Carnaval às 20:30

Carnaval: Tudo sobre o desfile da Unidos do Viradouro

viradouro
Foto: Divulgação

Cores: vermelho e branco
Presidente: Marcelo Calil Petrus Filho
Presidente de Honra: José Carlos Monassa (in memoriam) e Marcelo Calil Petrus
Carnavalescos: Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon
Diretor de Carnaval: Alex Fab e Dudu Falcão
Intérprete: Zé Paulo Sierra
Mestre de Bateria: Ciça
Rainha de Bateria: Erika Januza
Enredo: “Não há tristeza que pode suportar tanta alegria”
Famosos: Lorena Improta

A Unidos do Viradouro tenta o bicampeonato do Grupo Especial com um enredo que vai destacar o sentimento dos cariocas na folia de 1919, que marcou o fim da pandemia da Gripe Espanhola. O samba tem uma proposta diferente: ser uma carta de um pierrô para uma colombina.

É o primeiro samba da história do samba de enredo em formato de carta e possui cem por 100% das rimas ricas, várias subinovações também dentro dele.

Na história original do pierrô, personagem da commedia dell’arte, ele escrevia cartas para o seu grande amor, que é a colombina. Dentro do enredo da Viradouro, a declaração de amor, o pierrô vai representar todo folião, como uma metáfora. E a colombina vai representar o carnaval.

No desfile, os carnavalescos fazem um paralelo sentimental entre Gripe Espanhola e a Covid-19.

“As incertezas, a importância que o carnaval tem para sociabilizar as pessoas, e essa retomada que a gente tanto quer alcançar nesse carnaval de 2022. Então, esse paralelo sentimental foi algo que nos fez apaixonar por esse enredo e trazer essa mensagem, essa esperança que a gente tanto necessita para este momento que a gente vai viver”, contou Marcus Ferreira.

Tarcísio espera que o desfile da Viradouro se transforme em uma catarse de alegria na Sapucaí

“Toda essa saudade a gente vai ressignificar e amplificar essa catarse de alegria que a gente acha que vai acontecer no próximo carnaval”, destacou o carnavalesco.

Compositores: Felipe Filósofo, Fábio Borges, Ademir Ribeiro, Devid Gonçalves, Lucas Marques e Porkinho

Letra do samba enredo da Viradouro

Amor, escrevi esta carta sincera
Virei noites à sua espera
Por te querer quase enlouqueci
Pintei o rosto de saudade e andei por aí
Segui seu olhar numa luz tão linda
Conduziu meu corpo, ainda
O coração é passageiro do talvez
Alegoria ironizando a lucidez
Senti lirismo, estado de graça
Eu fico assim quando você passa
A Avenida ganha cor, perfuma o desejo
Sozinho te ouço se ao longe te vejo
Te procurei nos compassos e pude
Aos pés da cruz agradecer à saúde

Choram cordas da nostalgia
Pra eternidade, uma samba nascia

Não perdi a fé, preciso te rever
Fui ao terreiro, clamei: Obaluaê!
Se afastou o mal que nos separou
Já posso sonhar nas bênçãos do tambor
Amanheceu! Num instante já
Os raios de sol foram testemunhar
O desembarque do afeto vindouro
Acordes virão da Viradouro
Tirei a máscara no clima envolvente
Encostei os lábios suavemente
E te beijei na alegria sem fim
Carnaval, te amo, na vida és tudo pra mim

Assinado: um Pierrot Apaixonado
Que além do infinito o amor se renove
Rio de janeiro, 5 de março de 1919

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