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Saiba mais sobre a Cenografia e produção de arte de Espelho da Vida

Divulgação/Espelho da Vida/João Miguel Júnior/TV Globo

Claudiney Barino e Cristiane Lobato, cenógrafos responsáveis, tinham como missão criar um dos principais e mais emblemáticos cenários da novela: o casarão de Julia Castelo. Uma construção com duas fachadas espelhadas e opostas com ligação interna. Assim como acontece com Cris na trama, é possível entrar no casarão em 2018 e sair no início da década de 1930.

“O casarão é uma metáfora da novela”, destaca Barino.

De um lado a edificação em ruínas, uma casa castigada pelo abandono e pelo tempo, assim como sua vizinhança.

“Entendemos no texto da Elizabeth Jhin que todo o entorno da casa de Julia Castelo tinha sido abandonado e assim seguimos com o projeto”, conta Cristiane.

Mas do outro lado é tudo diferente, a casa em estilo neoclássico está nova, impecável, e com vida no entorno. Os cenógrafos foram a Minas Gerais para pesquisas, afinal, os cenários internos devem representar casas de uma cidade histórica, assim como Mariana, Tiradentes e Ouro Preto.

“Usamos bastante referência do que vimos em Minas para as casas de Rosa Branca, principalmente a de Margot que é bem tradicional”, explica Cristiane.

Já o ambiente de Isabel mostra um lado diferente do que a personagem apresenta fora de casa.

“Ela não valoriza a cidade, detesta o lugar, então não temos objetos que representem a região. Mas ao mesmo tempo ela tem um olhar apurado e de bom gosto”, conta Cristiane.

Como a novela mostra a realização de um longa-metragem, a ideia é que o público perceba detalhes das filmagens.

“Como teremos os bastidores de um filme dentro da novela, então é importante que o espectador perceba quando se trata da época e quando estamos falando das gravações do filme”, conta Rita Vinagre, responsável pela produção de arte.

Ela e sua equipe criaram um poste cenográfico com rodinhas e uma vela que parece um clássico acessório de época, mas a luz é de Led, entre outros objetos.

“A ideia é mostrar uma cena com os personagens de época, mas de repente aparece uma pessoa levando o poste de rodinhas. Em outra, a atriz vira a vela que carrega e percebemos que o que a faz acessa é Led e não fogo”, conta Rita.

A produção de arte também se preocupou em mostrar objetos de decoração reais, aqueles que o público deve reconhecer em sua própria casa. Foram encomendadas, por exemplo, mil rosas brancas artificiais que serão inseridas na Praça Gomes Freire, em Mariana, para a gravação de cenas de época na locação.

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