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Ludmilla: ‘Veneno não leva a lugar nenhum’

Rodolfo Magalhães/Divulgação

"Eu vim para causar, não para passar pano", diz Ludmilla logo nos primeiros versos de seu novo hit, Cobra Venenosa, que chega nesta sexta-feira (03) em todas as plataformas digitais. Se a letra soa como indireta, após tanta treta, a gente não sabe ao certo, mas deixa isso pra lá… Lud prefere falar de sororidade e otimismo. 

"Precisamos repensar o conceito de rivalidade feminina. Cobra Venenosa exalta a união das mulheres. A cobra venenosa é chamada para se juntar ao bonde", disse.

OFuxico conversou com a cantora sobre o novo trabalho, pandemia e muito mais. Confira! 

OFuxico: Lud, você tirou do nosso inconsciente os versos de "venenosa, êh êh, êh, êh", com a sua cobra venenosa. Mesmo com a diferença entre erva e cobra… Quando compõe, você pensa nessa característica de ficar na cabeça do povo? Por que está!

Ludmilla – Quando componho, sempre tenho a vontade de que a música pegue (risos). E essa pegou de jeito. Antes mesmo do lançamento, já estava na boca do público. Foram mais de 15 milhões de visualizações nas minhas redes sociais do meu vídeo cantando. Fiquei impressionada. 

OFuxico: Ao longo da sua vida profissional e pessoal, driblou muitas cobras venenosas? Qual a receita para se livrar delas?

Ludmilla – A receita para enfrentar tudo na vida é ser de verdade, quem você é. Porque aí nada faz você cair. Quando a gente tem muita certeza sobre si, sobre o que quer, sobre os passos que está dando, a gente confia no que faz. Veneno não leva a lugar nenhum. 

OFuxico: A capa do single vem carregada de simbologia. Fale um pouquinho sobre.

Ludmilla – A capa tem uma referência que vocês vão ter que ver o clipe para pegar (risos). A ideia foi já mostrar do que se trata a música e usar as cores que a gente pensou para essa música, como o roxo. Eu amei o resultado.   

OFuxico: A Ludmilla pós-pandemia está mais ou menos venenosa? Por quê?

Ludmilla – Eu acho que a gente tem que buscar ser antídoto para as coisas ruins que a gente vê, como tratei no clipe. E eu busco isso, ao me posicionar contra qualquer tipo de preconceito, a favor da liberdade de as pessoas serem quem são e de viverem suas verdades. 

OFuxico: Qual o maior veneno do nosso País?

Ludmilla – Preconceito, falta de respeito com o próximo. Porque essas coisas fazem com que a gente tenha a necessidade de colocar as pessoas em caixinhas, indicar se a maneira como elas vivem a vida delas está certa ou errada. Mas se tem uma coisa que é verdade é que a nossa régua não pode ser usada para medir a vida de ninguém. O que precisamos é respeitar o outro e conviver com a diferença, com a pluralidade, a diversidade. 

OFuxico – Você tem se mostrado bastante atuante também nas causas antirracistas, feministas e na luta pelos direitos dos LGBTQIA+. Como está sendo isso?

Ludmilla – São questões presentes no meu dia a dia. Precisamos ocupar espaços, destacar as mulheres em posição de poder. Apoiar uma a outra. A sociedade quer que a gente não saiba nossos direitos. Tenho lido sobre lutas antirracistas, feminismo negro, converso com muita gente, estou mergulhando nisso. 

OFuxico: Com seu novo trabalho destinado ao pagode, muita gente questionou se você largaria o funk. Se fosse para escolher, qual seria seu gênero?

Ludmilla – Trago os dois comigo desde sempre. Quero poder me experimentar cada vez mais como artista, trabalhando em novas linguagens. 

OFuxico: Isso inclui a estreia como atriz?

Ludmilla – Sim! Estarei na segunda temporada de Arcanjo Renegado. Serei a cabo Diana, uma personagem criada para mim. Quero fazer o meu melhor e estou fase de treinamento. Tenho que fazer muito bem feito, porque está todo mundo me julgando. Eu não vim nessa terra a passeio.

Ludmilla dança seu novo hit ao lado da esposa Brunna Gonçalves

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