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No ar em Balacobaco, Júlia Fajardo segue a profissão dos pais

Divulgação

Ter crescido acompanhando os passos profissionais dos pais – os atores José Mayer e Vera Fajardo – foi crucial para que Júlia Fajardo definisse seu próprio caminho. A intérprete da Adriana de Balacobaco, da Record, aproveitou a intensa convivência com as artes cênicas para decidir, aos 14 anos, seguir a mesma carreira de seus progenitores.

"Eles me apoiam muito. Claro que fui um pouco influenciada pelo que assisti deles na vida, mas a escolha foi minha. Eles só me alertaram das mil dificuldades da área", garante ela, que já atuou com o pai em Um Violinista no Telhado, musical em que José Mayer vivia o protagonista.

"Foi emocionante. E na peça eu fazia a filha dele. Fiquei nervosa, mas ensaiei muito antes de contracenar com ele. Claro que, muitas vezes, quando estávamos no palco, rolava uma emoção a mais", lembra. 

Na trama de Gisele Joras, sua personagem faz parte do núcleo da agência de turismo ecológico, onde acontecem os embates entre o mocinho e o vilão da história, interpretados, respectivamente, por Victor Pecoraro e Bruno Ferrari.

"Como é um trabalho longo e de muita dedicação, estou conseguindo aprender bastante sobre técnica na televisão. Além disso, observo muito os meninos, que já têm mais experiência no veículo", destaca.

Embora hoje consiga trabalhar sua personagem com mais tranquilidade, o começo foi de correria por conta da falta capítulos já gravados da produção. A novela de Edson Spinello teve de entrar às pressas no ar depois de Máscaras – folhetim anterior do horário – ter sido encurtada pela baixa audiência.

"Foi uma loucura. Gravávamos bastante. Hoje, a situação está controlada, temos uma frente boa", esclarece.   

Apesar dos 28 anos, Balocobaco é a primeira novela de Júlia. Antes a atriz, que é formada na CAL – a Casa das Artes de Laranjeiras –, dedicou-se basicamente ao teatro e fez pequenas participações na tevê.

"Tive um papel menor em 'Páginas da Vida', do Manoel Carlos, e fiz 'Rei Davi', da Vivian Oliveira, já na Record", enumera.

Mesmo tendo entrado no final da trama de Rei Davi, exibida em janeiro deste ano, sua personagem chamou atenção pela história densa, já que era estuprada pelo próprio irmão.

"Mesmo que tenha sido meu primeiro contato maior com a televisão, não pude me concentrar nas câmaras e posições. Foquei mais na emoção", ressalta.

Júlia começou na Record em 2010, quando integrou a primeira turma da Oficina de Atores da emissora, comandada pelo diretor Roberto Bomtempo.

"Acho o cara perfeito para iniciar os atores. Ele é muito de teatro, mas faz televisão há muito tempo. Também batalha pelo cinema e produz. A importância dele vai além de nos ajudar na tevê, mas auxilia na formação do ator em geral", elogia ela, que tinha aulas com o diretor todos os dias.

A oficina durou três meses e, em seguida, Júlia assinou contrato com a Record por três anos.

"Eles escolheram alguns atores que participaram para fechar contrato", explica.

Apesar de já fazer parte do elenco da emissora, a atriz só teve a oportunidade de estrear em Rei Davi, série que começou a ser gravada em 2011.

"Foi quase um ano entre ser contratada e começar a trabalhar", lembra.  

Além de seguir em "Balacobaco, Júlia já tem novos planos profissionais. A atriz vai estrear na peça O Tempo e Os Conways, onde será dirigida pela mãe.

"Já estamos ensaiando. É a primeira vez que vou trabalhar com ela", conta.

A produção estará em cartaz na Casa da Gávea, centro cultural na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde sua mãe é uma das sócias.

"Só faltava trabalhar com ela. Estou em um ano muito bom", conclui.

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