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Antonio Calloni sobre Júlio: ‘Não sabe expressar amor’

Divulgação/TV Globo/Raquel Cunha

Um dos mais conhecidos atores brasileiros, Antonio Calloni só está fazendo ainda mais sucesso, na pele do personagem Júlio, em Éramos Seis, atual novela das 18h da Globo.

Na trama, o marido de Lola (Gloria Pires) tem chamado atenção, principalmente pela maneira ríspida e rígida como se relaciona com os próprios filhos.

“Falar da educação dos filhos, de afeto, de amor será sempre um tema atemporal e universal. O mundo está com medo, se protegendo, se fechando, delimitando violentamente o espaço. Isso é um verdadeiro horror. Precisamos ter um olhar crítico (sempre), mas muito generoso para com o próximo. A inteligência salva. Para isso, precisamos de um País que invista, principalmente, em educação”, chegou a afirmar o famoso artista, sobre o assunto que está sendo abordado na novela, durante entrevista para OFuxico.

Na ocasião, Calloni também contou um pouco de como se preparou, para tal papel.

“Muita leitura de texto, aulas de dança, palestras sobre a época da novela e, acima de tudo, minha boa loucura criativa. O melhor laboratório sempre foi e sempre será meu universo onírico infantil, é o lugar da brincadeira e do prazer. Não abro mão do meu eterno complexo de Peter Pan. Serve para qualquer personagem”, declarou ele, que, aliás, ainda falou da repercussão de Júlio nas ruas.

“As pessoas sentem raiva, pena e carinho. Tudo junto e misturado. É isso mesmo, O Júlio, apesar de ser um homem simples, comum, tem uma personalidade inconstante que vai da extrema ternura, passa por momentos bem cotidianos e banais, mas pode chegar a uma agressividade desmedida. É um personagem fascinante. Costumo dizer que ele é um homem bom que não sabe ser bom. Pensa constantemente em dar conforto à família pela qual ele sente um imenso amor, mas não sabe expressar isso. Sente dificuldade em demonstrar fragilidade e afeto, principalmente pelos filhos homens. O amor que sente por Lola é uma coisa que chama atenção das pessoas. O companheirismo, o afeto, a ternura… Lola é também o alvo das frustrações de Júlio, e aí ele peca feio por jogar em cima da esposa, nos momentos de desequilíbrio, toda a culpa pelo seu fracasso. Para completar, entra em cena a grande contradição, o ‘erro’, a Marion. Que aparece não apenas para ser uma válvula de escape, é também uma amiga, confidente, uma mulher de grande sabedoria de vida”, afirmou Antonio Calloni.

Nos próximos capítulos de Éramos Seis, Júlio, contudo, deve acabar morrendo, por conta de alguns problemas de saúde, de acordo com a obra original.

“Essa foi uma das equipes mais deliciosas que encontrei. Diretores fantásticos! A fotografia é um deslumbre. Figurinos, produção… Despedida? Daqui a pouco estaremos todos juntos novamente. A viagem continua”, declarou Calloni, sobre o assunto, para OFuxico.

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