Carnaval: Band faz sucesso com cobertura, revela ‘receita’ e promete mais em 2025

Por - 16/02/24

Ivete Sangalo, Betinho; Léo Santana; Thaís Dias e JP VergueiroIvete Sangalo, Betinho; Léo Santana; Thaís Dias e JP Vergueiro - Divulgação/Band e Wagner Rodrigues

Quem não viajou, não foi curtir um bloquinho de rua ou até mesmo assistiu as escolas de samba ao vivo no Sambódromo, teve bastante opção para ficar no aconchego de seu sofá e ficar sabendo de tudo que estava rolando no Carnaval por aí. A Band, por exemplo, fez uma ampla cobertura do Carnaval de Salvador, mostrando diversos trios elétricos, shows, interação com o público, assim como também exibiu todos os detalhes da Série Ouro do Carnaval Carioca em 2024.

Tudo isso, claro, gerou bastante repercussão positiva, que pode ser vista na internet, nas redes sociais e até na audiência. O OFuxico conversou com Fernanda Ortiz, diretora do Band Folia, que coordenou tudo o que foi exibido em Salvador, e ela revelou que tudo a agradou demais.

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Fernanda Ortiz, nos bastidores do Band Folia em Salvador
Fernanda Ortiz, nos bastidores do Band Folia em Salvador – Divulgação/Band

“Minha expectativa e de todos aqui foi que superou o que planejávamos, felizmente. Sempre pensamos em como melhorar a transmissão e produzimos encontros e reportagens para tentar fazer melhor. Às vezes dá muito certo, como foi esse ano”.

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Ortiz acredita que o resgate do bordão “Eu tô na Band” foi um dos fatores que ajudou ainda mais a cobertura ser um sucesso, assim como a implantação da passarela com telões de LED.

Ivete Sangalo com seu troféu Band Folia
Ivete Sangalo com seu troféu Band Folia – Divulgação/Band

“Acho que a principal mudança foi a volta do ‘Eu Tô na Band’. Ele aproxima as pessoas da nossa transmissão. Nossa diretora de marketing, Viviane Groisman, e o apresentador Betinho foram muito felizes em resgatar o bordão e a música. Outra coisa é a nossa passarela com os telões de led. Eu amo essa parte e luto para mantê-la. Ali, o folião se vê, acompanha o que acontece em cima do trio e também o que está rolando nas outras cidades”.

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Sem medo da concorrência

Com o sucesso da cobertura, a diretora revela que isso não afeta a ela e à cúpula da Band, já que o Band Folia sempre estará “à frente” por já ter feito isso por tanto tempo e quem tem a ganhar com a concorrência é o público.

“A Band foi pioneira na cobertura, alavancou a carreira de muitos artistas e sempre esteve muito perto do folião. Vi que outras emissoras estavam anunciando uma cobertura grande. É legal saber que outros canais estão olhando para essa festa incrível porque quem ganha é o povo, mas o Band Folia sempre vai estar à frente. E a cobertura é nacional! São muitas horas mostrando a folia para todo o Brasil”.

Fernanda Ortiz e Ágatha Furuko, cenógrafa responsável pelo projeto do Band Folia
Fernanda Ortiz e Ágatha Furuko, cenógrafa responsável pelo projeto do Band Folia – Arquivo Pessoal

Com 11 câmeras apenas no estúdio “glass”, em Ondina, três telões de LED, centenas de funcionários, equipamentos especiais para captação de áudio e vídeo, Ortiz confessa que já está pensando no que fazer para melhorar ainda mais no ano que vem.

Muito importante dizer que essa equipe é fundamental para a cobertura, são câmeras, técnicos, operadores. O que todos veem no ar é só uma parte. Já estamos pensando no que mudar e no que manter. Tivemos um segundo ponto de transmissão algumas vezes, tenho vontade de ter novamente. Vamos investir bastante no pré-Carnaval também. Mas o resto é segredo”, finalizou.

Léo Santana com seu troféu do Band Folia
Léo Santana com seu troféu do Band Folia – Divulgação/Band

Band também transmitiu a Série Ouro, do Rio

Além da tradicional cobertura de toda a folia em Salvador, a Band também voltou a transmitir a Série Ouro das escolas de samba do Rio de Janeiro, em seu segundo ano consecutivo, e buscou uma cobertura nível “Grupo Especial”.

O OFuxico conversou com a diretora Paola Novaes, que comandou a transmissão da Série Ouro pela Band, que revelou os segredos de toda a cobertura do evento.

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Paola Novaes e Marcio Mele, diretores da transmissão da Série Ouro no Rio de Janeiro
Paola Novaes e Marcio Mele, diretores da transmissão da Série Ouro no Rio de Janeiro. Crédito: Arquivo pessoal

“O segredo é muito planejamento e estudo. Nos preparamos com workshops e visitas dos apresentadores e comentaristas em todos os barracões. Queríamos estar pautados para dar o protagonismo aos sambistas, aos artistas da Sapucaí e destacar as 16 escolas que cruzaram a avenida. Nosso DNA de cobertura tem o jornalismo como mote e por isso contamos com 6 equipes de reportagem espalhadas em pontos estratégicos pela avenida, além do time do estúdio e apresentadores, que são âncoras da Band, Thaís Dias e JP vergueiro”, contou.

Na transmissão, Paola contou que teve preocupação em mostrar todos os segmentos que valem nota, comissão de frente, assim como mestre-sala e porta-bandeira e bateria. Para isso, contou com, além dos dois âncoras, teve mais três comentaristas (Aydano André Motta, Bruno Chateaubriand, Rafaela Bastos). A transmissão ainda teve participações especiais de Amin Khader e Wic Tavares e 28 câmeras espalhadas pela Sapucaí.

Thaís Dias e JP Vergueiro, apresentadores da Série Ouro.
Thaís Dias e JP Vergueiro, apresentadores da Série Ouro. Foto: Wagner Rodrigues

“A equipe contou com mais de duzentos profissionais envolvidos na transmissão. Tivemos, durante a transmissão, a preocupação de mostrar na íntegra as apresentações de segmentos da escola que valem nota: comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira e bateria. Ao todo, foram 28 câmeras, uma delas sobre o módulo de julgamento, onde ficam os jurados e mostramos as apresentações completas. Esse era um pedido do mundo do samba, assim como dos telespectadores e premissa nossa. Também mostramos os esquentas, que já viraram marca registrada da Band. É quando os intérpretes, carro de som, bateria se preparam para entrar na Avenida, relembram sambas marcantes das agremiações e entoam gritos de guerra para “animar” o setor 1 e dar o clima à escola antes do desfile”.

Carnaval é Carnaval

Paola Novaes ainda afirma que, para a Band, não existe distinção para transmitir. Grupo Especial, Séries Ouro, Prata ou Bronze têm o mesmo intuito que é exibir a beleza do Carnaval, que envolve paixão e trabalho de muita gente.

“Estamos falando de Carnaval e sempre que for esse o tema, o lado positivo vai vencer. Envolve paixão e trabalho de um ano de pessoas apaixonadas pelo que fazem. Não tem como dar errado. O roteiro para quem está nas arquibancadas e nos camarotes pode ser uma mistura de ação e comédia, mas para as escolas é de suspense e drama. Quem vence vai para o Grupo Especial e quem desce perde o direito de desfilar na Marquês de Sapucaí. Um roteiro digno de Oscar no maior espetáculo da terra”, afirmou.

O contrato com a Band para a transmissão da Série Ouro segue vigente até 2025 e Paola Novaes contou que já pensa em novidades para o ano que vem.

“A luz do Carnaval de 2024 apaga e a de 2025 acende. São meses de planejamento, sempre respeitando a tradição do samba. Esse ano tivemos mais câmeras, participações especiais na reportagem e dobramos o número de entradas ao vivo dos apresentadores na Avenida, em diferentes pontos. Para o ano que vem, vamos fazer um suspense, mas posso adiantar que teremos mais chão. O componente que desfilar vai evoluir na Avenida e na tela da Band”, finalizou.

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Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais