Carnaval às 08:00

Carnaval: Tudo sobre o desfile do Salgueiro

salgueiro
Foto: Divulgação

Cores: vermelho e branco
Presidente: André Vaz da Silva
Presidente de Honra: Djalma Sabiá
Carnavalesco: Alex de Souza
Diretor de Carnaval: Alexandre Couto
Intérpretes: Emerson Dias e Quinho do Salgueiro
Mestre de Bateria: Guilherme e Gustavo
Rainha de Bateria: Viviane Araújo
Enredo: “Resistência”
Famosos: Dandara Mariana, Rafaella Santos, Babu Santana,
Compositores: Demá Chagas, Pedrinho da Flor, Leonardo Gallo, Zeca do Cavaco, Joana Rocha, Renato Galante e Gladiador

Letra do samba enredo do Salgueiro

“Um dia meu irmão de cor
Chorou por uma falsa liberdade
Kao cabecilê sou de xangô
Punho erguido pela igualdade
Hoje cativeiro é favela
De herdeiros sentinelas
Da bala que marca, feito chibata
Vermelho na pele dos meus heróis
Lutaram por nós, contra a mordaça
Ê mãe preta , mãe baiana
Desce o morro pra fazer escola
Me formei na academia
Bacharel em harmonia
Eis aqui o meu quilombo, história
Ê galanga ê… rei zumbi obá
Preta aqui virou rainha xica
Sou a voz que vem do gueto
Resistência no tambor
Pilão de preto velho eu sou
No rio batuqueiro

Macumba o ano inteiro

Não nego meu valor, axé

Gingado de malandro

Kizomba e capoeira

Caxambu e jongo, fé na rezadeira

Tempero de iaiá, não tenho mais sinhô

E nunca mais sinhá

Sambo pra resistir

Semba meus ancestrais

Samba pelos carnavais

Torrão amado o lugar onde nasci

O povo me chama assim

Salgueiro, salgueiro

O amor que bate no peito da gente

Sabiá me ensinou ser diferente

O DESFILE

O Acadêmicos do Salgueiro vai apresentar na Sapucaí o enredo “Resistência”, retratando lugares importantes do Rio de Janeiro que ficaram marcados como pontos da cultura negra na cidade.

Um dos lugares de pesquisa do enredo é o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa, na Zona Portuária da cidade. A escola vai propor uma discussão para que a sociedade enfrente saídas dignas para os efeitos dos horrores da escravidão no país. Trata-se de uma luta por território, pertencimento e identidade.

A professora e doutora Helena Theodoro, autora do enredo do Salgueiro, destaca que dominar o conhecimento é uma forma de mudar a própria história. Ela aponta pontos da cidade que podem ser destacados como espaços da resistência negra. Um desses, a Praça XI, onde se deu o grande encontro da tradição cultural negra-africana proveniente da Nigéria, com tia Ciata trazendo o samba de roda da Bahia.

O próprio Morro do Salgueiro é um espaço de resistência destacado pelo enredo. A área foi um antigo quilombo