Carlinhos Brown faz show em reinauguração de grife baiana

Por - 30/03/22

Carlinhos Brown em reinauguração de grifeFoto: Azus Filmes

Na última terça-feira, 29 de março, a grife Florense teve a sua reinauguração em Salvador, na Bahia. O showroom contou com cerca de 400 convidados e teve a participação de Carlinhos Brown, que preparou um repertório especial para os presentes no evento.

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Comandada por Cláudio Guillen, fundador do grupo Kasabella, e pela executiva Camila Nunes Carneiro, diretora comercial do grupo, a marca ganhou um espaço com iluminação e ambientes completamente modernizados, que incluem um bistrô instalado no terceiro piso. O projeto foi assinado pelo arquiteto gaúcho Rafael Kroth

Todos puderam conferir de perto os detalhes da loja de 600 metros quadrados e três andares. Foi incluso ainda um espaço para o atendimento de clientes e exposição do mobiliário high-end.

LEMBRANÇA NADA AGRADÁVEL

Além de ter sido uma das maiores vaias registradas na história do Rock n Rio, na edição de 2001 e teve como alvo o músico baiano Carlinhos Brown, o momento foi um dos mais desprezíveis e vergonhosos de um público em relação a um artista. Daqueles que dá imensa vergonha em recordar e rever. Na época, o técnico do “The Voice Brasil” foi escalado para abrir as apresentações do dia, que tinha como destaque a banda de rock Guns N´Roses.

Brown cantava “A Namorada” e era assolado por garrafadas. O artista gritava “nada me atinge”, o público, além das vaias, jogava cada vez mais garrafas ao palco. Depois de 20 anos, o músico, hoje com 58 anos, disse que entende que aquele ataque foi um dos “primeiros cancelamentos”.

“Precisamos de tempo para observar o que são as coisas. E o cancelamento talvez seja a síntese (daquele episódio). E dentro do cancelamento tem tudo. Tem racismo, preconceito contra o gênero, contra a música”, declarou Brown, em entrevista a Jairo Malta, na Folha de S.Paulo.

“Eu era um artista muito mais frágil naquele momento, com expectativas gigantes jogadas naquele momento, eu já estava com música estourada, já tinha criado, com meus amigos, o axé music. Mas eu era frágil com inocências antropofagistas. Me vestia como índio, eu não queria me vestir como o cara do rock’n’roll”, disse.

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GARRAFADAS REPERCUTIRAM NO MUNDO INTEIRO

Alvo de uma “chuva” de garrafas e outros objetos arremessados pela plateia no “Rock In Rio” de 2001, Brown acabou sendo conhecido mundialmente e a curiosidade por sua promissora carreira se tornou ainda maior..

“Eu sou da paz! Só jogo amor! Não jogo nada em ninguém, só jogo amor! Eles querem rock! Então vamos botar uma improvisação aqui…”, afirmou o cantor, na época, ao cantarolar o hino nacional em ‘versão lá lá lá’, segurando uma guitarra. 

“Pode jogar o que você quiser que eu sou da paz e nada me atinge! Eu sou da paz!”, continuava Brown, estendendo um cartaz escrito “Paz no mundo”. 

Revoltado, encerrou: “Vocês que gostam de rock, têm muito que aprender na vida. Aprender a respeitar o ser humano, dizer não à violência e sim ao amor. Acreditem na vida, gente! Agora, o dedinho, pode enfiar no traseiro”.

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