Morte às 08:20

Derico, do ‘Quinteto Onze e Meia’, relembra relação de pai e filho com Jô Soares

Derico Sciotti segurando o saxofone e Jô Soares, de terno
Derico era ‘assessor de assuntos aleatórios’ de Jô Soares – Foto: Divulgação e TV Gobo

Integrante do inesquecível “Sexteto”, grupo musical que acompanhava Jô Soares no extinto talk-show “Jô Onze e Meia”, o saxofonista Derico lamentou não ter tido tempo de realizar um desejo ao lado de Jô. O humorista morreu aos 84 anos na madrugada desta sexta-feira, 05 de agosto. A causa não foi divulgada.

“No último papo que tivemos, falamos sobre coisas da vida. E disse à ele que queria fazer isso, bater um papo, durante uma live, ou um palco, pro público. Infelizmente, não deu tempo”, disse ele em entrevista para Rodrigo Bocardi, no “Bom dia, São Paulo”, na Globo, nesta sexta-feira, 05 de agosto.

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O músico, que ganhou de o título de “assessor para assuntos aleatórios”, se emocionou e misturou risos e lágrimas ao falar da relação com o humorista:

“Triste acordar com um monte de mensagens de ‘meus sentimentos’, meu coração pulou e então vi a notícia. É muito triste. Fiquei 28 anos lá, metade da minha vida passei ao lado do Jô”, disse Derico, inicialmente.

O ex-integrante do “Sexteto” ressaltou que o artista teve importância primordial em sua trajetória: “Ele foi uma pessoa incrível, uma espécie de pai mesmo pra mim. Tive um pai maravilhoso, mas o Jô me ajudou de uma forma que não tenho como externar a gratidão por tudo o que ele fez por mim”, destacou.

“Jô me ensinou tudo. Comecei com ele aos 22 anos e sai com 50. Ficava vendo o Brasil e a história do mundo passar através dele. O carinho e generosidade que ele sempre teve com a gente era demais. Falava que não fazia o programa sozinho e que a gente fazia parte daquilo. Jô dava oportunidade de desenvolvermos nossas capacidades, exercitava o poder que ele tinha e deixa um legado pra nós”, disse.

ASSESSOR PARA ASSUNTOS ALEATÓRIOS

Derico lembrou, alternando risos e lágrimas, como Jô Soares exaltava cada integrante do “sexteto: “Ele ajudava todo mundo. Era uma pessoa diferenciada e tive esse privilégio. O ‘Sexteto’, meus colegas de profissão, a produção, a direção, todos sabem como era o astral do programa, como a engrenagem funcionava”, destacou ele.

Questionado por Bocardi, o músico aproveitou para explicar o motivo de sua alcunha de “assessor para assuntos aleatórios”: “Do nada, ele pediu que eu falasse sobre uma tartaruga de duas cabeças. E aí pensei: ‘É agora ou nunca, vou me soltar!’”, lembrou

O instrumentista ainda recordou que o dia em que foi contratado para integrar o “Sexteto”, foi a mesma data em que seu filho nasceu: “Tinha deixado minha mulher no hospital pra dar à luz e fui fazer o teste. O Jô chegou pra mim quando acabou e falou: ‘Não se vocês foram atrás de amigos de vocês, mas pode parar que eu vou contratar esse menino’. Jô criou uma empatia comigo porque não vi meu filho nascer”, disse, chorando.

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