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Opinião: Otávio Mesquita chorou com a estreia do remake de Gabriela

Ag.News e Reprodução/TV Globo

 

Especialmente para O Fuxico, Otávio Mesquita fez mais uma análise sobre a estreia de uma atração televisiva. Desta vez, o apresentador da Band teceu seus comentários sobre a nova versão da novela Gabriela, que foi ao ar com sucesso na noite de segunda-feira (18), na TV Globo. Para ele, que assistiu à primeira versão, em 1975, o remake tendo Juliana Paes como protagonista surpreendeu e não deixou nada a desejar à trama original, estrelada brilhantemente por Sônia Braga.

Confira!

“Quando vim para esse mundo….. eu não atinava em nada.. hoje eu sou Gabrielaaaaa…

Quando ouvi essa música, ainda nas chamadas da Globo, me emocionei, pois todos lembramos da nossa juventude, nas cenas da gloriosa Sônia Braga subindo no telhado, das cenas do Dr . Mundinho, Paulo Gracindo (meu primeiro autógrafo pedido, no antigo Hotel Nacional  )  e aquele elenco maravilhoso  da década de 70,  tevê  a cores, e eu já vendo tevê com outros olhos… e outras emoções.

 Penso aqui, que algumas obras nunca deveriam ter remakes… Tinha medo que eles pudessem errar na mão e estava pronto para detonar algum deslize, afinal, a Gabriela não é da Globo.  Ela é nossa, e já foi do Jorge Amado.

Errei feio!  Em se tratando do que assistimos ontem, mordi a língua! Esse remake passou dos limites… Glorioso!

 Jorge Amado, se vivo estivesse, iria chorar com mais essa Gabriela, que manteve o mesmo nível  e brilho da nossa Sônia Braga no olhar, na boca, na sensualidade. Engraçado que as cenas de nudez, da Zarolha ( Leona  Cavalli ) ficaram boas, mas o toque  da mão da Gabriela no seu companheiro de viagem,  convidando-o para o sexo, foi mais estimulante e infinitamente mais excitante.

 Nosso Nacib , com o grande e saudoso Armando Bogus se transformou no novo Nacib do Humberto Martins – maravilhoso, por sinal, na pele do turco. Além de jogar muito golfe, esse ´Nacib  Martins ´ manda muito bem nos quitutes.

 Agora, vamos combinar, que pelo menos metade do sucesso do que vimos vem da direção e toda equipe. A fotografia é deslumbrante, os contraluzes, as cores vivas, efeitos especiais, nossas telas ficaram  ardentes! No escurinho do  frio gelado do ar condicionado do meu quarto, fiquei com calor de ver as cenas do sertão.

 E não poderia deixar de falar na nossa  ‘Maria Ivetão  Machadão´! Porrêta, com sotaque deliciosamente natural, VEVETA mostrou que é completa : Fez Barba Cabelo, bigode e sovaco! Canta, dança, atua, casa com homem  bonitão  e faz filho como ninguém…

 Na cena do final do capítulo, quando Nacib e Gabriela se cruzam,  as trocas de olhares, mais a trilha me emocionaram muito e, acreditem, chorei.  Exagero ?  Pode ser, mas lembrei de Gabriela como conjunto da obra e recordei minha primeira admiração por novelas, ainda adolescente.

 A audiência Bombou, na casa dos 30 pontos e foi muito festejada pelos atores que assistiram reunidos para a estreia no Rio. Teve quitute pra dedéu!

 Fica aqui meus cumprimentos ao Walcyr Carrasco [autor], que deve ter tido uma reunião secreta com Jorge Amado, via Skype celestial." 

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