A Rainha Elizabeth II está ‘profundamente chateada’ com Harry

Por - 25/05/21

Reprodução Instagram

A Rainha Elizabeth II está 'profundamente chateada' com as críticas do Príncipe Harry à família real. Uma fonte disse ao jornal inglês The Mail On Sunday que a monarca de 95 anos pode ter perdoado o neto após a entrevista com Oprah Winfrey, mas agora ela está arrasada com seus novos comentários sobre seu pai, o Príncipe Charles.

Na conversa com Dax Shepard, Harry disse: "Meu pai costumava me dizer quando eu era mais jovem, 'Bem, foi assim para mim, então vai ser assim para você'", ao criticar a forma como foi criado após a morte de sua mãe, a princesa Diana.

A fonte disse ao diário: "A avó de Harry levou isso para o lado pessoal e está profundamente chateada com o que Harry disse, em particular seus comentários sobre a paternidade de Charles e sugerindo que seu pai não sabe ser um pai melhor por causa de como ele foi criado. É um período muito perturbador", comenta.

O informante comentou ainda que o príncipe Charles, de 72 anos, também está 'se sentindo péssimo' em relação aos recentes ataques do filho à família real:

"Primeiro foi na entrevista com Oprah, depois em sua aparição no podcast 'Armchair Expert' de Dax Shepard e agora na série a AppleTV+ 'The Me You Can't See' (…) Harry só faz atacar sua família.", disse.
 
Outra fonte afirmou que a rainha lamenta estar vivendo esse drama familiar justo em seus anos finais: "Ela esperava ter um descanso tranquilo, terminar bem seu reinado antes de deixá-lo a Charles. Está sofrendo", assegura.

"Não acho que o Príncipe interromperá seu filho, apesar do que Harry disse. Charles vai querer se engajar, mas é justo dizer que o que Harry disse em todas as entrevistas foi visto como muito insensível dentro da família. Se Harry atacar a Rainha de uma forma mais pessoal, Charles vai com certeza dar um basta em Harry (…) Charles é um homem gentil e um pai dedicado acima de tudo. Ele se sentirá miserável. Ele quer buscar uma reconciliação. Ele não é vingativo de forma alguma".

Lavando a roupa suja

O Príncipe Harry voltou a falar sobre os bastidores de sua vida real em nova entrevista para Oprah Winfrey, com quem ele havia conversado em março, ao lado da esposa, Meghan Markle. O Duque de Sussex participou do programa “The Me You Can't See” ( em português, algo como “O meu eu que você não consegue ver”) explorou as suas principais fragilidades e os momentos mais difíceis que passou.

No episódio em questão, ele lembrou como foi encarar a época em que Meghan passou a ter pensamentos suicidas e como isso o afetou emocionalmente, o lembrando da morte da Princesa Diana, sua mãe, em 1997.

"Eu sempre quis ser normal, ao invés de ser o Príncipe Harry, apenas ser Harry. Era uma vida enigmática e, infelizmente, quando penso em minha mãe, a primeira coisa que me vem à mente é sempre a mesma coisa: ela no carro, com cinto de segurança. Meu irmão [Príncipe William] no carro também, e ela dirigindo e sendo perseguida por três, quatro, cinco carros com paparazzi.”

Para ele, a situação de Meghan despertou gatilhos sombrios porque entende que é como se a história estivesse se repetindo. Desde que assumiu o relacionamento com a atriz, em 2016, sua vida passou a ser registrada quase diariamente por paparazzi e pela mídia.

"Nós somos seguidos. Fotografados, perseguidos, assediados. O clique das câmeras e os flashes das câmeras fazem meu sangue ferver. Isso me deixa com raiva e me leva de volta ao que aconteceu com minha mãe e o que eu passei quando era criança. E não estou falando apenas da mídia tradicional, mas também das plataformas de mídia social. Eu me senti completamente desamparado”, desabafou.

Harry ainda mencionou o período em que a mãe de seu filho teve que lidar com a pressão midiática, as cobranças e os preconceitos, principalmente por ser negra. Para ilustrar, o monarca lembrou do episódio em que o casal participou do evento de caridade no famoso “Royal Albert Hall”, em janeiro de 2019. No dia, ela estava particularmente passando por momentos muito turbulentos.

"Ela estava completamente sã, mas no silêncio da noite, esses pensamentos a perturbavam. A única coisa que a impedia de fazer isso [o suicídio] era o quão injusto seria para mim depois de tudo o que tinha acontecido com minha mãe ser colocado em uma posição de perder outra mulher em minha vida – com um bebê dentro dela, o nosso bebê. Estou um pouco envergonhado pela maneira como lidei com a situação [naquele dia]. Por causa do sistema em que estávamos presos e das responsabilidades e deveres que tínhamos, demos um abraço rápido e depois tivemos que mudar os ânimos e entrar em um comboio com escolta policial para ir até o Royal Albert Hall para um evento de caridade. Não havia a opção de dizer 'não.’”

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