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Thierry Figueira prepara volta à TV em Balacobaco

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Levar o personagem para a cama é uma expressão que se aplica perfeitamente a Thierry Figueira. Sempre que está interpretando algum papel, o ator se envolve completamente e não consegue se desligar. Nem na hora de dormir. Quando conciliou trabalhos na televisão e no teatro, inclusive, não sabia em que personagem pensar.

"Na época de Bela, A Feia, fiz a peça A Marca do Zorro, ao mesmo tempo, e foi de matar do coração. Na hora de dormir, pensava: 'Amanhã vou acordar e vou fazer o quê?'", recorda, aos risos. 

Por isso que, nesse momento, toda a sua energia está voltada exclusivamente para seu próximo personagem na tevê, o Patrick de Balacobaco, novela de Gisele Joras que substitui Máscaras, a partir de outubro.

"Estou abdicando da minha vida porque agora existo em função do Patrick. Entro de cabeça para dar vida a esse personagem, entender da onde veio, o que é, o que pretende", ressalta.

 Na trama, Patrick é um aspirante a ator que, enquanto sonha com a fama, sobrevive como pode. Logo no primeiro capítulo, se veste de frango para fazer propaganda da lanchonete da novela. Seu grande amigo é Breno, interpretado por Leo Rosa. Os dois são gays e moram juntos, mas a princípio a relação é apenas de amizade.

"Ele é minha bicha confidente, sabe assim?", entrega, bem-humorado. O personagem faz parte do núcleo cômico do folhetim e por isso Thierry também vai contracenar bastante com Bárbara Borges, André Matos, Simone Spoladore e Rodrigo Phavanello, entre outros.

"Fico feliz de poder, depois de um trabalho pesado que foi o Ziba em 'Rei Davi', voltar a fazer comédia", comemora.

Como ainda está muito no início, Thierry não sabe ao certo que perfil Patrick vai ter: se será um gay espalhafatoso ou mais contido, por exemplo.

"É um trabalho de composição mais delicado. Estamos vendo com a direção que caminho seguir", explica ele, que já fez leituras com os atores do núcleo do qual faz parte.

Agora está mais concentrado nas leituras com Leo Rosa para encontrar o tom da dupla em cena. Além disso, conta com o auxílio da preparadora de elenco Rose Gonçalves. Com ela, faz um trabalho voltado para articulação e de como se portar em cena.

"Tenho muita energia, gesticulo muito. Tento fazer uma coisa mais contida porque, se tiver de colocar algo, é mais fácil do que fazendo exagerado", conta.

O texto de Gisele Joras é outro aliado de Thierry nesse processo de composição. O ator, que já integrou o elenco de outra novela da autora Bela, A Feia , encontra facilidade de compreender o papel através das cenas que recebe.

"O texto leva para um caminho natural, já diz mais ou menos a personalidade do personagem", garante.

"Acho que vai ser um início um pouco mais devagar, mas depois vai engrenar e vamos ter um Patrick bem elaborado", completa ele, que teve de mudar o visual. Além de cortar os cabelos, Thierry tirou a barba e fez a sobrancelha.

"A caracterização é importantíssima. Já tive oportunidade de fazer um gay em Malhação, mas foi uma participação. Agora, é um trabalho de um ano", diferencia.

Acostumado a fazer personagens com perfil de galã, Thierry encontrou na Record um espaço para mostrar sua versatilidade cênica, coisa que explora bastante no teatro. Em Bela, A Feia, interpretou um vilão. Em Rei Davi, se transformou fisicamente em cena, aparecia caolho e cabeludo – para viver o traiçoeiro Ziba. E agora está prestes a entrar no ar como um gay engraçado.

"O Patrick não é um personagem da trama principal, mas me faz ter uma composição mais elaborada como ator", analisa ele, que não hesita ao eleger o papel mais marcante da carreira.

"O Pedro de Cara e Coroa foi o que me abriu todas as portas", afirma.

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