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Nívea Maria desabafa sobre depressão: ‘Estava me apagando’

Divulgação/Globo/Victor Pollak

Atualmente mostrando todo o seu talento, como a personagem Henriqueta, de Tempo de Amar, atual novela das 18h da Globo, Nívea Maria decidiu aproveitar uma recente entrevista à Contigo! para falar, entre outras coisas, sobre alguns dos períodos mais difíceis de sua vida, como quando chegou a passar cinco dias desacordada, na UTI, por conta de um grave problema de saúde.

"Tive um edema de glote e fiquei fora do ar, em outra dimensão. Não senti nada, não sofri, mas quase morri. (…) Estava fazendo a novela Além do Tempo. Quando penso neste momento, acredito cada vez mais que não vale sofrer por bobagem. Quero mais é tranquilidade e ser feliz", afirmou ela, para a revista, antes de também fazer um tipo de desabafo sobre o período em que lutou contra a depressão.

"Sofri de depressão exatamente no momento em que fui separada do Herval (Rossano, ator e diretor, que morreu em 2007), como eu digo. Não optei por isso. Passei por esta crise pessoal e não percebi. Meus filhos que me alertaram e me levaram ao médico, onde vou até hoje. A doença tira a vontade de comer, dormir, olhar e conversar. A gente acha normal passar três dias em casa trancada, sem tomar banho e acredita que é suficiente aquela cama ou aquele sofá, para você ficar parada, olhando para a parede. Estava me apagando", declarou Nívea, antes de continuar falando sobre tal assunto.

"E não foi apenas crise pessoal. Tive inseguranças, medo de me tornar inútil dentro da dramaturgia. As coisas não são muito a favor de atores da minha idade. Os temas, as histórias giram em torno de relações mais jovens, problemas da atualidade. Normalmente, a pessoa que tem mais de 50 anos não é protagonista destas histórias. Mas, quando fui designada a fazer a Maria, de A Casa das Sete Mulheres (minissérie exibida em 2003, pela Globo), tive a oportunidade de resgatar o prazer da minha profissão. Consegui os aplausos que precisava", disse a renomada artista.

Ainda na ocasião, Nívea também contou que, depois do término do casamento com Herval, viveu um período que chamou de "libertinagem tardia".

"Casei e comecei a trabalhar cedo e, por isso, sempre fui muito disciplinada. Decidi ser adolescente rebelde já com uma certa idade. Tinha alguma estabilidade financeira e me permiti fazer coisas que não fiz, quando tinha a idade adequada para cometer determinadas loucuras. (…) Tomei porres, namorei, viajei sozinha… Coisas que todo mundo faz. Conheci gente fora do Brasil, porque, aqui, tinha a consciência de ser pessoa pública. Poderia ser mal vista pela libertinagem tardia que decidi viver. Foi um momento meu, precisei me permitir e, depois, passou. Ainda bem que tinha amigos ao meu lado sempre, praticamente anjos da guarda, que me alertaram e protegeram, para que não acontecesse o pior", afirmou Nívea, antes de também falar sobre sexo, durante o papo com a publicação.

"Minha libido continua aqui, com certeza! O sexo é animal. O tesão é algo que todo mundo precisa, para desafogar o seu fogo interno. E se tiver amor, maravilhoso, mas, às vezes, não tem. Sexo é vontade. O amor pode até vir junto. Você faz sexo sozinha, pessoas usam objetos! Isso é uma depravação? Claro que não! São apenas os hormônios e a libido à flor da pele", disse a atriz, que, aliás, costuma cozinhar, como uma forma de terapia.

"Assim como a Henriqueta (sua atual personagem nas telinhas), adoro cozinhar. Sempre gostei, mas hoje, mais do que nunca, vejo a tarefa como uma terapia. Depois que a gente chega a uma certa idade, algumas atividades normais ou ditas de mulheres do lar, como fazer uma faxina ou uma comidinha gostosa, se tornam prazerosas", declarou Nívea Maria.

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