Gaby Amarantos sobre álbum Purakê: ‘Propor um novo som da Amazônia’

Por - 02/09/21

capa de purake com gaby amarantos de marrom com tomadas e plantas envolta delaDivulgação/Rodolfo Magalhães

Gaby Amarantos é uma das artistas mais cheias de brasilidade que temos em nosso país, e seu primeiro álbum, “Treme”, foi lançado em 2021, e desde então, a artista não havia lançado outro disco. Isso até agora!

Acabou de chegar nesta quinta-feira, 02 de setembro, às 19h, em todas as plataformas digitais, o segundo álbum de estúdio da artista, intitulado “Purakê”.

Em coletiva de imprensa da artista, realizada na terça-feira, 31 de agosto, na qual OFuxico esteve presente, Gaby Amarantos deu ainda mais detalhes do projeto aos jornalistas presentes, além de contar um pouco de suas intenções com o projeto, explicando o nome “Purakê”, referência a um peixe-elétrico da Amazônia.

“Eu gostaria de trazer diversas eletricidades naturais, um carrossel de emoções. Vai do choro ao engasgo, do engasgo ao dançante. Você estará escutando e sentirá diversas emoções, dançando em uma música e chorando na faixa seguinte”, explicou ela

“Queríamos propor um novo som da Amazônia, um olhar mais moderno, algo que a eletricidade também está associada, além de mostrar um novo olhar dessa floresta que tem muito a mostrar e dar ao futuro da humanidade”.

“Eu compus as músicas ao lado de diversos compositores do Pará, fizermos uma imersão de campo, comendo filhote, tomando uma cachacinha de jambu. Para mostrar o som dessa Amazônia, nós mergulhamos nessa floresta para mostra a profundidade dela”, garantiu.

Em seguida, ela comparou seu momento atual da sua carreira com a época em que “Treme” era revelado ao público, pontuando as principais diferenças.

“’Treme’ era para mostrar a força da periferia do Belém na época, em que o tecno brega ainda estava nascendo e revolucionamos tudo, mostramos esse lado, a força da periferia, por isso foi tão impactante. O ‘Purakê’ já busco trazer um aprofundamento do Norte, mostrar outros lados dessa cultura”, afirmou ela.

PARCERIAS E TIMING CERTO

gaby amarantos de roupa marrom colada posando com joelhos dobrados
Gaby Amarantos pensou em cada detalhe do álbum (Rodolfo Magalhães)

Em dado momento da coletiva, a cantora ressaltou que planejou este projeto com cuidado, e que não queria lançar de qualquer jeito, mas sim da amneira que considerava estar perfeito

“Eu queria lançar esse álbum no momento certo, sem pressão. É normal que os fãs peçam para lançar algo nesse estilo, desde o Treme foi assim, mas eu queria entregar esse projeto da maneira certa, levando o tempo que precisasse”.

“A primeira música do álbum foi feita em 2015, e desde então eu estava envolvida nesse álbum, que demorou para ser feito por conta da minha rotina intensa de trabalho, mas tudo acontece na hora certa, e estou satisfeita com a entrega final”, revelou ela, mostrando a longitude da produção do disco.

Ela também contou o motivo de tantos feats presentes no álbum (em 7 das 13 faixas que compõem o projeto, sendo um total de 11 artistas convidados), além das escolhas de cada um deles.

“Eu gosto muito de cantoras de palavras, que a pessoa canta, fala, já passa um filme na sua cabeça automaticamente. Tudo foi pensado para ser muito poderoso e representativo, por isso a primeira música é esse feat com as três maiores cantoras negras do Brasil. Além disso, ‘Purakê’ conta uma história, e cada pessoa ajuda a conta-la”, reforçou, dando destaque para a primeira canção do projeto, “última Lágrima”, na qual ela divide as vozes com Elza Soares, Alcione e Dona Odete.

“Reunir essas três mulheres para mim é uma realização incrível, é o feat da vida. Mas tenho diversos feats dos sonhos nesse álbum, como abracei a diversidades, queria gente de Norte a Sul do Brasil, o mais variado possível”.

INSPIRAÇÕES PESSOAIS E FORÇA AUDIOVISUAL

gaby amarantos séria com mãos levantadas e usando roupas de cores claras
Gaby Amarantos focou muito no lado audiovisual do Purakê (Rodolfo Magalhães)

Voltando a falar de suas principais inspirações para o álbum “Purakê”, Gaby Amarantos também mencionou suas vivências pessoas na composição das faixas do disco.,

“Tive diversas inspirações como falar dessa Amazônia que é muito diferente da minha em comparação com a dos brasileiros, e pensar no futuro, em como estaremos em 50 anos, como essa floresta estará também, além de algumas mais tranquilas para curtir. Mas se eu fosse resumir, seriam as minhas vivências e amores”, declarou ela.

Ainda, Gbay fez questão de lebrar que “Purakê” é um projeto audiovisual, então cada música ganhará uma versão em vídeo, seja clipe ou o que ela citou como Clipelizer (não confundir com clipe, lyric vídeo ou visualizer).

“Cada clipe é bem característico, Em ‘Venus em escorpião’ queríamos mostrar a Amazônia pegando fogo, algo bem forte e que impactasse o público. O terceiro foi ‘Um amor para Recordar’, em que queríamos realmente emocionar as pessoas, que elas chorassem, algo inédito até então, inclusive ressaltado pelos fãs, que ficaram impressionados com a ousadia”.

“As faixas que ainda não receberam clipe terão todas seus clipelizer, e futuramente algumas virão a se tornar single e ganharão clipes próprios, mas não posso revelar agora”, completou

Finalizando a coletiva de imprensa, Gaby Amarantos comentou sobre voltar a fazer turnê pelo Brasil com o avanço da vacinação contra a covid-19 no país.

“Farei show apenas no ano que vem, quando a OMS liberar os eventos de grande porte definitivamente. Isso é muito bom, pois quero incorporar as músicas o Purakê nos shows de uma forma tão visual quanto elas serão entregues nos clipes, quero uma experiência completa visualmente”, concluiu.

E você, já escutou/assistiu o álbum “Purakê” de Gaby Amarantos?

PRINCIPAIS NOTÍCIAS:

Ilha Record: Antonela pede perdão aos adversários e revela que o “reality a engoliu”

Ilha Record: Laura e Mirella disputam permanência no jogo após novo erro de Any

Ex de Murilo Becker o acusa de agressões, traição com travesti e famosa promoter

Com infecção pulmonar, Sérgio Mamberti é intubado e quadro é delicado

Acusada de plagiar Pabllo Vittar, Juliette muda capa do primeiro EP

---

Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.