Morte às 08:32

Famosos lamentam a morte de Sergio Mamberti

Foto: Divulgação

A notícia da morte de Sergio Mamberti, ocorrida na madrugada desta sexta-feira, 03 de setembro, deixou a classe artística bastante triste. De acordo com um dos três filhos do artista, Carlos Mamberti, a causa da morte foi uma infecção nos pulmões e a falência múltipla de órgãos. Com um extenso currículo no teatro, televisão e cinema, Sérgio é lembrado principalmente por ter interpretado o Doutor Victor no “Castelo R-a-Tim-Bum”, uma das produções infantis de maior sucesso da TV brasileira. Em suas redes sociais, artistas e celebridades que acompanharam a trajetória de sucesso do ator fizeram postagens para homenagear o trabalho de Mamberti e lamentar o falecimento do ator de 82 anos.

O ator Armando Babaioff, que é um dos mais atuantes na web em defesa da arte e da vacina, fez questão de enfatizar a contribuição do artista para a cultura nacional: “Era um defensor da cultura brasileira. Obrigado por nos permitir continuar realizando, vai fazer falta”, escreveu.

Cássio Scarpin, que contracenava com Mamberti no “Castelo Rá-Tim-Bum”, na pele do Nino, fez um comovente relato.

“Nosso Tio Vitor! Hoje partiu um homem, um artista que lutou pelo progresso e desenvolvimento da nação brasileira, com as armas que tinha, a cultura e a arte!”, escreveu Scapin. 

Na série, uma família de feiticeiros vive em um Castelo no meio da cidade de São Paulo. Sergio Mamberti interpretava Doutor Victor, um poderoso inventor. A família era composta ainda pela bruxa Morgana, interpretada por Rosi Campos, e o jovem Nino (Cássio Scapin), que sonhava ser uma criança normal, além de animais e outros seres mágicos e visitantes habituais. 

Premiada no mundo inteiro, a série segue sendo exibida até hoje. Em 2000 virou filme, com Mamberti reprisando seu papel. Em 2016 virou musical e chegou a ter Fabricio Mamberti, filho de Sérgio, assumindo o papel. 

Angela Dippe, que interpretava Penélope, uma repórter que visitava o Castelo, também se pronunciou no Instagram, compartilhando nos stories uma imagem de Mamberti em cena da série um uma pomba branca mas mãos. Ela também lamentou a morte do ator: “Nosso tio Victor partiu”, a atriz escreveu. 

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TRAJETÓRIA DE SUCESSO

A estreia de Sergio Mamberti foi no cinema em 1966 com a comédia “Nudista à força”, de Victor Lima. Depois, emplacou inúmeros sucessos: “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez Será Castigada” (1973), “O Homem do Pau Brasil” (1980), “A Hora da Estrela” (1985), “A Dama do Cine Shangai” (1987). Também estrelou filmes infantis como “Xuxa Abracadabra” (2003) e “O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili” (2006).

Mamberti também reinou nas novelas. Um de seus primeiros papéis de destaque foi como João Semana em “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970). Depois disso, atuou também em , “Brilhante” (1981), “Anjo Mau” (1998), “O Profeta” (2007), “Flor do Caribe” (2013), “Sol Nascente” (2016), entre outras. Seu maior sucesso foi o mordomo Eugênio na clássica “Vale Tudo” (1988).

O veterano acumulou inúmeros papéis de destaque em sua carreira também em séries. O mais querido deles, no universo infantil. Foi dele o saudoso personagem Dr. Victor, do “Castelo Rá-Tim-Bum”.

O artista também participou de produções da TV Globo, como “A Diarista” e “Os Normais”. O trabalho mais recente de Mamberti foi na série “3%”, produção brasileira da Netflix.

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Como diretor, Sergio esteve à frente de espetáculos teatrais importantes no circuito paulista. Em 2019, estreou, ao lado de Rodrigo Lombardi em“Um Panorama Visto da Ponte”.

Grande articulador cultural, Sergio Mamberti abrigou, em sua casa em São Paulo, artistas vindos do Brasil e de fora que precisavam de abrigo. Entre seus hóspedes, estão os Novos Baianos, Asdrúbal Trouxe o Trombone e The Living Theatre.

BIOGRAFIA

Nascido em 22 de abril de 1939, na cidade de Santos, litoral de São Paulo, durante mais de 60 anos Sergio Mamberti se dedicou à arte e à cultura . Ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e ocupou vários cargos políticos no Ministério da Cultura.

Em 1964, casou-se com Vivien Mahr, com quem teve três filhos: o também ator Duda, o diretor Fabrício e Carlos. A esposa morreu em 1980.

Depois disso, teve um companheiro por 37 anos, Ednaldo Torquato, que morreu em 2019. Ao publicar sua autobiografia “Sérgio Mamberti: Senhor do meu Tempo”, escrita com o jornalista Dirceu Alves Jr., em abril deste ano, o ator falou abertamente sobre sua bissexualidade.

“Eu sempre falo com muita delicadeza desses temas. Mas num livro como esse, que é tão pessoal, eu não posso deixar de falar disso. Foram experiências muito profundas. Tanto que ouvi por parte da imprensa, comentários dizendo: ‘Olha, o Mamberti é bissexual’. Não me sinto bem com esses rótulos para mim. Na verdade, são encontros. Eu prefiro chamar de encontros, não importa qual é o gênero”, disse Sérgio sobre seu livro autobiográfico.

“Não adianta querer esconder, porque a qualquer hora isso pode vir à tona. E se você já não assumiu antes, fica numa situação muito complicada. Eu, particularmente, com relação aos meus filhos, falei logo de cara. Muitos amigos meu Muitos amigos meus, na época, falaram: ‘Você não pode fazer isso’. Mas como é que eu ia esconder dos meus filhos que eu estava com um companheiro, sendo que ele morava comigo? Talvez, a gente tenha tido, em alguns momentos, que enfrentar determinados problemas, mas muito menores do que se eu estivesse tentando esconder “, contou.

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