Charlie Hunnam: ‘Cresci obcecado por filmes’
Charlie Hunnam está nas telonas protagonizando o longa Rei Arthur: A Lenda da Espada.
Em uma entrevista à revista Quem Acontece, em um hotel, o ator que está no Brasil divulgando a película, esbanjou simpatia, falou sobre futebol, chegou elogiando o nosso pão de queijo e oferecendo café aos jornalistas.
"Vocês querem um café ou um biscoito? Comi um pão de queijo de manhã e estava delicioso. Só não tinha certeza se eu deveria colocar geleia ou não".
Sem muito apego ao futebol, Charie elogiou nosso esporte e revelou ter ido conhecer um estádio durante a partida entre Palmeiras e Vasco.
"Foi ótima partida. Fiquei muito honrado de estar naquele gramado sagrado. Foi bem legal! Eu cresci jogando futebol no videogame e sempre escolhi o Brasil porque eles tinham o melhor time. Naquela época, os melhores eram Brasil e Argentina. Acho que eles ainda são os melhores do mundo”, afirmou ele, que sem muita afinidade com o esporte, prefere mesmo a área das artes.
"Na verdade não gosto tanto de futebol. Gosto de artes marciais e filmes. Cresci obcecado por filmes e se eu tinha 90 minutos para gastar, era com isso. Não tinha uma ideia formada sobre o Beckham. Claro que sabia quem ele era, mas nunca tinha visto ele jogar. Mas como qualquer outra pessoa eu estava ansioso com a ideia de estar com ele no set. Ele é uma figura! No final do dia eu estava um pouco intimidado também… Na verdade fiquei um pouco feliz que ele tinha cicatriz e aquela prótese no nariz. Pedi para colocarem até mais maquiagem nele porque eu costumava ser o cara mais bonito da telona e é complicado manter esse posto com o David Beckham ali", brincou ele, que contracena com o galã dos gramados, David Beckham no filme.
Sobre o diretor Guy Ritchie, Hunnam diz ter aprendido muito, além de se divertir durante o trabalho.
"Foi muito divertido trabalhar com o Guy Ritchie. Ele me ensinou uma lição muito importante. Ele notou que eu tenho uma tendência de me levar muito a sério e me disse: ‘Você tem que tentar se divertir todos os dias. Vamos filmar por seis meses e temos que curtir todo o processo. Se não nos divertirmos, perderemos uma oportunidade. Esta é a nossa vida. Passamos a nossa vida no set'. Não podemos encarar isso como um trabalho ou uma paixão. Temos que tentar nos divertir todos os dias. Se a gente se divertir, pode ser que o público também se divirta quando assistir. Então, todos os dias foram como trabalhar entre amigos".
Sobre o seu primeiro encontro com Ritchie, o ator conta que não foi muito animador, pois estava com o físico bem diferente do que o longa pedia, por causa as últimas cenas de seu personagem no seriado Sons of Anarchy.
"Quando encontrei o Guy meu físico não estava apropriado para o que ele queria. Eu estive forte e em forma por muitos anos, mas perdi peso intencionalmente para as últimos cenas de Sons of Anarchy porque meu personagem passava por muitos dramas naquele ponto da vida. Perdi 13 quilos e quando eu encontrei com o Guy pela primeira vez ele disse: ‘Você está horrível. Isso não é o que eu quero para esse personagem’. Eu disse para ele não se preocupar. A seleção de elenco é muito famosa em Hollywood. Daí eu pensei: vamos ter a briga de casting. Uma competição. Se eles se preocupam com o meu físico, eu posso vencer".
Sobre Rei Arthur: A Lenda da Espada, que será o primeiro longa de uma sequência de seis filmes, o ator comemorou:
"Assinei contrato para três filmes. Colocamos muita energia e esperança nisso, mas pode ser perigoso porque não depende de nós e sim do público, das pessoas amarem o filme e quererem mais. Eu me liberei desse tipo de expectativa. Claro que no fundo do coração torço para fazer mais e poder explorar mais o triângulo amoroso entre Lancelot, Guinevere e Arthur. Acho que isso é uma das coisas mais empolgantes da história do Arthur e que não conseguimos explorar muito. Mas nesses mais de 20 anos de carreira, aprendi que não há vantagem em colocar a carroça na frente dos bois porque a gente acabada se machucando".
O personagem do cinema chega com um Rei Arthur bem diferente dos anteriores, Hunnam só deseja que o público tenha uma boa aceitação e resposta positiva ao trabalho.
"Tentei achar com Guy algo que a gente tinha interesse em explorar no personagem. O Guy gosta desse tipo rude, cheio de masculinidade… Era uma coisa que eu já entendi antes mesmo de ler o roteiro e achei interessante fazer algo novo com o Arthur. Queríamos criar um Arthur um pouco mais acessível e mais próximo do público. Guy tem uma expressão que ele usa que é cashmere caveman (homem da caverna de cashmere). Ele gosta de masculinidade e imoralidade, mas com um pouco de sofisticação. Espero que as pessoas se divirtam com o filme. A gente tenta colocar coração, verdade e substância no personagem o máximo possível, mas o que buscamos em um filme como este é realmente entreter as pessoas e fazer com que elas tenham uma boa fuga da realidade, um momento para rir, para ver uma história já contada, mas de um um jeito diferente. Tem que se divertir.