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Tony Ramos e Glória Pires festejam sucesso de Se Eu Fosse Você

Felipe Panfili

Mais do que festejar a invejável marca de 3,5 milhões de espectadores que o filme Se Eu Fosse Você, lançado em janeiro, alcançou na segunda semana de março, Tony Ramos e Glória Pires estavam felizes por participar desse momento de reencontro do cinema nacional com o público.

A mesma sensação era compartilhada pelo diretor do longa, Daniel Filho, e parte do elenco que também participou da festa realizada na noite de sexta-feira, dia 17, no tradicional Cine Odeon BR, na Cinelândia, centro do Rio.

Tony Ramos, que interpreta o personagem Cláudio, dá o seu depoimento: “Tanto na tevê, como no teatro e no cinema, minha expectativa é a de que o meu trabalho seja bastante assistido. Mas, nunca trabalho com números. Ainda mais com uma marca estrondosa como essa, de 3,5 milhões de pessoas que estão indo ao cinema nos ver".

"São vários fatores que contribuem para isso: é uma comédia despretensiosa, muito enxuta e bem feita. Contamos também com o boca-a-boca e a exibição, como acontece em São Paulo, onde o filme pode ser visto em dezenas de salas".

"Estamos sendo solicitados por 42 cidades, que ainda não receberam a cópia do filme. Temos que saudar o reencontro do público com o nosso cinema, e não nos esquecer de pessoas como Mazaropi, Renato Aragão e outros períodos e tipos de filmes que tiravam as pessoas de casa, como está acontecendo atualmente. Vem aí o Gatão de Meia Idade, o Zuzu Angel, enfim, uma série de produções que só nos ajudam a caminhar para termos no Brasil realmente uma indústria de cinema”.

Glória Pires fica feliz de poder saber que retornou à telona com o pé direito. Há cinco anos, também dirigida por Daniel Filho, Glorinha atuou em A Partilha, um grande sucesso de público, e agora brilha em Se Eu Fosse Você, como Helena, uma musicista que troca de identidade com o próprio marido, o publicitário Cláudio.

“É um número impressionante de espectadores, para tão pouco tempo de exibição. A gente sempre deseja o sucesso para tudo o que fazemos e, no caso do cinema, tem um gostinho especial, porque é um resgate do encontro do nosso público com o seu cinema que, por um motivo ou outro, andou bastante afastado”.

Para Glória Pires, o resultado que vem sendo obtido pelo longa tem uma explicação simples:

“Se Eu Fosse Você foi feito com muito amor, com muita vontade, com todo muito envolvido dando o máximo de si. Contou com um time de atores respeitáveis nas participações especiais, tem uma história que agrada a todo mundo e uma direção e produção fantásticas. Toda a energia que rolou nas filmagens, ficou impressa na fita”, conclui a atriz.

Daniel Filho também é só alegria. O diretor justifica: “Nunca faço cinema para concorrer ao Oscar ou a qualquer prêmio. Faço cinema para agradar ao gosto popular”, resume Daniel, enquanto é abraço pela atriz Betty Faria – que não participa do longa – e outros atores do elenco, como Lara Rodrigues, Thomas Markos, Leandro Hassun e Maria Gladys.

Se Eu Fosse Você

De acordo com o site www.seeufossevoce.com.br, a sinopse do filme é a seguinte: Cláudio, de 50 anos, publicitário bem sucedido, dono da própria agência, e Helena, 40, professora de música, coordenadora de um coral infantil, são casados há muitos anos e já caíram na rotina. É indiscutível que se amam, mas que casal não tem uma briguinha de vez em quando?

Porém, um dia, uma dessas briguinhas vira uma brigona. Eles percebem, em pânico, que foram atingidos por um fenômeno inexplicável: trocam, literalmente, de corpos. A consciência de Cláudio havia migrado para o corpo de Helena, e vice-versa. Portanto, Cláudio passa a ter um corpo de mulher: o de Helena; e Helena, um corpo de homem: o de Cláudio.

Apavorados, decidem manter uma aparência de normalidade até conseguirem reverter aquela incrível e insustentável situação. Para isso, cada um é obrigado a assumir, em todos os sentidos e conseqüências, a vida do outro.

Coincidentemente, ambos estão passando por um momento especial em suas vidas. Cláudio está coordenando uma campanha publicitária, fundamental para estabelecer seu futuro profissional, e Helena tem uma apresentação importante com seu coral, em apenas alguns dias.

Somam-se a isso outras dificuldades, como as intervenções da mãe de Helena, bisbilhotando a vida do casal; as pressões do sócio majoritário da agência, ameaçando vendê-la e, com isso, deixando Cláudio em maus lençóis; as solicitações da filha adolescente e da vida doméstica; a difícil adaptação a um corpo de outro sexo; as situações sociais totalmente novas para cada um; a tensão de serem descobertos etc…

Mas, logo eles percebem que a única maneira de sobreviver a tantos desafios é se unirem e tentar sair dessa situação. É o que decidem fazer. E, à medida que vão suplantando os obstáculos, vão aprendendo mais sobre o outro e sobre si próprios.
 

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