Pacto Brutal: Frentistas presenciaram soco de Guilherme de Pádua em Daniella Perez

Por - 28/07/22

Frentistas presenciam do soco em Daniella Perez antes de morrerReprodução

A HBO Max disponibilizou nesta quinta-feira, 28 de julho, os três últimos episódios de “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez“, sobre o crime ocorrido em 1992, que levou ex-ator Guilherme de Pádua e sua então companheira, Paula Thomaz, à prisão.

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Guilherme de Padua e Daniella Perez
Divulgação/TV Globo

O destaque é o depoimento de frentistas de um posto de gasolina que presenciaram Guilherme de Pádua dando um soco no nariz da atriz, que a deixou inconsciente. Na época, ele contracenava com Daniela como par romântico em “De Corpo e Alma”, novela escrita pela mãe da atriz, a autora Gloria Perez.

A série mostra a dificuldade da escritora de ir atrás das testemunhas e fazer com que elas contassem à policia o que tinham presenciado. Os tais frentistas aparecem na vida de Gloria Perez na noite do enterro de Daniella. Gloria recebe uma ligação anônima. Uma voz falava: ‘Se quiser saber o que aconteceu com a sua filha, já ao posto Alvorada, ao lado da Tycoon’.

Reprodução

Gloria Perez pediu para que um amigo fosse ao local. Na volta, ele disse à autora que “alguma coisa realmente aconteceu”, pois todos que trabalhavam lá não queriam falar a respeito do assunto. Daniella foi morta em 28 de dezembro de 1992. Em janeiro do ano seguinte, a autora foi procurada por um cozinheiro que costuma frequentar o posto de gasolina. Ele disse à autoras que a atriz tinha sido agredida e após desmaiado. Em seguida, teria sido colocada dentro de um carro. Em uma ligação, Daniella teria dito a Guilherme ‘que brincadeira é essa?’ O cozinheiro não quis depor na polícia.

Na série documental, é mostrado que Gloria Perez ia todos os dias ao posto de gasolina para saber mais detalhes do que teria acontecido naquela data. Buscava mais informações. O gerente do estabelecimento se recusava a dar dados sobre os funcionários que presenciaram a agressão. Na procura por respostas, a autora encontrou um homem que era vigia do posto. ‘Eu não sei o nome deles, mas eles moram aqui, nas comunidades da Barra. Um deles é gago'”.

Com essa informação em mãos, a mãe da vítima percorreu todas as comunidades para localizar o rapaz gago que viu o soco em Daniella. Gloria então chegou até a Dagmar de Almeida Bastos, mãe de Flávio, ex-funcionário do posto, que reconheceu o perfil da jovem procurado.

“Fiquei assustada, com medo [ao ver a escritora]. A parte fraca era eu”, diz a mulher na série. A ouvir a mãe de Flávio, Gloria Perez não teve dúvida e conclui: “Eu sabia que ela estava certa”, disse a autora. Por não entender bem o funcionamento da Justiça, Dagmar contou que teve medo de represália.

Ainda assim, Gloria Perez teve muitas dificuldades em saber mais de Dagmar, mas teve uma ideia que funcionou: “Um dia, eu vi que ela tinha uma filha e eu levei as fotos da perícia. Ela bateu a porta na minha cara de novo. E eu, então, botei as fotos debaixo da porta. Ela abriu. Eu implorei para a Dona Dagmar”. Conclusão: as imagens convenceram a mulher que deixou o filho, Flávio, falar.

Reprodução/Instagram@pactobrutalnahbomax

O ex-frentista ficou mexido ao ver um álbum de fotos de Daniella. Ele reconheceu que a vítima era a personagem Yasmin da novela “De Corpo e Alma”. Disse também ter reconhecido Guilherme de Pádua, intérprete de Bira, que deu o soco em Daniella. O rapaz gago contou não ter visto Paula Thomaz, mas entendeu que não era possível que o carro do assassino fosse guiado sem que outra tivesse presente.

Ao final dos depoimentos mostrados na série, ficou evidente que o medo de represália era o que impedia com que os frentistas dissessem alguma coisa e denunciassem Guilherme de Pádua. Havia também um homem que lavava carros. Antônio era o nome dele. Ele teria lavado do carro do ex-ator depois do crime. Também como medo de vingança, se calou. Gloria Perez então chamou a polícia. Ele foi levado para a delegacia para depor. Lá, Antônio disse às autoridades que Guilherme e Paula tinham levado o carro para lavar na noite do crime, dia 28 de dezembro. Ele disse que Paula tentou se esconder, mas que Guilherme estava visivelmente nervoso.

Resumidamente, ele contou que carro tinha algo vermelho que saia junto com a água. Antônio também reconheceu de Pádua. De acordo com o promotor do caso, o depoimento do frentista e do lavador foram fundamentais para quebrar da tese da defesa que dizia que o crime tinha sido um acidente.

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