Antes de viver Tibério de Pantanal, Guito lutou contra doença: “Fiquei bem mal”

Por - 01/07/22

Antes de viver Tibério de Pantanal, Guito lutou contra doença: "Fique bem mal"Reprodução/Instagram@guitoshow

Guito, ator que dá vida ao personagem Tibério, de “Pantanal”, conversou com exclusividade com OFuxico assim que chegou ao Rio de Janeiro após um período de gravações no Mato Grosso do Sul. Com um agenda abarrotada de compromissos, graças ao sucesso que vem fazendo na atual novela das nove da TV Globo, o ator vem aos poucos experimentando o gosto de ser reconhecido nas ruas pelas pessoas, afinal, esta é sua estreia na televisão.

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Reprodução/Instagram@guitoshow

Neste bate-papo, Guito falou que antes de se tornar famoso, em março de 2020, lutou contra um doença, e que durante o processo teve “reflexões pesadas” sobre a vida, que o levou a querer escrever um livro para deixar para os filhos. Foram seis longos meses até se recuperar e ficar bom. O ator disse ainda que, para um futuro próximo, quer fomentar o turismo de cavalgadas no Pantanal. “Acho que calha muito bem com aquela região. Se você faz um passeio a cavalo de três a quatro dias, você vai conseguir enxergar uma infinidade de bichos, entender esse ecossistema, entrar nas matas, comer comidas maravilhosas típicas, além dessa interação com cavalos e o homem, que é uma terapia que todo mundo deveria passar por isso pelo menos uma vez na vida”, disse.

Confira!

OFuxico: Como ator de ‘primeira viagem’, você teve ajuda de algum profissional para aprender técnicas para decorar textos, posicionamento de câmera, etc. Como foi esse comecinho?
Guito: “Tive ajuda da Andreia Cavalcante, preparadora de elenco da própria Rede Globo. Ela me ajudou muito, além dos outros atores e atrizes que me auxiliam na hora de bater o roteiro antes das gravações. Também com os diretores: aprendi muito com o Walter Carvalho, um diretor que me identifiquei muito; o ‘Papinha’ (Rogério Gomes), que nos deixa muito à vontade. Foi muito bom trabalhar com todos”.

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OFuxico: Quis pegar algo da interpretação de Sérgio Reis para compor o Tibério? Chegou a conversar com ele?
Guito: “Não quis pegar nada do Sérgio Reis. Apesar de ter visto várias vezes a primeira versão, assim que eu soube do papel, não quis mais rever para não acabar me viciando, já que o Sérgio Reis é uma figura bem marcante. Não queria imitá-lo”.

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OFuxico: Acredito que tenha sido bem recebido pelos veteranos como Marcos Palmeira, Dira Paes
Guito: “Sim, Marquinho (Marcos Palmeiras) e Dira (Paes) são um amor! O Marcos é uma figura carismática, um ator diferenciado, assim como a Dira, que possui uma história inigualável no cinema. Os dois dispensam comentários. Eles nos deixam muito à vontade, estreitam muito o nosso laço de amizade. Os dois fazem parte dessa energia maravilhosa que o elenco todo acabou tendo. A gente virou uma grande família”.

OFuxico: Li que você teve outras profissões. Operou na bolsa de valores, foi vendedor de queijos, se formou como agrônomo, mas nunca atuou. Não andava feliz com a vida que levava, por isso tantas mudanças?
Guito: “Eu sou engenheiro agrônomo. Sempre fui feliz em todas as empresas que passei, acabei ficando pouco nessas empresas, exatamente porque eu busco sempre estar realizado. À medida que sempre pressentia perder um pouco a liberdade, eu acabava saindo. Mas continuo sendo amigo de todos os ex-chefes que eu tive, me dou bem com todos eles, nunca tive problema nenhum”.

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OFuxico: Muitas pessoas antes de dormir, costumam deitar a noite e repassar os dias, os meses, os anos. O que você sente quando vê que sua vida mudou 360 graus?
Guito: “Eu não penso nisso antes de dormir. Já pensei em alguns momentos sozinho, como em algumas viagens que faço solo. Eu peguei, bem em março de 2020, um estágio de Covid-19 muito forte, eu estava em Goiânia, na época, e ali eu tive uma reflexão muito pesada, pois realmente fiquei bem mal. Sempre quis escrever um livro sobre vida, como não escrevi nenhum diário, eu tinha essa ideia de escrever um resumo do meu pensamento até aqui, algo para deixar para meus filhos, nada com o intuito de vender. Cheguei a começar, mas travei. Só seis meses depois, quando me recuperei de fato – voltei pro esporte, fiquei ativo – eu voltei a escrever o livro. Eu passei para algumas pessoas amigas para ver se não escrevi algo que poderia ter uma interpretação errada, e elas foram cúmplices de tudo que aconteceu, eu dei até nome de uma teoria minha, que chamo de “Intenção Verdadeira”, que diz se você tem certeza da sua capacidade e persistência, é difícil alguém te tirar desse caminho”.

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OFuxico: Como tem sido a reação das pessoas na rua?
Guito: “Tem sido muito boa. É um carinho muito grande. Fico assustado, pois as pessoas ficam nervosas mesmo. Quando vão tirar foto comigo, ficam tremendo (risos)”

OFuxico: Você sempre usou esse bigode?
Guito: “Não, eu raramente uso bigode. Foi uma construção em conjunto com a Val (Valeria Toth), a figurinista e maquiadora, responsável pela caracterização da novela. A gente precisava ficar com uma aparência mais velha. Não querendo dizer que tenho uma cara de novinho, mas o personagem precisava parecer ser bem mais velho que a Bella (Bella Campos – “Muda”), várias coisas do texto remetem a isso: ela me ver como um pai, com um amor e carinho de um pai – então eu precisava ter essa estética mais velha e o bigode foi um escape”.

OFuxico: Olhando seu Instagram, a gente vê que o Tibério (esse homem da roça e músico) sempre existiu em você, mas só foi revelado agora para o grande público, é isso mesmo?
Guito: “Isso mesmo, eu tenho muito do Tibério. Meus amigos que veem a novela, falam que não estou interpretando ninguém. Nossa diferença é só no campo do coração mesmo, acho que sou um pouco mais ousado que o Tibério. O Tibério é mais contido”.

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OFuxico: O que gostaria de dizer sobre essa sua imersão ao Pantanal, mas nenhum repórter ainda perguntou?
Guito: “Isso acaba sempre me remetendo ao campo mais técnico da agronomia. Gosto muito de observar os biomas brasileiros, sou apaixonado pela natureza. E o Pantanal foi uma simbiose entre homem, produção e natureza que culminou muito bem. É um tema que tem 250 anos. Então, gosto muito de observar esse lado técnico, e inclusive agora que a gente tá deixando o Pantanal, acho que o maior legado que a gente pode deixar para uma comunidade é a autossuficiência. Logo, meu objetivo é fomentar o turismo de cavalgadas, que eu acho que calha muito bem com aquela região – se você faz um passeio a cavalo de três a quatro dias, você vai conseguir enxergar uma infinidade de bichos, entender esse ecossistema, entrar nas matas, comer comidas maravilhosas típicas, além dessa interação com cavalos e o homem, que é uma terapia que todo mundo deveria passar por isso pelo menos uma vez na vida. A gente se reencontra muito com a natureza nossa e a mãe Terra, podemos dizer assim, que ali a gente acaba estando inserido num ecossistema maior que o nosso. Ali, saímos da bolha urbana e voltamos para a nossa essência. Então, você se vê no meio dos bichos, araras, veados, cervos, javalis, antas, capivaras, jacarés, onças… então é bem mais fácil a observação à cavalo, e é um turismo que acho que vale a pena fomentar naquela região.”

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