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Emicida discorda do sistema de cotas sugerido pela Academia do Oscar

Reprodução GNT

A academia do Oscar anunciou no começo do mês, que irá adotar algumas normas inclusivas que os filmes terão que seguir, se quiserem disputar na categoria melhor filme. Esse assunto foi um dos temas abordados no Papo de Segunda, desta segunda-feira (22).

O apresentador Fábio Porchat quis saber de Emicida qual sua opinião sobre o assunto.

“Sou suspeito para falar isso. Eu acho que é sempre a mesma conversa. O que o Oscar está fazendo com a questão da diversidade, ela ainda é sob um conceito de diversidade branca que é tipo assim: Você tem nove brancos e um preto. Isso é igualdade. Você tem oito brancos e dois pretos. Aí já é uma revolução. Sete brancos e três pretos, sendo que um desses três é uma mulher. ‘Opa, tem que tomar cuidado que tá virando um nazismo reverso aí. Tá vindo alguma coisa que está tirando a oportunidade de muita gente, sempre foi assim!”, revelou.

“Eu quero respeitar a inteligência dos caras. Obviamente eu não estou desrespeitando, as pessoas que discordam de mim, mas acho que o fígado precisa falar mais que a inteligência. Na minha opinião pessoal, eu acho que as cotas é a pior das soluções. Só que em uma realidade onde os indignados com cota não fazem nada para resolver o problema, infelizmente, a pior das soluções acaba se transformando na melhor delas”, concluiu o rapper.

Emicida estreia documentário AmarElo Prisma no GNTPapo de Segunda no GNT

As regras

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou os novos requisitos para a indicação de filmes ao Oscar para a premiação de 2022, mas só se tornarão obrigatória a partir de 2024. O site Omelete divulgou na íntegra o comunicado da academia:

Padrão A: representatividade de temas e narrativas na tela (1 de 3 critérios necessários)

A.1: Pelo menos um dos atores principais ou coadjuvantes de destaque deve pertencer a uma etnia ou grupo racial pouco representado (asiático, latino/hispânico, negro, nativo-americano, norte-africano, nativo havaiano)

A.2: Pelo menos 30% de todo o elenco em papéis secundários ou menores devem pertencer a dois grupos pouco representados (mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva)

A.3: A história principal, tema ou narrativa deve ser centrada em um grupo pouco representado

Padrão B: Liderança criativa e equipe do projeto (1 de 3 critérios necessários)

B.1: Pelo menos dois membros da liderança criativa e chefes de departamento – diretor de elenco, cinematógrafo, compositor, figurinista, diretor, editor, cabelereiro, maquiador, produtor, designer de produção, decorador de set, editor de som, supervisor de efeitos visuais, roteirista – devem pertencer a um grupo pouco representado e pelo menos uma posição deve pertencer a uma etnia ou grupo racial pouco representado.

B.2: Pelo menos seis membros da equipe (com exceção de Produtor Associado) devem pertencer a um grupo pouco representado

B.3: Pelo menos 30% da equipe técnica inteira deve pertencer a um grupo pouco representado

Padrão C: Acesso à Indústria e criação de oportunidades (ambos critérios necessários)

C.1: O produtor ou distribuidor do filme deve financiar aprendizado/estágio remunerado para pessoas de grupos pouco representados; grandes estúdios devem ter presença substancial de aprendizes/estagiários assalariados de grupos pouco representados na maior parte dos departamentos (desenvolvimento/pré-produção, produção presencial, pós-produção, música, efeitos visuais, aquisições, administração, distribuição, marketing e publicidade); estúdios pequenos e independentes devem ter pelo menos dois aprendizes/estagiários assalariados de grupos pouco representados (pelo menos um de um grupo étnico ou racial pouco representado) em pelo menos um dos departamentos

C.2: A companhia responsável pela produção, distribuição e financiamento do filme deve oferecer oportunidades de emprego ou capacitação para pessoas de grupos pouco representados.

Padrão D: Desenvolvimento com o público

O estúdio tem executivos sênior de grupos pouco representados (pelo menos um de um grupo étnico ou racial pouco representado) em suas equipes de marketing, publicidade e distribuição.

Ivete Sangalo e Emicida gravam Trevo, Figuinha e Suor na Camisa

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