‘Batman Despertar’: Audiossérie traz primeira versão negra do herói

Por - 28/04/22 - Última Atualização: 29 abril 2022

camila e rocco pitanga e tainá müllerfoto: Lucas Ramos / AgNews

O Spotify e a DC se uniram para revolucionar o mundo dos super-heróis e lançaram a primeira audiossérie que conta uma origem nunca antes vista do Batman. Aconteceu nesta quinta-feira, 28 de abril, a coletiva de imprensa de “Batman: Despertar” e OFuxico esteve presente para vocês saberem todos os detalhes dessa nova superprodução.

No elenco para a língua portuguesa, estão escalados: José Rubens Chachá como Alfred, Augusto Madeira como Charada, Camila Pitanga como Kell, Hugo Bonemer como Ceifador, Tainá Müller como Barbara Gordon, Nill Marcondes como Thomas Wayne, Adriana Lessa como Martha Wayne, Marcelo Varzea como Dr. Hunter, Maria Bopp como Vicki Vale e Carol Abras como Renne Montoya.

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Para interpretar o super-herói mais conhecido do mundo, o diretor Daniel Rezende escalou Rocco Pitanga para o papel, se tornando assim o primeiro homem negro a dar a vida ao Batman.

IRMÃOS PITANGA

No bate-papo, estavam presentes 3 astros da série, Camila Pitanga, Tainá Müller e Rocco Pitanga, que detalharam como foi a preparação para o projeto e mostraram muito entusiasmo com o que está por vir.

Essa é a primeira vez que Camila e Pitanga atuam juntos em toda suas vida, e a atriz admitiu que ficou ‘babando’ pelo irmão durante as gravações.

camila e rocco pitanga
foto: Lucas Ramos / AgNews

“Muito orgulhosa de estar vendo ele como protagonista. Grande ator que eu estou acompanhando em toda sua carreira. Ele personificou o Batman de uma maneira”, disse a atriz, que aproveitou para elogiar o talento de seu irmão na hora de fazer a voz do Homem-Morcego:

“Não é humana. Fiquei muito impressionada”.

Camila e Rocco disseram que amaram trabalhar juntos, mas souberam separar o trabalho da relação pessoal, já que toda gravação exigia total concentração.

ATUAÇÃO PELA VOZ

Os 3 atores refletiram bastante sobre como foi enfrentar o desafio de construir um personagem usando apenas um mecanismo: a voz!

“As interpretações são pelo pulso, pela respiração, pelas pausas. É diferente ter que traduzir um sentimento, um olhar, através da voz. Para quem é fã de Batman, será um jogo de cartas. Nós embaralhamos toda a história”, disse Camila. “Foi o trabalho mais visceral que já fiz! É uma atualização de Batman em vários níveis”, completou Tainá.

camila e rocco pitanga e tainá müller
foto: Lucas Ramos / AgNews

PAPEL DE CAMILA

Camila ficou ‘chateada’ que não havia sido liberada para comentar sobre toda a audiossérie, já que não pode dar spoilers, mas deixou claro que seu papel esconde muitos segredos que os ouvintes nem imaginam. “Eu não faço só uma [personagem], faço várias”, revelou enquanto já pedia desculpas para o diretor pelo spoiler que deu.

O MUNDO DA DIREÇÃO

Daniel Rezende, conhecido por dirigir os filmes atuais da Turma da Mônica e Tropa de Eliete, foi quem ficou responsável por comandar “Batman: Despertar” e revelou alguns dos desafios: “Construir o tom sombrio da cidade de Gotham através das vozes de cada um dos personagens foi o grande desafio. O mais interessante de trabalhar em uma áudiossérie é que os recursos sonoros formam imagens dentro da cabeça dos ouvintes. E para isso acontecer, todas as etapas merecem atenção especial”.

“A áudiossérie tinha que soar bastante realista, não podia soar como uma animação ou uma dublagem, que são outras linguagens. Por isso, eu quis desde o início encarar como se eu estivesse dirigindo um filme, mas de olhos fechados. Fizemos questão de gravar a maior parte das cenas com o elenco todo juntos, algo que não é exatamente muito comum no mercado de áudio. Sempre achei que isso daria o realismo que a gente estava procurando”, explicou Rezende. 

PRIMEIRO BATMAN NEGRO

Em 2020, a DC Comics criou o primeiro Batman negro nos quadrinhos, mas foi Rocco Pitanga em “Batman: Despertar” que teve a honra de ser o primeiro homem preto a dar vida ao Homem-Morcego.

“É incrível! Trazer o Batman negro acho que ajuda na ocupação, no empoderamento, na autoestima. Porque o Batman não poderia ser preto? É um personagem comum, com uma dor comum, que luta para defender o coletivo da humanidade”, refletiu Rocco.

“Foi uma honra para mim poder interpretar esses papéis. Tive ajuda das minhas filhas para construir o personagem e minha irmã comigo. Tudo aqui foi novo para mim. É uma linha narrativa incrível, muito diferente”, contou.

“É um grande passo. É uma coisa muito lenta, é voz, a gente ainda não vê a imagem. Cada um pode reconhecer o Batman da forma que for. Mas eu acho que pela potência do Spotify, isso pode inspirar positivamente”, acrescentou.

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