Baia

Ele é simpático, família, gente boa. Mais do que isso, é também um ótimo ator.

Mateus Solano nasceu em Brasília mas mora no Rio de Janeiro desde seus 5 anos e, aos 17, já estava no ofício de ator. Fez alguns cursos de especialização no Brasil e estagiou no exterior, no Théâtre du Soleil. 

Casou-se com a linda Paula Braun, com quem tem dois filhos: Flora, de 7 anos e Benjamin, de 2.

No tetaro, já fez vários trabalhos, como O Beijo no Asfalto (1999), O Homem que era Sábado (2003), Últimos Remorsos Antes do Esquecimento (2007), entre outros.

Na TV, participou de Malhação (2006), da minissérie JK (2006), Sítio do Picapau Amarelo (2007) e de tantas outras. Revive ainda na TV o personagem Zé Bonitinho, do saudoso Jorge Loredo, na nova versão da Escolinha do Professor Raimundo e um dos seus personagens de destaque em novelas foi o inesquecível Félix, de Amor à Vida (2013), entre tantos outros trabalhos que encantaram o público.

Atualmente, Solano interpreta o ricaço  Eric Ribeiro, em Pega Pega, novela da Globo da faixa das 19h. Ele conseguiu um tempinho em sua atribulada agenda, entre uma gravação da trama,de uma campanha publicitária e outros compromissos, para bater um papo com a reportagem de OFuxico e contar um pouco mais sobre seu trabalho, seus próximos projetos, falou um pouco sobre seus momentos longe das câmeras e ainda revelou o que faria caso ganhasse 40 milhões de dólares. 

Vem com a gente!

OFuxico – Como você vê a relação do Eric com a Bebeth, personagem da atriz Valentina Herszage?

Mateus Solano – É uma relação muito especial, porque foi construída aos trancos e barrancos. No início da novela a gente conhece um pai que não sabe lidar com a filha adolescente. E, aos poucos, vemos os dois crescendo um com o outro. Acho um filho traz muito aprendizado, muito crescimento para um pai que estiver disposto a crescer e o Eric, aos poucos, vem aprendendo as maravilhas da paternidade e isso o ajuda a melhorar também como pessoa. 

OF – O que mais chamou a sua atenção na personalidade do Eric?

MS –  Sem dúvida o que me chamou a atenção foi o fato de poder, através dele, mostrar para o público que dinheiro nenhum nesse mundo desenvolve inteligência emocional em ninguém. É só quando a gente deixa a vida ensinar pra gente, deixa as experiências nos enriquecerem é que a gente realmente pode se tornar seres humanos melhores.  Eric começou a novela completamente estúpido emocionalmente e, através do amor à primeira vista que ele sente pela Luiza e pela vontade de reconquistar o amor da filha ele vai dando espaço para que a vida o ensine a ser um cara melhor. As pessoas são sempre muito carinhosas com o meu trabalho e com a novela. Nesse caso, especialmente nas relações do Eric – com quem o está enganando, mas também na relação de confiança que ele tem com a mulher e na relação de muito amor que ele tem com a filha. 

OF – Eric ainda guarda algum outro segredo?

MS – Sim, o Eric guarda outros segredos.

OF – Como é sua parceria, o trabalho com a atriz Camila Queiroz?

MS – Nossa parceria é cada dia melhor. E eu gosto muito de aprender com meus colegas de trabalho. Sempre. 

OF – O que Mateus Solano faria se ganhasse 40 milhões de dólares?

MS – Se eu ganhasse 40 milhões de dólares eu certamente investiria num espaço cultural em que as pessoas que não possuem acesso à educação e cultura pudessem tê-lo de forma gratuita ou bem mais barata. Um lugar onde as pessoas pudessem ir para se questionar, crescer, ler, assistir, criar… Seria um lugar criativo! Eu criaria um lugar que incentivasse a criatividade das pessoas. 

OF – Mateus, além da novela está à frente de outros trabalhos?

MS – Temos a terceira temporada da Escolinha e o filme Talvez uma História de Amor, do Rodrigo Bernardo, que será lançado entre o fim desse ano e o começo do ano que vem. Esse filme foi baseado no romance de Martin Page e se passa em São Paulo, com uma parte em Nova Iorque. Foi muito agradável de fazer, quero muito assistir ao resultado. E ano que vem levaremos a peça Selfie a algumas capitais brasileiras pelas quais o espetáculo ainda não passou e também a Portugal.  E, em breve, algum outro projeto teatral.

OF – Como é para você ser tão requisitado para propagandas e o que você atribui a estas escolhas?

MS – Não sei… Nunca parei pra pensar nisso. Mas eu fico feliz em ser chamado porque isso quer dizer que o dono do produto, da marca a ser divulgada, acredita que a minha imagem tem empatia junto ao público dele. Não existe outra razão para chamar um ator para esse tipo de trabalho que não seja esse. E eu fico muito feliz em ser querido pelo público que me assiste. 

OF – Você chega a montar um certo cronograma para dar conta dos trabalhos e ainda curtir a família?

MS – É muito complicado montar cronograma, principalmente quando se está fazendo novela porque, a cada semana, nossa rotina é completamente diferente. Ela depende das cenas que precisam ser gravadas, das locações onde essas cenas acontecem, quais atores estarão nas cenas, qual capítulo que falta pra gravar, qual está mais distante e qual está mais próximo… São muitas coisas das quais a minha rotina fica dependendo, então não tenho como montar cronograma. O que eu tenho é o domingo. Na TV Globo a gente trabalha de segunda-feira a sábado, então eu tenho um dia de folga e nunca sei muito bem como será a minha semana seguinte. 

OF – Você hoje em dia escolhe os personagens que quer fazer?

MS – Hoje em dia eu certamente tenho mais liberdade pra dizer "não", porque no começo da minha vida profissional era bom dizer muitos "sim" porque eu precisava de experiência, de estofo, de material pra desenvolver o meu trabalho. E também não podia dizer "não" porque não havia tantos outros convites. A partir do momento que tenho uma quantidade de convites, eu posso me dar ao luxo de escolher, sim. Mas também nem sempre… Às vezes eu posso topar fazer um personagem mesmo sem estar com tanta vontade de fazê-lo naquele momento específico. Em todo caso, um personagem nunca é um fardo, é sempre um prazer. 

OF –  Existe algum personagem que você olha e diz: "queria fazer esse"?

MS – Sim, existem muitos personagens que eu olho e penso "Ah, eu queria fazer esse!". Principalmente quando ele está sendo bem feito, quando percebo que um colega está fazendo bem o personagem, reconheço que ele está aproveitando bem uma boa oportunidade, isso é algo estimulante, que nos dá vontade, dá gosto. Não só na TV, sobretudo no teatro, quando eu assisto a uma peça e penso "Nossa, como eu queria viver junto a esse elenco o que ele está vivendo em cena todo dia". 

OF – Como é Mateus Solano fora da TV, o que mais curte fazer quando está com a família?

MS – Fora da TV o Mateus Solano é mais alto e mais palhaço do que as pessoas pensam, e curte muito estar com a família, em qualquer situação.

Últimos Remorsos Antes do Esquecimento

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