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Milka Borges relembra um ano de agressão: ‘Virei símbolo contra a violência’

Reprodução

O ano passado começou de um jeito que ninguém gostaria para a influencer Milka Borges. A empresária foi vítima de uma agressão no Jockey Club de São Paulo, que não acabou nada bem para ele, a não ser pelo fato de ter ficado viva.

E, neste início de janeiro de 2021, o fato completou um ano e Milka recebeu outra informação que não gostaria. Sua advogada informou que os danos físicos causados pela agressão serão irreversíveis, ou seja, ela terá com conviver com a cicatriz para sempre.

No entanto, Milka vai usar tudo o que passou para ajudar outras pessoas que também são vítimas deste tipo de agressão.

“Eu já imaginava (que não teria como reverter). É impossível, mesmo com os melhores tratamentos médicos, ter um rosto livre de cicatriz, por exemplo. O copo perfurou meu rosto, quebrou meus dentes. Perdi muito sangue. Eu sabia que essa marca eu vou carregar pra sempre. Passado um ano do dia que sofri esse atentado, o IML afirmou que terei sequelas para o resto da vida. E também já passei com mais de 5 cirurgiões plásticos no decorrer desse ano e todos também afirmaram a dificuldade de mexer no local da cicatriz! Dia após dia estou aceitando essa marca que tem como um divisor de águas e a usarei para ajudar outras pessoas”, afirmou em entrevista exclusiva ao OFuxico.

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Traumas

Milka revelou que, mesmo após tanto tempo, ainda sofre com crises de ansiedade e taquicardia por conta do ocorrido.

“Tenho algumas sequelas psicológicas e emocionais. Continuo tratando a cicatriz e vou passar por mais procedimentos plásticos e estéticos. Estou em terapias com psicólogos e tomando remédios psiquiátricos para controlar as crises de ansiedade de correntes do trauma da agressão. Às vezes eu acordo a noite com crises de ansiedade, pesadelos e o coração disparado. A cena do momento em que fui agredida e do namorado da Fernanda vindo para cima de mim enquanto eu estava com o rosto aberto e sangrando, e tentava me proteger, ainda vem à minha cabeça” revelou, completando que sempre “conversa com Deus” para seguir com sua vida.

Mesmo com tantos traumas, a corretora de imóveis contou que consegue ver um lado positivo nisso, já que pode ajudar pessoas que também passam pelo mesmo problema, se tornando um símbolo contra a violência.

“Recebo relatos e pedido de socorro de mulheres que passam por violência, seja doméstica ou parecida com a que vivi em estabelecimento comercial, na rua, de pessoas que as vítimas nunca viram antes, não conhecem. Minha sensação é que meu rosto, meu nome e minha história viraram um símbolo da luta contra a violência. No primeiro momento, eu tento acolher essas mulheres, acalmando, dando apoio, oriento o caminho que elas devem percorrer para pedir ajuda aos órgãos competentes”, disse.

Por sua vez, ela diz que o primeiro atendimento feito muitas vezes na delegacia com relação a estes casos, não é o suporte correto.

“Percebo é que esse primeiro atendimento feito por exemplo na delegacia, é horrível. Elas não recebem o suporte certo. É um horror. Precisamos de um trabalho mais humanizado e leis mais severas aos agressores. Senti na pele e ainda sinto a discriminação que muitos sente no nosso país”, finalizou.

O Caso

Para quem não se lembra este foi um dos primeiros casos que chocaram o Brasil em 2020. Na época, Milka foi ao restaurante Iulia, no Jockey Club de São Paulo, comemorar seu aniversário, quando aconteceu uma briga com Fernanda Bonito que a agrediu com um copo, chegando a desfigurar o rosto da corretora de imóveis.

Na época, Milka precisou levar 90 pontos no rosto, além de ter feito 5 cirurgias para reconstrução de seu rosto.

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