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Figurino e caracterização de O Sétimo Guardião traz moda atemporal

Divulgação/O Sétimo Guardião/João Cotta/TV Globo

O grande desafio de Natália Duran Stepanenko e sua equipe ao desenvolver o figurino de O Sétimo Guardião tem sido criar uma atmosfera atemporal para os personagens, com toques de realismo fantástico, que é a proposta estética da novela. Para chegar neste formato, ela idealizou o que denomina de “neorrealismo fantástico”:  montou para cada núcleo um figurino com referências de uma década do século passado.

“Serro Azul é uma cidade que parou no tempo. O desafio desse figurino é colocá-lo entre Tubiacanga e Greenville, num lugar que não chegou a televisão nem a internet. Para as pessoas acreditarem nessa história, a gente criou uma estética que fica entre o realismo mágico e o real. O bordel, por exemplo, tem referência na década de 70. Já a família do doutor Aranha passeia pelas décadas de 40 e 50. E os jovens são contemporâneos”.

A pesquisa para a montagem do guarda-roupa dos personagens contou também com um trabalho de imersão pelas obras de realismo mágico de Aguinaldo Silva, como Fera Ferida e A Indomada.

“Conversei muito com a Beth Filipeck, que trabalhou com o autor, para entender algumas referências”, lembra.

Cada personagem da trama tem um enxoval, com peças que vão desde as mais simples, passando por vestidos de festa e velório. A confecção foi dividida entre produção na costura dos Estúdios Globo e peças compradas em diversas regiões do Brasil.

A personagem de Ondina (Ana Beatriz Nogueira), por exemplo, ganha uma nova leitura com roupas de brechó. Já a jovem Luz, papel de Marina Ruy Barbosa, passeia entre vestidos e até calça jeans, em uma versão mais contemporânea.

“A roupa dela é leve, mas com personalidade, porque ela é uma heroína que tem força”, descreve.

O par romântico da atriz na história, Gabriel (Bruno Gagliasso) tem um guarda-roupa absolutamente básico, puxando pelos tons azuis do Herói fazendo referência ao arquétipo. Tudo bem simples.

A mãe de Gabriel, Valentina (Lília Cabral), no entanto, é seu oposto. Nesta personagem, Natalia aproveita para colocar muito do que é tendência na moda.

“É uma personagem que estará sempre um tom acima do ambiente. Aonde chega, vai causar impacto. Ela tem muita segurança na roupa dela. Usa muito couro, vestidos, tubos, looks com uma única tonalidade. Buscamos peças para ela no Brasil todo”, adianta.

Os guardiães são bem diferentes entre si, cada um ao seu estilo, desde um delegado meio cowboy, o personagem Machado (Milhem Cortaz), passando pelo prefeito que lembra os políticos do Interior, até uma esotérica, que tem referências estéticas em alquimias.

“A unidade está na história da fonte, mas, juntos, eles compõem um grupo harmonioso”, explica.

O trabalho da equipe de caracterização, comandada por Valéria Toth, acompanha o conceito utilizado para o figurino.

“Para a Luz, que é uma menina independente, pensamos em algo mais natural. Ela usa pouca maquiagem. E optamos por esse novo corte, com a franja, que passa um ar jovem e ao mesmo tempo casual”, explica.

Já a vilã Valentina, ao contrário da mocinha, estará sempre preocupada com a imagem e nunca sai de casa sem maquiagem. Da mesma forma, a primeira-dama Marilda (Leticia Spiller) é refém da aparência e terá uma maquiagem mais forte, com cores vivas.

As cores ainda estão muitos presentes em todo o núcleo do bordel de Ondina.

“Esse é um ambiente em que podemos ousar um pouco mais, trazendo referências de divas da música e do cinema”, conta.

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