Afinal, o que são as gerações do K-pop e quantas existem?

Por - 12/04/21

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Você, jovem padawan da hallyu (onda coreana), sabia que o K-pop é dividido por gerações? Pois é, além de oferecerem videoclipes, composições, visuais, shows incríveis, a cultura musical da Coreia do Sul possui blocos temporais que são definidos por grupos e cantores dentro de todo um contexto sócio-cultural e estilo sonoro. 

Essas divisões podem parecer confusas ou até desnecessárias, mas acredite, faz parte do sucesso do gênero que, cada vez mais, é exportado e assume postos em paradas musicais importantes, atingindo as mais diversas playlists mundo afora e explicando o comportamento das esferas as quais é inserido. Se o BTS é hoje um fenômeno global, o cantor PSY era o estouro do septeto hoje, apesar de não parecer justamente pelo momento em que surgiu Gangnam Style.

Mas afinal, quais são essas gerações? Não há um consenso sobre quantas divisões existem e/ou quais características são de fato as oficiais, porém, é comum se referir ao assunto por quatro campos e pontos em sintonia que explicam o evento. 

Cata só a lista abaixo que te orientamos certinho!

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Primeira geração

Antes do K-pop, o trot era a estrela pop da música coreana. Mas a partir dos anos 1990, mais precisamente 1992, o cenário passaria a sofrer alterações com a chegada do Seo Taiji & Boys e a música Nan Arayo, de batidas inspiradas no gênero new jack swing, letra de rap otimista e refrão cativante. O visual dos rapazes também chamaram a atenção: do grunge ao lado psicodélico hippie da época. As influências ocidentais ainda se faziam presentes na construção dos videoclipes, com efeitos especiais que hoje lembram as edições no icônico Windows Movie Maker. 

Avançando, em 1995, a era das grandes agências/gravadoras despontava. No ano, o produtor musical e cantor Lee Soo-man fundou a SM Entertainment (responsável pelo Red Velvet, por exemplo). Em 1996, o ex-integrante do Seo Taiji & Boys, Yang Hyun-suk, fundou a YG Entertainment (BLACKPINK), assim como o também cantor Park Jin-young, que por sua vez fundou a JYP Entertainment (TWICE) em 1997.

Dessa forma, o anseio por mais grupos cresceu a fim de suprir a demanda adolescente por mais formações, como o Seo Taiji & Boys. E nasce o que se conhece por idols! Um bom exemplo é o H.O.T. e seu “poperô” de academia “noventista” somado aos excessos divertidos da cultura japonesa. Vale ressaltar que a mulherada já soltava suas vozes, mas ainda possuía aquele visual fofo marcante.

É possível, então, classificar a primeira fase como o pontapé do K-pop ao mainstream sem uma base solidificada, crescendo a partir de experimentações e investimentos das primeiras agências.

Geração 1.5

 

Há quem aponte uma intersecção entre a primeira e segunda geração, marcada pelos anos 2000, pois foi quando as fronteiras entre a Coreia do Sul e o restante do mundo da música cederam um pouco mais.

Grupos marcantes: S.E.S, Shinhwa, Sechs Kies, Fin.K .L., S.E.S., Jinusean, G.O.D, BoA, Turbo, Fly To The Sky.

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Segunda geração 

O sucesso parecia ser para sempre, mas não foi. Houve um declínio na popularidade dos grupos anteriores e financeira, com a crise econômica asiática no final dos anos 1990. Pensando nisso, a exportação do K-pop vira uma prioridade visto que o acelerado crescimento econômico movido pelas exportações no país, iniciado na década de 1960, o transformou em sinônimo de investimento e inovação em tão pouco tempo.

É marcada por turnês mundiais; pela estreia e pela popularidade do TVXQ na Ásia, bem como o surgimento do SS501. O sistema idol se fortalece também e as agências desenvolvem ainda mais seus pólos com o intuito de treinar seus futuros contratados, intrometendo-se até na aparência, balançando tratamentos estéticos para que os artistas vendam a “imagem perfeita”.

Nessa fase, os artistas também começaram a se destacar na TV, com participações em programas, reality shows e dramas.

Em 2005, a SM lançou o Super Junior, um super grupo com 13 membros. Em seguida (2006), a YG lançou o BIGBANG. Rolou ainda a volta dos girlgroups, em 2007, com a chegada do Girls’ Generation, Wonder Girls e do KARA.

Grupos marcantes: PSY, 2NE1, SNSD, SHINee, BEG, Rain, 2PM, T-ARA, F(X), After School, U-Kiss.

Geração 2.5

 

Assim como a antecessora, a geração de número dois teve uma quebra antes do avanço para a terceira esfera. Isso porquê o YouTube, mesmo que no começo – nascido em 2005 -, deu suporte ao avanço global do K-pop em razão da internet, outro marco do gênero.

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Terceira geração

Agora estamos falando a mesma língua! Quem não se lembra da coreografia de "cavalinho" de PSY, né?! Apesar da carreira feita na Coreia do Sul, o veterano conseguiu fazer com que os olhos ocidentais fossem voltados com maior apreço ao país asiático. 

Lançada em 2012, Gangnam Style chegou a ganhar uma versão nacional quando Latino criou Despedida de Solteiro. Foi um verdadeiro estouro e o clipe permanceu no trono de mais visto do YouTube por cinco anos, contando a partir da data de lançamento.

Aí, no ano seguinte, a Big Hit Entertainment viu que era o momento certo para lançar o BTS. Sim, aquele grupo que apareceu no Grammy, veio ao Brasil para dois shows lotados no Allianz Parque, tem uma base de fãs completamente maluca por eles…

A conquista dessa fase é justamente a exportação com 100% de aprovação pelos quatro cantos do planeta. E não somente da música, mas de todo um entretenimento sul-coreano, despertando o desejo por viagens ao país e conhecimento acerca da cultura. Um ponto de destaque é o Oscar de Melhor Filme para Parasita, em 2020.

As jogadas de marketing são, sem dúvidas, impressionantes também. É live (em plataformas e aplicativos populares da Coreia que garantiram espaços nos celulares ocidentais), reality show, teaser e lançamento frequentes, deixando os fandoms com a sensação de proximidade dos seus idols.

Seguindo as discussões pautadas quase que globalmente, essa geração ainda conversa sobre tabus e saúde mental tanto nas canções quanto em discursos.

Os visuais fluidos e os videoclipes conceituais, da mesma forma que acontece na construção dos discos, valem a citação. Ah! Tem também o interesse de artistas bem famosos no trabalho dos grupos. o BTS já foi entrevistado pelo Jimmy Fallon e fizeram colaborações com Nicki Minaj e Halsey. o BLACKPINK cantou com Selena Gomez, Lady Gaga e Cardi B. Que poder!

Grupos marcantes: BTS, EXO, MOMOLAND, Twice, BLACKPINK, Red Velvet, GFriend, Seventeen, GOT7, Block B, Vixx, Mamamoo, Apink, Monsta X, NCT, Wanna One e I.O.I.

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Quarta geração

Ainda em construção, a nova leva do K-pop mantém o "fantasma" do sucesso do BTS e BLACKPINK. Indústria consolidada, agora as agências planejam os treinees pensando na carreira internacional, buscando pela identificação simplificada e instatânea. São Integrantes falando vários idiomas, chamadas de vídeos com fãs, videoclipes lançados com frequência… É o K-pop sendo cada vez mais pop!

Grupos marcantes: TXT, ITZY, Stray Kids, ATEEZ, LOONA, The Boyz, (G)Idle, Loona, ASTRO e Pentagon.

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