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Ex-amante de Escobar desaprova Wagner Moura em Narcos

Reprodução/Netflix

Wagner Moura tem ganhado reconhecimento internacional com seu papel na série Narcos, onde dá vida a um dos maiores traficantes da história do mundo, Pablo Escobar.

No entanto, em entrevista à revista GQ,  a jornalista Virginia Vallejo García, ex-amante de Escobar, contou que não gosta da interpretação do ator brasileiro e nem da história contada na trama produzida pelo Netflix.

“Esse ator brasileiro (Wagner Moura) é um desastre. As pessoas nem querem ver o segundo episódio da série porque é uma coisa ridícula ele falando em portunhol. Isso não tem nada a ver com o Pablo”, disse, embora valha lembrar que Wagner Moura foi indicado ao Globo de Ouro pela atuação e a série já foi renovada para mais duas temporadas.

Virginia reclamou sobre como a produção da série mudou os acontecimentos na adaptação e como desgosta da personagem Valeria Velez, vivida por Stephanie Sigman, inspirada nela.

“Inventaram todas essas canalhices sobre a minha vida. A minha relação com Pablo Escobar acabou em 1987 e durante toda a era do narcoterrorismo eu vivia na Alemanha. Portanto não tinha nada a ver com Pablo Escobar nem com nada desse mundo. Fui uma estrela e uma menina da alta sociedade. (…) Cada vez que um canal decide inventar a história da relação de Pablo e Virginia usa uma imagem minha que obviamente é muito velha. Usam porque sou muito famosa na América do Sul. Como em toda novela tem a mocinha e a vilã, me colocam sempre como a mulher má da história. E a mocinha é a esposa do Escobar, que era uma criminosa.”

A jornalista falou também sobre o filme que será feito sobre Pablo Escobar, onde sua personagem pode ser interpretada por Penélope Cruz, o que a agradou, segundo a entrevista. Com grandes produções inspiradas na história do traficante, ela complementou seu argumento dizendo que não gosta da forma como ele foi idolatrado.

“Em todos esses seriados o que fizeram foi uma apologia a Pablo Escobar. Convertam a Pablo em um ídolo. E quando eu saí da Colômbia com o avião da DEA, Escobar estava enterrado, ninguém queria saber e nem ouvir nada sobre ele. Todos os 40 milhões de habitantes do país o odiavam. Os produtores de cinema e televisão perceberam que isso era um bom negócio depois da publicação do meu livro. Um baita negócio. Tiveram então que converter Pablo Escobar literalmente em um gigante, quando na realidade ele foi somente um pobre filho da classe baixa”

 

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