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Carnaval 2020: ‘Sei o tamanho da minha representatividade’, diz jornalista Lisa Gomes

Divulgação/@fotojornalismogdercio

Lisa Gomes, repórter do TV Fama, programa da Rede TV! que cobre o mundo dos famosos, reuniu na noite desta terça (28) familiares, amigos e imprensa em um buffet na Zona Leste de São Paulo para um “esquenta” do seu bloco, que fará parte da programação do Carnaval deste ano.  

“Foi uma ideia que surgiu por acaso. Entre amigos, eu costumo falar: ‘vamos montar um bloco meu marido, minha vida’, brincando sobre isso, porque ele é uma pessoa muito boa pra mim. Minha amiga Manu disse então: ‘vamos montar o bloco da Lisa’. Fiz a inscrição brincando, não esperava que a Prefeitura fosse aprovar. Graças a Deus foi dando tudo certo”, festejou ela em conversa com OFuxico.

O evento contou ainda com famosos, sendo alguns coroados pela anfitriã da festa, tais como Rita Cadillac (rainha), Mulher Filé (diva), Aritana Maroni (musa), Nahim (rei), a ex-BBB Antonela, entre outros.

 “A gente pode fazer uma micareta, pode fazer Carnaval em São Paulo. Chamei famílias aqui para conhecer de perto uma transexual”, reforçou.

A folia tem dia marcado: 15 de fevereiro e percorrerá algumas ruas do tradicional bairro da Mooca. A expectativa de público é de mais de 5000 pessoas.

“Ano que vem voltaremos com o bloco ainda maior. Estou negociando inclusive uma atração nacional, mas não posso falar qual ainda”, explicou a foliã.

Toda radiante pois o Bloco da Lisa vem aí

Título inédito

No decorrer do trâmite para oficializar os detalhes, Lisa Gomes descobriu ser a primeira mulher transexual a ter um bloco com o próprio nome no Carnaval paulista.

“Não esperava esse título, isso para mim é sensacional, pois eu sei o tamanho da minha representatividade em relação às transexuais e a classe LGBT. Tenho uma grande responsabilidade”, ressaltou.

Carnaval: Rita Cadillac será coroada rainha do Bloco da Lisa

Barrada

Feliz por tudo que está acontecendo no ziriguidum, a repórter relembrou uma situação traumatizante que lhe aconteceu no passado, referente à festa mais popular do país.

“Há um tempo atrás, lembro que fui expulsa de uma escola de samba, quase linchada por uns vinte homens, eles não queriam que eu ficasse lá por eu ser transexual. É uma escola de samba de um time de futebol, falaram para eu não voltar mais. Eu gosto de curtir Carnaval, mas nunca foi justo eu ser expulsa por ser transexual. Guardei isso para mim, por uns cinco anos, nunca comentei com ninguém”, finalizou.

A jornalista era pura alegria na noite desta terça-feira (28)

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