Notícias às 17:05

Françoise Fourton elogia estréia de espetáculo, no Rio

Felipe Panfili

A expectativa de Françoise Fourton e vários outros famosos, como Mara Manzan, Ilde Silva e Selma Reis, era grande, antes mesmo de começar o espetáculo Visitando Camille Claudel, apresentado por Adriana Rabelo no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), na Cinelândia, Rio. A estréia foi na noite de quinta-feira, 20 de abril.

Motivo: a atriz iniciaria sua performance pela galeria anexa ao teatro, onde ocorre uma mostra com o mesmo nome de seu monólogo e que apresenta trabalhos de 12 escultores, baseados na obra da personagem-título.

“Acho muito interessante quando um ator junta mais de uma expressão da arte em seu espetáculo. A Adriana foi muito feliz em começar o seu monólogo justamente pela exposição sobre obras da Camille Claudel, mulher que viveu uma grande paixão com um dos papas da escultura, Auguste Rodin, que, por sinal, eu adoro. E no palco, tanto a atuação dela, quanto o texto e direção do Ramon Botelho, mostram ao espectador o quanto Camille foi uma mulher à frente de seu tempo e que, por isso, pagou caro”, comenta Françoise, na saída do CCJF.

Ildi Silva também saiu emocionada do espetáculo e incentivada a pesquisar mais sobre Camille Claudel. A bela atriz, atualmente no elenco do Sítio do Picapau Amarelo, no qual interpreta a sereia Iara, concorda com o que Françoise destacou sobre o espetáculo, que prende a platéia desde o momento em que Adriana Rabelo entra caracterizada na galeria onde 12 artistas expõem esculturas que retratam figuras humanas e objetos diversos, tanto em tamanho quanto em utilização de materiais.
Mara Manzan também fala sobre a sensação que experimentou, no momento em que a atriz entrou na galeria de artes.

“Ela pega todo mundo de surpresa e passa a contar com o silêncio e a atenção das pessoas como seus cúmplices. Naturalmente, quem está conversando interrompe a conversa e passa a acompanhar a sua interpretação e segue a atriz para o teatro. Foi bacana e emocionante”.

Quem foi Camille Claudel

No programa do espetáculo, Camille Claudel é descrita como uma mulher que nasceu no interior da França em 1864 e, incentivada pelo pai, seguiu para Paris onde estudou escultura com o grande mestre Auguste Rodin.

 Os dois viveram uma intensa paixão. Camille era uma mulher transgressora, de forte personalidade e genial talento, que encontrou resistência num mercado de arte limitador, parte de uma sociedade extremamente machista e opressora.

Incompreendida – prossegue o texto do programa da peça – ela buscou isolamento em seu ateliê, dando vazão à sua força criativa e, criando peças de inesquecível valor artístico. Desorientada, foi internada num asilo de alienados onde passou os últimos 30 anos de sua vida. Durante este período, ela se recusou a esculpir, mas escreveu e endereçou inúmeras cartas expondo sua amargura e toda a complexidade de sua existência. Ela faleceu em 1943. Somente na segunda metade do século 20, a história de Camille Claudel ganhou o mundo e sua obra, o devido reconhecimento. 

Serviço:
Visitando Camille Claudel
Centro Cultural da Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241, Centro – Rio de Janeiro (21)3212-2565
Quinta a domingo – 20h
R$ 20
Duração 65 min.
Faixa etária: 14 anos
Até 11 de junho

 

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