Carnaval às 07:25

Carnaval 2020: Mussum é homenageado na bateria da Tom Maior

Léo Franco/AgNews

Embalada pelos versos de Martinho da Vila (“Vai ter de amar a liberdade, só vai cantar em tom maior, vai ter a felicidade de ver um Brasil melhor”), a Tom Maior nasceu em 14 de fevereiro de 1973. Em plena ditadura militar, era um grito de liberdade de sambistas, que apostavam na renovação do Carnaval, e de estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que sonhavam com novos rumos políticos para o país.

Em 1976, a agremiação cantou “A Feira” e garantiu o vice-campeonato do Grupo de Acesso conquistando, assim, a sua primeira oportunidade no Grupo Especial do Carnaval de São Paulo. O melhor resultado até hoje foi o quinto lugar alcançado em 2008.

 

Conheça a agremiação

 

Tom Maior – 2ª escola a desfilar – 00h20

Colocação em 2019: 12º lugar

Fundação: 14/02/1973

Cores oficiais: vermelho, amarelo e branco

Presidente: Luciana Silva

Carnavalesco: André Marins

Mestre de Bateria: Carlão

Mestre-sala e porta-bandeira: Jairo Silva e Simone Gomes

Diretor de Carnaval: Judson Sales

Diretor de Harmonia: Yves Alexeiv

Rainha de Bateria: Pâmella Gomes

Intérprete: Bruno Ribas

Comissão de Frente: Alex D'arc

Enredo:  É Coisa de Preto

Sinopse: A Tom Maior vai dar um tom mais político ao seu carnaval. A escola da Zona Norte de São Paulo destacará em 21 alas  a importância e a contribuição do negro no desenvolvimento e construção do Brasil. A ideia é passar uma mensagem para os jovens sobre a miscigenação do sangue brasileiro.

Curiosidades: O humorista Mussum será homenageado na bateria e cada ala do desfile retratará uma personalidade negra que tenha conquistado um papel de destaque na história do Brasil. Serão 2.500 componentes.

Famosos: Alex Morenno e Chico Cesar

Compositores: Gui Cruz, Rafael Falanga, Vitor Gabriel, Portuga, Imperial, Elias Aracati, Luciano Rosa, Reinaldo Marques, Marçal e Willian Tadeu

Saiba tudo sobre o Carnaval 2020

Samba-Enredo

 

Brasil, não vim pra ser escravo nem servil
Sou filho dessa pátria mãe gentil
Que traz a esperança no olhar
Oh, meu país… que tanto sustentei em meus braços
Espelha tua grandeza num abraço
Revela o meu dom de encantar
Não é esmola teu reconhecimento
O meu talento é mais que samba e Carnaval
Na luz da ribalta,
Retinta beleza se fez imortal

 

A negra inspiração… é poesia
A arte de criar… é quem me guia
Floresce de um baobá
Um pensamento de amor
Herança que a mordaça não calou

 

Se a vida deixou cicatrizes
Ideais são raízes do meu jeito de viver
Faço da minha negritude
Um legado de atitude, inspiração pra vencer
Lutar… é preciso lutar por igualdade
Liberdade… fazer da resistência uma nova verdade
Soprando a poeira da história
A nobreza em meus olhos brilhou
É o dia da nossa vitória
Conquistada sem favor

 

Um guerreiro da cor
Herdeiro de Palmares
Sou Tom Maior, a voz da liberdade
A minha força pra calar o preconceito
É coisa de pele, é coisa de preto

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