Cinema e Série às 17:05

Juan Manuel Tellategui se firma como ator argentino de sucesso no Brasil

Juan Manuel Tellategui
Rafa Marques/Divulgação

O ator argentino Juan Manuel Tellategui é um dos pontos fortes do filme “Águas Selvagens”, coprodução internacional fruto da parceria entre Brasil e Argentina no cinema. O trabalho coloca o artista como o mais destacado ator argentino morando no Brasil, onde vive em São Paulo desde 2011. Desde então, após construir importante carreira em seu país, ele vem se destacando por aqui em trabalhos no teatro, cinema e séries de TV/streaming, já tendo atuado em produções da Warner, Amazon e Canal Brasil/Globoplay. 

Em “Águas Selvagens”, Juan Tellategui dá vida ao personagem Fabián, o misterioso funcionário do hotel luxuoso onde se passa a história e que se apaixona pela sensual Rita, papel defendido por Mayana Neiva. Com traços marcantes e uma linha dramática bem definida na trama, o desempenho do ator argentino tem sido apontado pela crítica especializada como um dos destaques de Águas Selvagens.

“Meu personagem em ‘Águas Selvagens’ é um jovem concierge, repleto de angústias e conflitos, uma figura chave na trama. O construí após muito observar os funcionários do próprio hotel onde filmamos, o La Dolce Vita Hotel, em Tijucas do Sul, no Paraná”, revela. 

“O Fabián me deu um presente que estava sentindo falta após tantos anos no Brasil: voltar a atuar em meu idioma natal, o castelhano. Fazer o filme foi uma forma de estabelecer novas pontes latino-americanas em um trabalho conduzido com muito cuidado pelos produtores Rubens Gennaro e Virginia Moraes, que me convidaram para este trabalho juntamente do diretor de casting Paulo Letier. Formamos uma grande família latina, já que o filme tem profissionais argentinos, uruguaios e brasileiros”, conta.

O roteiro policial de Águas Selvagtens é assinado por Óscar Tabernise com direção de Roly Santos, com produção da Laz Audiovisual (Curitiba, Brasil) e das produtoras argentinas Romana e De La Tierra (Argentina), sob distribuição da Imagem Filmes.

Chaparral Pictures/Laz Audiovisual/Divulgação

25 ANOS DE CARREIRA

Juan Manuel Tellategui celebra 25 anos de carreira em “Águas Selvagens”. Lá se vão um quarto de século desde que começou a atuar, ainda adolescente, no histórico Teatro Coliseo de Zárate, em Buenos Aires. Na capital argentina, participou de peças aclamadas, como Tan Callando, Eventualmente e Frágil, na qual foi definido pelo La Nación, principal jornal argentino, como “ator potente e generoso”. 

Graduado em Teatro e pós-graduado em Artes, Filosofia e Música, o versátil artista já participou de produções em Buenos Aires, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, atuando tanto em português quanto em espanhol.

No cinema argentino, esteve em longas premiados como o ousado Puto, de Pablo Oliveiro, marco do cinema LGBTQIA+ argentino e latino-americano; o sensível Las Pistas, de Sebastián Lingiardi, que tem como pano de fundo a luta dos povos originários; e o frenético Pompeya, longa de ação de Tamae Garateguy eleito melhor filme argentino no Festival Internacional de Cinema de Mar Del Plata em 2010.

Estes são apenas alguns dos trabalhos de Tellategui, que coleciona três séries, 18 filmes e 25 peças de teatro. No Brasil, esteve em filmes como Apto 420, de Dellani Lima, Divã a Dois, de Paulo Fontenelle, e 30 Anos Blues, filme de Andradina Azevedo e Dida Andrade vencedor do Kikito Especial no Festival de Cinema de Gramado.

Com tanta experiência, ele celebra a grande repercussão de seu trabalho em Águas Selvagens. “Fazer parte de coproduções internacionais é sempre algo muito especial. O mercado audiovisual conquista ares cosmopolitas quando ultrapassa fronteiras e incorpora múltiplos sotaques. A integração latino-americana é parte da minha trajetória profissional e de vida”, pontua. “Tomara que o mercado brasileiro assimile cada vez mais histórias e personagens de outros países latino-americanos em suas produções, o que fortalece no diálogo com o público de todo o continente, sobretudo agora nesta era do streaming. E que na Argentina também haja cada vez mais espaço para atores brasileiros. Os dois países hermanos só têm a ganhar com isso”, conclui.

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