Pitty exagera na crítica a vinda de Beyoncé ao Brasil, fãs reagem e cantora deixa as redes sociais

Em um comentário que agitou as redes sociais, a cantora Pitty trouxe à tona discussões sobre críticas sociais e ações beneficentes. Na tarde de quarta-feira, 27 de dezembro, a roqueira compartilhou seus pensamentos sobre recentes eventos no mundo da música e da filantropia, incluindo a visita de Beyoncé ao Brasil.

Durante sua participação online, Pitty refletiu sobre o recente trabalho de Manu Gavassi, “Sexo, Poder e Arte”, destacando a importância dos temas sociais abordados na música. Além disso, mencionou a visita de Beyoncé ao Brasil, comentando sobre o timing dessa ação.

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“Eu tô há uns quatro dias sorumbática com redes sociais e tudo, porque mil coisas: falou-se por alto da podridão de agências/mercado, jovens se foram e está por isso mesmo; Manu lançou um assunto(s) importantes ara/ debater o feminino na arte; e a B (Beyoncé) resolveu fazer a Irmã Dulce em pleno natal (não me cancelem, eu amo, mas esse timing tá foda)”, escreveu Pitty em seu perfil no Twitter.

Na opinião de Pitty, Beyoncé veio ao Brasil em uma época desfavorável, pois sua presença acabou “eclipsando” iniciativas próprias de artistas locais, como Manu Gavassi.

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Protestos de fãs

A comparação feita por Pitty, ao referir Beyoncé como a “Irmã Dulce” por suas iniciativas beneficentes em Salvador, gerou uma onda de reações inflamadas nas redes sociais. Os fãs de Beyoncé, conhecidos como Beyhive, não tardaram em defender as ações da cantora no Brasil. Utilizando as redes sociais, eles contestaram as palavras de Pitty.

A declaração de Pitty se transformou no gatilho ideal para uma enérgica reação dos fãs brasileiros de Beyoncé, que rapidamente passaram a criticar — e até mesmo a questionar — a cantora baiana. Em um curto espaço de tempo, o nome de Pitty figurou entre os tópicos mais discutidos nas redes sociais nesta quarta-feira, 27. A página Beyoncé Access, gerida por fãs brasileiros da artista americana, prontamente respondeu no Twitter: “A BeyGood já existe há 10 anos, Pitty! O Brasil sempre fez parte dos seus planos. Eles colaboram com a CUFA (Central Única das Favelas) no Brasil e vão continuar a apoiar”.

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Em outra postagem na mesma página, novas mensagens de protesto: “Beyoncé já doou bolsas de ajuda financeira para empreendedores negros e indígenas brasileiros, anunciou bolsas de estudos pagas por ela (as inscrições irão abrir em breve), doou milhares de cestas básicas nas favelas, durante a pandemia apoiou o projeto ‘Tem gente com fome’ da Coalizão Negra, e por aí vai… Uma pesquisa no Google, e você saberia que ela não ‘faz a irmã Dulce’. E consequentemente não estaria dando uma opinião rasa, usando ironia para banalizar ações reais que ajudam o próximo”, escreveram os fãs.

Pitty deixa as redes

Após a forte reação ao seu post, Pitty anunciou que se distanciará das redes sociais por um período não especificado. Em suas palavras, “Preciso de um detox das redes e anseio por locais onde possamos verdadeiramente nos conectar para dialogar, refletir e crescer sem disseminar ódio ou ironia. Enfrentar conversas desafiadoras é um aspecto da vida. A vida vai além de um meme. Ser leve não significa ser irresponsável”, expressou a artista baiana.

Passagem relâmpago

Beyoncé desembarcou em Salvador, na Bahia, na semana passada, para uma ação promocional de seu filme “Renaissance: a film by Beyoncé”. Durante a rápida visita da estrela, voluntárias da BeyGOOD no Brasil se mobilizaram em uma ação filantrópica.

Fundada por Beyoncé em 2013, a BeyGOOD tem como missão promover o apoio a indivíduos negros, oferecendo bolsas de estudo universitárias, oportunidades de estágio e investindo em empresas independentes.

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Visita  a Cufa

Na última terça-feira (19), Ivy McGregor, que lidera a instituição, e Yvette Noel-Schure, assessora de imprensa e publicista da cantora, realizaram uma visita à sede da Central Única das Favelas (Cufa), localizada na Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro.

Ivy compartilhou suas impressões: “Esta é a nossa terceira vez visitando uma unidade da Cufa (as anteriores foram em São Paulo e Salvador), e continuamos maravilhados com o efeito positivo na comunidade. Tivemos a oportunidade de ver a piscina onde crianças aprendem a nadar, diversas salas de aula, incluindo uma de idiomas, onde um policial local dá aulas de inglês. Também visitamos uma aula de design digital e assistimos a um impressionante documentário curto sobre a Cufa. Fazer a diferença significa garantir que aqueles em situação de marginalização sejam reconhecidos, apoiados e valorizados”, declarou Ivy.