Portela levanta a arquibancada da Sapucaí

Por - 28/02/17

Ag.News

Portela foi um rio que passou e arrebatou o coração do compositor e cantor Paulinho da Viola. Um rio tão caudaloso e impressionante que deu origem ao enredo  que a azul-e-branco de Madureira vai defender neste carnaval. O carnavalesco Paulo Barros promete inundar a Sapucaí não só de mitos, histórias e lendas, mas também de poesia, samba e emoção, numa homenagem aos mananciais de água doce.

O desfile inicia com as nascentes e mostrando como os rios deram início a povoados, aldeias e civilizações. E é dessa água que a Águia vai beber para mostrar o desenvolvimento através dos rios. Personagens, mitos e deuses, que começaram a ser cultuados pelo homem com o desenvolvimento dos povoados e da agricultura, estarão presentes, além de figuras lendárias como Iara, Boiúna, Cobra-Grande e deuses como Oxum e também os seres reais e perigosos, como os crocodilos. Populações ribeirinhas darão início ao comércio de produtos e ao transporte de pessoas, hábitos e culturas, que vão desembocar no rio da Portela.

Fundação: 11/04/1923

Cores: Azul e branco

Presidente: Luiz Carlos Magalhães

Enredo: "Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar"

Carnavalesco: Paulo Barros

Integrantes: 3.415

Alegorias: 06 e 03 tripés

Alas: 31

Mestre de Bateria: Nilo Sérgio

Rainha da Bateria: Bianca Monteiro

Mestre sala & porta-bandeira: Alex Marcelino e Danielle Nascimento

Famosos no desfile: Monarco e Shayene Cesário

Autores do Samba: Samir Trindade, Elson Ramires, Neizinho do Cavaco, Paulo Lopita 77, Beto Rocha, Girão e J. Sales

Interprete oficial: Gilsinho

Letra do Samba:

Vem conhecer esse amor
A levar corações através dos carnavais
Vem beber dessa fonte
Onde nascem poemas em mananciais
Reluz o seu manto azul  e branco
Mais lindo que o céu e o mar
Semente de Paulo, Caetano e Rufino
Segue seu destino e vai desaguar

A canoa vai chegar na aldeia
Alumia meu caminho, Candeia
Onde mora o mistério, tem sedução
Mitos e lendas do ribeirão

Cantam pastoras e lavadeiras pra esquecer a dor
Tristeza foi embora, a correnteza levou
Já não dá mais pra voltar (ô iaiá)
Deixa o pranto curar (ô iaiá)
Vai inspiração, voa em liberdade
Pelas curvas da saudade
Óh mamãe orayeyeo vem me banhar de axé orayeyeo

É água de benzer, água pra clarear
Onde canta um sabiá

Salve a Velha Guarda, os frutos da jaqueira
Oswaldo Cruz e Madureira
Navega a barqueada, aos pés da santa em louvação
Para mostrar que na Portela o samba é religião

O perfume da flor é seu
Um olhar marejou sou eu
Quem nunca sentiu o corpo arrepiar
Ao ver esse rio passar

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