Isis Valverde estreia no cinema como famosa socialite assassinada

Por - 04/09/23 às 17:17

Isis Valverde como Ângela DinizIsis Valverde como Ângela Diniz - Foto: Divulgação/Bravura Cinematográfica

Depois de ser adiado, o filme “Angela” finalmente chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 7 de setembro. No longa, Isis Valverde viverá Ângela Diniz, socialite brasileira que foi violentamente assassinada aos 32 anos pelo namorado Doca Street em 1976.

Na época, o caso gerou grande repercussão no país dada sua brutalidade. A socialite teve um relacionamento marcado por ciúmes e violência doméstica com o companheiro Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street (Gabriel Braga Nunes). 

Após uma discussão, Ângela foi assassinada pelo namorado com quatro tiros em sua casa na Praia dos Ossos, em Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro. O julgamento do caso foi acompanhado pela imprensa e chocou a população, uma vez que Doca foi condenado a dois anos de prisão, mas foi solto logo em seguida.

Em uma década em que o feminismo começava a ganhar força, o caso da socialite gerou uma onda de protestos com o mote “quem ama não mata”. A mobilização resultou em um novo julgamento que condenou o criminoso a quinze anos de prisão.

O filme

Considerado um marco na história do feminismo brasileiro, o assassinato de Ângela Diniz será contado pela roteirista Duda de Almeida, que também escreveu a série “Sintonia”, e o diretor Hugo Prata, conhecido por produzir “Elis”, cinebiografia da cantora Elis Regina.

A história da “Pantera de Minas” foi contada em 2021 no podcast que foi sucesso de audiência, “Praia dos Ossos”, de Branca Vianna para a rádio Novelo, mas agora ganhará uma nova forma nas telonas. 

O filme ainda conta com um elenco repleto de nomes conhecidos, como Emilio Orciollo Netto, Alice Carvalho, Bianca Bin, Carolina Manica, Gustavo Machado e Chris Couto

A protagonista Isis Valverde se preparou para o papel com base na cobertura jornalística da época e em conversas com pessoas que tiveram contato com a socialite nos anos 1970. A atriz também revelou que tem um vínculo pessoal com o caso de Ângela Diniz:

“Quando Hugo me convidou para viver Ângela, fiquei chocada. Minha mãe me contava que meu avô perseguia minha avó com a história dela. Ele dizia: ‘Matou mesmo, tinha que ter matado’. Sou de Aiuruoca, no interior de Minas Gerais. O interior é um meio muito machista, de um jeito escancarado”, contou em entrevista à revista Marie Claire.

Confira o trailer do filme:

Crimes reais

A produção aposta no gênero “true crime” que está em ascensão nos últimos anos. Seja pelo choque ou pela curiosidade mórbida, os filmes baseados em histórias de crimes reais são cada vez mais buscados pelo público que consome plataformas de streaming.

Outros títulos recentes que exploram casos reais são “Marielle, O Documentário” (Globoplay), “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez” (HBO Max), “Vale dos Isolados: O Assassinato de Bruno e Dom” (Globoplay), “Histórias de Arcanjo – Um documentário sobre Tim Lopes” (Globoplay), “Caso Evandro” (Globoplay), entre outros.

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